PODCAST CBPCE: ZPE Ceará e as oportunidades de novos negócios com Portugal na próxima quinta-feira dia 23

PODCAST CBPCE: ZPE Ceará e as oportunidades de novos negócios com Portugal amanhã (23)

Amanhã (23), a CBPCE realizará live com o tema: ZPE Ceará e as oportunidades de novos negócios com Portugal e contará com a participação de Eduardo Neves presidente da ZPE Ceará, Duna Uribe, diretora executiva comercial da CIPP – S/A e Luis Cacho, presidente da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A.

Eduardo Neves:
é Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (Unifor) desde 1990. Foi presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (Adece) de abril de 2018 até fevereiro de 2021, tendo trabalhado na captação de novos investimentos para o desenvolvimento do Ceará. Iniciou sua trajetória na Adece em 2007, ano de fundação da instituição, tendo atuado também como gerente de Comércio e Serviço e diretor de Infraestrutura. Atuou em diversas empresas privadas como executivo, passando pelos setores de construção civil, indústrias de bebidas, granito, entre outras. Desde de abril de 2021, é presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará.

Duna Uribe:
é Mestre em Economia Marítima e Logística pela Universidade de Erasmus e tem também MBA da Rotterdam School of Management, ambas instituições nos Países Baixos. É graduada em Administração de Empresas com especialização em negócios internacionais e supply chain management pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Foi líder de projetos no departamento internacional do Porto de Roterdã, sendo responsável pelo projeto de parceria entre Porto de Roterdã e Estado do Ceará para o Pecém. Atualmente é Diretora Executiva Comercial no Complexo do Pecém (CIPP S/A).

Luis Cacho
Presidente da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A.

O bate papo será conduzido pelo Jornalista Marcos Gomide da 2Go Digital (Sócio CBPCE) – agência voltada à criação e à estratégia para internet.

As lives acontecem às quintas-feira a partir das 11 horas no Brasil e às 15 horas em Portugal, com transmissão simultânea no Facebook, YouTube e estará disponível no Spotify em formato Podcast.

Para acessar os conteúdos, se inscreva no canal da Câmara no YouTube

Clique no link: https://bit.ly/liveCBPCE, e ative o sininho para receber as notificações das lives.

O Ceará está realmente na boca do gol, por Duna Uribe

O Ceará está realmente na boca do gol, por Duna Uribe

| DESENVOLVIMENTO PELO PORTO | Ao O POVO, Duna Uribe, diretora executiva Comercial da Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp S/A), traça um panorama do Porto em São Gonçalo do Amarante e como ele tem peso no crescimento da economia

Alguns a chamam de Duna gringa, apelido que ela já não se ofende mais, dado pelo seu jeito de cidadã global ao voltar ao Brasil após mais de 20 anos fora. Cedida pela holandesa Port of Rotterdam, Duna Gondim Uribe ocupa há quase três anos o cargo de diretora executiva Comercial da Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp S/A) em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.

Soteropolitana, ela tem família cearense e diz que o “coração fica quentinho” ao trabalhar aqui. Mas seu espírito é viajador e não descarta ter de voltar para a Holanda para novas missões, afora esta atual de desenvolver o parceiro Complexo do Pecém, administrado pela joint venture Cipp S/A, com 70% do Governo do Estado e 30% do Porto de Roterdã.

E falando em empresas, Duna esclarece sobre como é o seu comando. Mostra que gosta de passar conhecimento e que, na mesa de negociação, deve haver clareza e objetividade para atrair novos investidores. Porém, há desafios, e um deles é um problema nacional: a ambiência de negócios.

Há também alguns entraves que a Cipp S/A precisa resolver, um deles é com a Petrobras. E Duna detalha nesta entrevista ao O POVO quais as perspectivas, potencialidades e desafios para o Complexo e como o desenvolvimento do Porto sinaliza para como a economia de um país está melhorando. Mas de “fantástico” mesmo é o que ela classifica e o que coloca o Ceará “na boca do gol”: o hub de hidrogênio verde.

O POVO – Quando a senhora recebeu essa missão, quando estava no cargo de liderança no Porto de Roterdã, de vir para o Ceará e colocar os planos para o Complexo do Pecém em prática, qual era a sua visão inicial do Pecém e o que mudou?

