Ricardo Valente: Arrendamento portuário e a economia

Ricardo Valente: Arrendamento portuário e a economia

Em 2020, os granéis sólidos, cereais e não cereais tiveram um crescimento de 28,7% em relação a 2019, no Porto do Mucuripe, representando o maior crescimento de carga do Porto no ano passado.

A expectativa é que o Porto do Mucuripe arrende, neste ano, o seu Terminal de Trigo (MUC01), destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e o segundo desse tipo mais movimentado do Brasil.

Administrado pela Companhia Docas do Ceará, o Porto poderá ter uma retroárea destinada a combustível também licitada em 2021.

Estima-se que os investimentos serão de R$ 56,7 milhões, em 25 anos, além dos milhares de empregos gerados.

Nesse sentido, é válido destacar a Lei Federal nº 14.047/2020, que reafirma o caráter essencial da atividade portuária, prevê medidas de combate à Covid-19 e é apontada como importante instrumento na minirreforma do setor portuário, prevendo flexibilidade na gestão e exploração dos portos públicos, investimentos e ampliação do quantitativo movimentado de cargas.

A Lei prevê dispensa de licitação nos contratos de arrendamento portuário quando for comprovada a existência de um único interessado na exploração do bem, após ser realizado um chamamento público para identificar interessados e quando a exploração estiver em conformidade com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.

Sobre isso, o Porto do Mucuripe está reelaborando o seu Plano, a fim de criar novas áreas para arrendamento, visto que 90% deste não é arrendado. O projeto se encontra no Tribunal de Contas da União.

Mecanismos legais devem ser vistos no Direito Portuário como instrumentos importantes para o desenvolvimento do setor e da economia nacional. Que mais iniciativas como esta sejam possíveis, contribuindo para dar novos rumos aos portos.

Autor: Ricardo Valente, advogado

Fonte: O Povo (Opinião)

Redes, paradiplomacia e negócios internacionais no Ceará

Redes, paradiplomacia e negócios internacionais no Ceará

Reescrevo e atualizo um artigo que preparei em setembro do ano passado para a Trends (veja aqui) e onde abordo um estudo que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) realizou com o governo federal associado a uma série de reuniões no Brasil para debater a atuação dos governos locais na promoção do comércio exterior e atração de investimento estrangeiro. Tive a oportunidade de participar desse debate e tomar nota de alguns pontos que compartilho neste artigo.

É cada vez mais significativo o papel dos governos subnacionais na atração de investimentos e promoção do comércio exterior. É o que diz, por exemplo, um estudo da Universidade de Columbia. Existem cerca de 8 mil agências subnacionais de promoção de comércio e investimentos no mundo. Ou seja, 50 agências subnacionais para cada agência nacional. No Brasil, não é diferente. Estima-se que 22 Estados e 366 municípios possuem algum tipo de órgão que trata de relações internacionais.

Nada mais natural numa economia globalizada, onde algumas startups nascem para ser globais, o turismo se tornou uma importante fonte de poupança externa e as metrópoles avançam na concentração das populações e da economia. Com pouco mais de 84% da população brasileira vivendo em áreas urbanas, os governos estaduais e das regiões metropolitanas não podem ignorar essa tendência mundial nem subestimar as suas vantagens comparativas na promoção comercial e atração de investimentos.

Além do mais, estados e municípios estão melhor preparados para endereçar questões relevantes para o investidor, tais como licenciamento ambiental, fornecimento de utilities, site location, entre outros. Os governos locais também têm um bom histórico em trabalhar com o setor privado, já que algumas agências locais são diretamente financiadas e apoiadas por empresas a nível municipal.

Um bom exemplo desse fenômeno é a Greater Houston Partnership, organização que trabalha com o governo da cidade para representar as oportunidades econômicas de Houston, e é composta por 1.200 empresas. Trazendo nossa experiencia cearense associada a esse exemplo, saliento a articulação executada pelas Secretarias de Assuntos Internacionais do Estado e da Prefeitura de Fortaleza, bem como pela Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros da ADECE/SEDET e por instituições como a Câmara Brasil Portugal no Ceará, o SEBRAE, FECOMÉRCIO e FIEC, e ainda a rede de consulados estrangeiros em Fortaleza e outras Câmaras de Comércio. Juntas, revelam bem as vantagens da associação público-privada na promoção do comércio exterior e atração de investimentos estrangeiros para o Ceará.

O projeto Ceará Global, criado há quatro anos numa concertação público-privada é melhor mostra disso, pois transcende a ação de governos, porque mantêm vínculos estratégicos e transversais e atua numa lógica de redes, conseguindo resultados onde a diplomacia de Estado, por ser uma instância formal, pode ter dificuldades de alcançar. A recente implementação da governança do Ceará Global permitirá ampliar o esforço de divulgação internacional do nosso ambiente de negócios através do LinkedIn e implementar a rede de ambassadors, formada por cearenses e amigos do Ceará distribuidos pelo mundo, seguindo o mesmo exemplo do que Portugal faz através da sua diáspora para chamar a atenção do capital estrangeiro para o novo Portugal.