Duna Uribe – Eu estava no Porto de Roterdã agindo como líder de Projetos e foi interessante, porque eu participei do projeto de parceria entre o Governo do Estado e o Porto de Roterdã. O Pecém para mim não era novidade quando eu recebi o convite para assumir a liderança da área Comercial (do Complexo do Pecém). E, na verdade, quando nós, e aí eu me refiro aos holandeses, viemos do Porto de Roterdã para fazer essa consultoria, enxergou- se grande potencial para o Pecém e houve uma paixão pelos dois lados, que se caracterizou nesse interesse de formatar essa parceria. Foi bem bacana porque eu já tinha essa vivência, pouca né, num espaço curto de tempo, mas já tinha essa vivência de conhecer o potencial do Pecém.

E agora com já dois anos e meio na liderança Comercial, eu acho que eu consigo entender um pouco mais de perto os desafios, o potencial enorme. Mas quais são os desafios para que a gente possa fazer esse potencial realmente se materializar, se realizar?

Costumo dizer que o brasileiro, e eu acho que especialmente o nordestino, é um povo muito resiliente. Apesar de todas as dificuldades, das barreiras, vários desafios encontrados, ele quer fazer acontecer, ele quer seguir em frente e com muita fé e com muita esperança.

OP – E quais são os desafios?

Duna Uribe – Eu acredito que os desafio se englobem mais no teor de clima de negócios, ambiência de negócios. E eu não estou colocando nem o Pecém, eu estou colocando a minha vivência, que tem sido fora do Brasil. Minha vivência como adulta, como profissional, que foi nos Estados Unidos, foi na Holanda. E nesses países existe muito a facilidade de fazer negócios.

As regras são muito claras desde o início. Toda a questão de como fazer negócios, com quem… E quando você chega no ambiente de países em desenvolvimento, e aí realmente não é algo próprio do Brasil e nem do Nordeste, é algo próprio do mundo em desenvolvimento, ainda existem essas barreiras, os desafios no sentido de ambiente de negócios. Então eu acredito que o que a gente vem trabalhando muito, e conectado com o Governo do Estado, é para fazer essa ambiência de negócios ficar ainda melhor.

A gente ter uma melhoria na ambiência de negócios, para que quando o empresário, as empresas venham fazer negócios no Ceará, se encontrem com um clima, com o ambiente, que realmente dê as boas-vindas, que pegue na mão do investidor e fale: ‘Eu vou lhe ajudar’. Quando tenho encontro com algum novo investidor, sempre falo: “Veja o Complexo do Pecém como alguém para facilitar o seu negócio. Eu quero entender o seu plano de negócios para poder, no meu papel, lhe facilitar”. É para fazer seu negócio aqui, que ele não vá para outro local.

OP – Em relação à mulher no posto executivo… Temos a Rebeca (Oliveira, diretora executiva de Relações Institucionais do Complexo do Pecém), que já estava aqui antes da sua vinda ao Pecém. Tem o Porto do Mucuripe com mulher à frente (a diretora presidente da Companhia Docas, Mayhara Chaves). Então há uma mudança de mais mulheres na liderança… Mesmo no Exterior, mas aqui também no Ceará, como enxerga a mulher em cargos executivos como o seu?

Duna Uribe – Excelente ponto… Eu acho que isso precisa ser falado, debater essa presença feminina, essa presença da diversidade nas camadas de tomadores de decisão, porque se a gente tem uma proporção de 50%/50% população masculina e feminina, e se a gente falar que todas as decisões, sejam elas na esfera política, acadêmica, corporativa estão sendo tomadas por 50% da população, nós não estamos escutando metade da nossa população. Não somente aqui no Brasil, mas no mundo todo. Então eu sou realmente apaixonada por esse tema e creio que qualquer ambiente somente tem a se beneficiar por colocar na mesa mulheres e homens tomadores de decisão.

Porque são visões diferentes, ideias diferentes. E está comprovado que empresas que têm no seu board, que têm na sua estrutura de Conselho, na sua estrutura de alta liderança, tomadores e liderança com histórico diferenciado uns dos outros, como isso traz um bom resultado ao negócio. Eu fico extremamente feliz de ter colegas avançando em cargos de alta liderança. No caso do Mucuripe, na Presidência. E eu acho que isso é importante, porque a mulher que está ali em um cargo de analista, ou de uma gestão ainda inferior em hierarquia, ela consegue visualizar algo que ela possa vir a ter. Acho que é extremamente importante, eu acho que traz o equilíbrio e o que puder fazer para fomentar isso eu vou fazer.

Leia a matéria completa no Páginas Azuis do Jornal O Povo

Fonte: Jornal O Povo

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Ricardo Valente: Arrendamento portuário e a economia

Ricardo Valente: Arrendamento portuário e a economia

Em 2020, os granéis sólidos, cereais e não cereais tiveram um crescimento de 28,7% em relação a 2019, no Porto do Mucuripe, representando o maior crescimento de carga do Porto no ano passado.

A expectativa é que o Porto do Mucuripe arrende, neste ano, o seu Terminal de Trigo (MUC01), destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e o segundo desse tipo mais movimentado do Brasil.

Administrado pela Companhia Docas do Ceará, o Porto poderá ter uma retroárea destinada a combustível também licitada em 2021.

Estima-se que os investimentos serão de R$ 56,7 milhões, em 25 anos, além dos milhares de empregos gerados.

Nesse sentido, é válido destacar a Lei Federal nº 14.047/2020, que reafirma o caráter essencial da atividade portuária, prevê medidas de combate à Covid-19 e é apontada como importante instrumento na minirreforma do setor portuário, prevendo flexibilidade na gestão e exploração dos portos públicos, investimentos e ampliação do quantitativo movimentado de cargas.

A Lei prevê dispensa de licitação nos contratos de arrendamento portuário quando for comprovada a existência de um único interessado na exploração do bem, após ser realizado um chamamento público para identificar interessados e quando a exploração estiver em conformidade com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.

Sobre isso, o Porto do Mucuripe está reelaborando o seu Plano, a fim de criar novas áreas para arrendamento, visto que 90% deste não é arrendado. O projeto se encontra no Tribunal de Contas da União.

Mecanismos legais devem ser vistos no Direito Portuário como instrumentos importantes para o desenvolvimento do setor e da economia nacional. Que mais iniciativas como esta sejam possíveis, contribuindo para dar novos rumos aos portos.

Autor: Ricardo Valente, advogado

Fonte: O Povo (Opinião)

Galp entra com 15% num novo viaduto em Matosinhos, Leixões paga o resto

Galp entra com 15% num novo viaduto em Matosinhos, Leixões paga o resto

A construção do novo viaduto de 400 metros no Terminal Petroleiro do Porto de Leixões, que vai substituir o atual, que tem já 50 anos e está bastante degradado, está orçada em mais de 3,5 milhões de euros e foi adjudicada à Etermar, sócia CBPCE, que tem 12 meses para executar a obra.

Foi consignada esta terça-feira, 3 de novembro, a obra de construção de um novo viaduto no Terminal Petroleiro do Porto de Leixões, que vai substituir o atual viaduto de acesso, que tem já 50 anos e encontra-se em avançado estado de degradação.

Num investimento estimado “em mais de 3,5 milhões de euros” por parte da APDL e da Galp, que comparticipará 15% da obra, a intervenção consiste na construção de um novo viaduto de cerca de 400 metros que vai estabelecer a ligação aos postos B e C do Terminal Petrolífero e assegurar a passagem para o posto A, explica a APDL, em comunicado.

“Esta obra vem, assim, substituir a estrutura pré-existente e permitir o seu desmantelamento, assim que a construção do novo viaduto seja concluída”, avança a mesma autoridade portuária.

Numa fase subsequente, adianta a APDL, “irá ser reabilitada a estrutura em que o viaduto atual se apoia e que suporta, igualmente, os ‘pipelines’, ou sejam o sistema que permite o transporte dos produtos petrolíferos”.

A APDL refere que a nova infraestrutura “vai permitir, ainda, a normal circulação em ocasiões em que o mar transpõe o molhe e impede a utilização da via existente junto ao seu muro”.

Com execução prevista de 12 meses, a obra foi adjudicada à empresa Etermar – Engenharia e Construção, sendo o projeto da autoria da A3R, Engenharia, enquanto a fiscalização e coordenação de segurança em obra estará a cargo da Future Proman.

Recorde-se que a Galp Energia suspendeu no passado dia 10 de outubro a atividade de produção de combustíveis na refinaria de Matosinhos, em resposta ao impacto da crise da covid-19 e, consequentemente, na atividade económica e na procura de combustíveis.

Esta é a segunda vez este ano que a Galp Energia suspende a produção nesta refinaria, depois de ter retomado a 19 de julho após uma primeira paragem em abril.

Fonte: Jornal de Negócios em 03.11.2020

Porto do Pecém realiza operação simultânea inédita

Porto do Pecém realiza operação simultânea inédita

O navio SFL DEE, com bandeira de Hong Kong, atracado no berço 6 do Terminal Portuário do Pecém, passou por uma operação diferente do habitual. A embarcação movimentou, simultaneamente, dois tipos de cargas nessa que já é considerada uma operação inédita.

Ao mesmo tempo foram descarregadas 21.600 toneladas de bobinas de aço, procedentes do Porto de Vitória, e embarcadas 28.700 toneladas de placas de aço, que seguirão para o Terminal Marítimo de Cubatão (SP). Na operação foram utilizados guindaste de bordo para descarga de bobinas e guindaste de terra (MHC) para embarque de placas.

Raio-X do Navio SFL DEE

Bandeira: Hong Kong
Ano de Construção: 2013
Comprimento total (LOA): 176,05 metros
Largura (Boca): 27,04 metros
Tonelagem Bruta: 31716 t

A operação, finalizada nesta sexta-feira (09), deixou uma marca positiva no histórico operacional do Porto do Pecém, por se tratar da primeira operação simultânea com exigência de maior rigor no planejamento e execução da movimentação das mercadorias com atenção ao sincronismo nos movimentos de carga e descarga.

“Nosso time operacional foi bastante exigido por conta da natureza da operação. Foi um desafio, a atenção teve que ser redobrada diante da simultaneidade na movimentação dessas cargas. O planejamento foi seguido e, com a disponibilidade de uma excelente infraestrutura de berço e prestadores de serviços qualificados conseguimos realizar essa operação, o que nos habilita a realizar outras similares”, pontua José Alcântara – Gerente de Operações do Complexo do Pecém.

Desembarque (Origem: Porto de Vitória/ES)
Bobinas de aço = 21.600 toneladas
Embarque (Destino: Terminal Marítimo Privativo de Cubatão/SP)
Placas de Aço = 28.700 toneladas

“Essa operação garantiu um grande diferencial competitivo para todos os envolvidos, uma vez que o porto conseguiu otimizar sua infraestrutura e ocupação de berços, fazendo uma maior movimentação de cargas e conseguindo ofertar aos seus clientes as programações antecipadas para que tais operações ocorressem de maneira menos onerosa para quem está efetivando o embarque e desembarque das mercadorias”, conclui Raul Viana – Gerente de Negócios Portuários do Complexo do Pecém.

Fonte: Informativo dos Portos

Porto de Fortaleza embarca 3.315 toneladas de frutas para Europa

Porto de Fortaleza embarca 3.315 toneladas de frutas para Europa

O primeiro carregamento da safra de frutas 2020-2021 saiu do Porto de Fortaleza, na madrugada da última segunda-feira (28), com destino à Europa. A previsão é que, até o início de fevereiro de 2021, um total de 63 mil toneladas de frutas deixem o porto com destino a outros países.

Entre os produtos a serem embarcados até fevereiro do ano que vem, 3.315 toneladas – entre melancias de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e uva e melão de Petrolina (Pernambuco) – já seguiram para a Europa. Ao longo dos próximos meses, a estimativa da administração do porto é que haja um carregamento por semana, intercalado pelos navios Marfret Guyane e Contship Zoe, em uma operação da BF Forthsip/Progeco.

A primeira viagem desta safra, com 135 contêineres reffers, está sendo realizada pelo navio Marfret Guyane. A previsão é que haja uma escala direta em Point-a-Pitre, que é um porto de transbordo, para então seguir para Europa (Thames, UK / Zeebrugge, Belgium). Do Porto de Fortaleza, no Ceará, até a primeira parada são sete dias ou 168 horas em alto-mar. Além do percurso para a Europa, esse modal marítimo também movimenta uma escala semanal de frutas e outras cargas em geral para o Caribe, tendo como destino seguinte a Europa.

Segundo a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, engenheira Mayhara Chaves, “o início da safra de frutas é mais um importante momento para o Porto de Fortaleza que, apesar da crise sanitária mundial, vem cumprindo o seu papel na cadeia de logística marítima. Nesse ritmo de movimentação, o Porto de Fortaleza vem conseguindo se superar a cada mês, se consolidando como um importante equipamento para carga geral, granéis sólidos (cereais e não cereais) e granéis líquidos”.

Fonte: O Otimista em 29/09/2020

Do vermelho para o azul: administradora do Porto do Mucuripe aposta em parcerias e concessões

Do vermelho para o azul: administradora do Porto do Mucuripe aposta em parcerias e concessões

Presidida pela engenheira Mayhara Chaves, a Companhia Docas do Ceará apostou numa série de ações para fazer com que a empresa voltasse a ter caixa

Uma companhia pública deficitária que passou do vermelho para o azul. Essa é a nova realidade da Companhia Docas do Ceará (CDC), administradora do Porto do Mucuripe. Os números são mais que satisfatórios: 180% de crescimento do Ebitda* em 12 meses.

Presidida pela engenheira Mayhara Chaves, a CDC apostou numa série de ações para fazer com que a companhia voltasse a ter caixa. As parcerias com empresas, além do aumento constante da movimentação de cargas, deram frutos. Uma prévia foi o resultado financeiro em 2019: R$ 3,33 milhões.

No rol de produtos que alavancaram os números em 2020 estão granéis sólidos (cereais e não cereais), com destaque para o trigo, manganês, escória e clínquer. Nas cargas gerais, as partes de pás eólicas também vêm ganhando espaço, assim como os granéis líquidos. Mesmo com a pandemia, os processos de carga e descarga seguiram um rígido protocolo de medidas de biossegurança.

Para completar, a empresa ainda modelou o berço 106. Construído para receber navio de cruzeiros, quando não está no período da temporada, abriga operações de contêineres.

“Não há dúvida que temos muito trabalho a ser feito para tornar o Porto de Fortaleza cada vez mais competitivo, mas os acertos até aqui foram expressivos. É nessa linha de planejamento, comprometimento e transparência que pretendemos continuar crescendo na movimentação de cargas e na atração de novos clientes com bastante eficiência”, destacou Mayhara Chaves diretora-presidente da CDC.

Concessões
Enquanto as parcerias possibilitaram um aumento de receita para a CDC, as concessões são uma espécie de “cereja” do bolo. O Cais Pesqueiro e a retroárea do Porto do Mucuripe já foram concedidos à iniciativa privada. Quem aguarda para entrar na lista é o Terminal Marítimo de Passageiros, cuja licitação foi cancelada por conta da pandemia da COVID-19.

Também é esperado o arrendamento do Cais Pesqueiro de Camocim, assim como a licitação de uma área destinada à mistura de combustível (antiga Ferrovia Transnordestina Logística) por parte da Secretaria Nacional de Portos e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

* A CDC informou ao Focus que posteriormente detalhará o Ebitda em milhões de reais

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Fonte: Focus.jor em 30.06.20

Economia do Mar no Ceará deve dobrar nos próximos dez anos

Economia do Mar no Ceará deve dobrar nos próximos dez anos

De movimentação de cargas nos portos à realização de esportes no mar, atividades realizadas no oceano avançam no Estado, mostra estudo da PwC em parceria com a Fiec. Estado caminha para liderança nacional

A localização e as condições naturais do Ceará favorecem o desenvolvimento de todo o leque de atividades ligadas à Economia do Mar no Estado. O segmento, que inclui desde o setor logístico (com os portos) ao entretenimento e turismo, deve ter atuação dobrada no Estado nos próximos dez anos.

A projeção é feita pelo sócio e líder do Centro de Excelência Global da PricewaterhouseCoopers (PwC) para o Mar, Miguel Marques. Ele revela que o Ceará está tomando a liderança nacional das indústrias do mar. “Acompanhamos o Estado há três anos e o diferencial é que aqui temos todas as atividades relacionadas à economia azul”, destaca.

Marques ressalta que outros estados, por suas dimensões, estão à frente do Ceará em um ou outro aspecto, mas que “no seu conjunto, em todas as atividades, o Ceará é líder” no País.

Estudo
Os resultados de cada segmento estão detalhados na terceira edição do Leme Barômetro PwC de Economia do Mar – Ceará, lançado esta semana pela Federação das Indústrias do Estado Ceará (Fiec) em parceria com a PwC.

Na passagem de 2017 para 2018, quase todas as atividades relacionadas à economia do mar analisadas apresentaram crescimento no Estado. De acordo com o levantamento, a movimentação anual de contêineres foi a que mais se destacou no período, avançando 26,77% no índice utilizado pela PwC, passando de 106,8 para 135,4 pontos.

Ainda apresentaram variações significativas a extração anual de gás natural (17,65%), a produção de camarão, ostras, vieiras e mexilhões (10,14%), a movimentação anual de navios (9,29%) e a produção anual de aquacultura de peixes (8,86%).
Além das atividades tradicionais, também são levadas em consideração as relacionadas a entretenimento, desporto, turismo e cultura. Entre 2017 e 2018, o número de passageiros em trânsito no Porto do Mucuripe cresceu 0,59%.

Ainda sem dados de 2019 fechados, o levantamento estima o avanço dos três indicadores relacionados a transportes marítimos, portos, logística e expedição: movimentação de mercadorias (em toneladas), de contêineres e de navios.

Marques afirma que, principalmente na fileira alimentar do mar e na área de tecnologias, que inclui os cabos de dados submarinos, o Ceará é líder no País.

“O Brasil aparece no Top 10 com mais ligações de cabos submarinos e o Ceará representa muito. Fortaleza é a segunda cidade do mundo com mais cabos submarinos. O Ceará tem tudo para ter ainda mais sucesso na economia do mar”.
Ainda dentro do leque de tecnologias, o representante da PwC lembra da energia eólica renovável offshore – em que as torres eólicas ficam instaladas dentro do mar. “Gostaríamos de incluir as energias renováveis offshore no estudo, dado que o Estado, em terra, já é bastante forte em relação a energias renováveis. Tenho ouvido sobre alguns projetos e estamos na expectativa de os ver na água funcionando. Isso significaria entrar para um clube de vanguarda em energias renováveis offshore e pioneiro a nível nacional”.

Investimentos
Marques lembra que um dos objetivos do Leme Barômetro é auxiliar na tomada de decisões de investidores, além de dar mais oportunidades às classes menos privilegiadas.

“Nós acreditamos que sem conhecer bem a realidade é impossível planejar o futuro. Achamos que este é um forte documento para ajudar a tomar decisões de investimento, financiamento, educação, perceber quais indústrias terão maior valor acrescentado no futuro, quais provavelmente irão perder e terão que se transformar”.

Ele acrescenta que a partir do desenvolvimento das atividades em conjunto haverá mais oportunidades de empregos com mais formação.

“Isso é o que há de novo, porque o mar, pesca, transporte sempre existiram. O que temos é nova maneira de pensar colocando na mesa todos esses planos. Um porto é importante para as embarcações de pesca, de logística, para cruzeiros, para ligações de cabos submarinos. Ou seja, se a gente pensasse como antigamente, cada indústria de forma isolada, algo se perderia”.

O diretor de inovação e tecnologia da Fiec e presidente do Observatório da Indústria, Sampaio Filho, comemora os resultados evidenciados no levantamento e ressalta a importância da iniciativa.

“Existem setores que são da economia do mar, mas não sabem. Para a gente disseminar isso, temos que levar resultados e é exatamente o que esse estudo vem fazer: mostrar para os setores como eles estão inseridos, trabalhar a educação desde os pescadores, dar maior assistência, começar a envolver vários setores mostrando a praticidade”, diz.

10º ENLP
Economia do Mar é um dos setores que será contemplado no 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa que acontece na FIEC-Federação das Indústrias do Estado do Ceará, nos dias 29 e 30 de abril de 2020.
Para mais informações e inscrições acesse www.cbpce.org.br/10enlp

Fonte: Diário do Nordeste em 03.03.20