Entretanto, o grande desafio é identificar a melhor estrutura e características para performar as melhores entregas. O BID apontou em sua análise sobre o ambiente da paradiplomacia brasileira, uma série de indicadores que podem revelar a melhor forma de exercício dessa atividade por parte de estados e municípios e que está basicamente fundada nos seguintes pressupostos:

  • Competências legais,
  • Existência de estratégias e programas em comércio e atração de investimentos,
  • Capacidade institucional,
  • Capacidade de adoção de mecanismos de promoção,
  • Nível de relacionamento com governos estrangeiros,
  • Disponibilidade de recursos humanos, e Capacidade orçamentária.

Além disso, o BID também aponta que pouco disso adianta se a avaliação da performance não for executada e se não forem medidos o impacto social e ambiental dos investimentos atraídos por estados e municípios.

Trazendo para a nossa realidade, se articulações como a Câmara Setorial de Comércio Exterior e IED e o Projeto Ceará Global são evidências positivas, a ausência de uma coordenação entre os municípios da grande Fortaleza é, sem dúvida, uma das mais visíveis ineficiências do nosso processo de desenvolvimento regional, qualquer que seja a perspectiva, visto que o corredor do desenvolvimento da Grande Fortaleza passa pela vital necessidade de sinergias entre, pelo menos, os municípios vizinhos do Eusébio, Aquiraz, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante e Caucaia. A Autarquia da Região Metropolitana de Fortaleza – AUMEF, criada em 1975 e extinta em 1992, faz falta. Essa estrutura seria importante para debater e propor oportunidades para a grande Fortaleza, a principal metrópole de influência regional no norte-nordeste do Brasil, conectada à vida de mais de 20 milhões de brasileiros e estrategicamente situada à margem do Atlântico Sul, equidistante da América do Norte, Europa e África.

Uma última nota, ainda, sobre o que parece ser importante para promover uma melhor inserção internacional do Ceará: a compreensão do nosso ecossistema de negócios internacionais e suas conexões no exterior. Isso é vital para subsidiar uma estratégia de internacionaliza da economia do Ceará. Sobre isso, destaco uma iniciativa da Câmara Brasil Portugal que realiza anualmente sobre ingresso de IED no Ceará. A partir dela, é possível visualizar um cruzamento entre empresas cearenses com capital estrangeiro e empresas engajadas em comércio exterior. Essa coneção entre Comex e IED é estratégica. Numa visão ecossistêmica do nosso ambiente de negócios não basta perceber os elementos, é vitar perceber a relação entre esses elementos.

Mas falta ainda observação mais robusta envolvendo os próprios empreendedores, como sugerida na matriz difundida pelo modelo de Uppsala revisado, que destaca e valoriza as relações bilaterais do entrepreneur, e a interdependência entre empresa, a partir do momento em que o processo de internacionalização é visto como rede. O conhecimento gerado por meio desta conexão em rede causa um acúmulo de conhecimento que envolve desde recursos e capacidade estratégica, e, esta interação fornece a empresa uma fonte de informações comerciais relevantes.

Enfim, é isso. Precisamos avançar em governança e visão ecossistêmica.

Artigo Rômulo Alexandre Soares

Escritório de advocacia Porto Costa & Praça Advogados Associados é o novo sócio da CBPCE

Escritório de advocacia Porto Costa & Praça Advogados Associados é o novo sócio da CBPCE

Porto Costa & Praça Advogados Associados é uma sociedade constituída por profissionais graduados e de expressiva especialização na recuperação de créditos judiciais e extrajudiciais, oferecendo soluções customizadas voltadas às necessidades específicas de cada cliente, sejam empresas públicas ou privadas.

A Porto Costa & Praça Advogados Associados ocupa hoje uma posição de destaque no cenário jurídico nacional, mantendo canais variados de comunicação, como: cartas, atendimento web chat, contact center ativo e receptivo e atendimento presencial. Diversas outras ferramentas tecnológicas são utilizadas no intuito de trazer uma maior segurança jurídica na condução de suas operações.

Contatos:
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3 dicas para começar a busca por um ancestral sefardita

3 Dicas para começar a busca por um ancestral sefardita

Embora seja possível buscar ajuda profissional em empresas especializadas, como a Martins Castro, para conquistar a cidadania portuguesa pelos sefarditas alguns documentos são fundamentais para iniciar as buscas pelos antepassados.

Para ajudar aqueles que ainda estão com dificuldades de saber onde encontrar esses documentos ou informações, preparamos este texto com três dicas de por onde começar.

1. Os documentos mais acessíveis
O primeiro passo a dar nesse caminho de busca é também o mais acessível para a maior parte das pessoas. Trata-se de verificar a sua certidão de nascimento. Nela, além do nome dos pais, consta ainda o nome dos avós, tanto maternos como paternos.

Só com esse documento já se consegue dados sobre três gerações familiares (você, seus pais e avós)

Outro documento que é fácil de ter acesso é a certidão de casamento dos seus pais. Ela pode trazer os nomes dos seus bisavós. Se essa informação constar na certidão a sua busca é facilitada. Caso não conste, o ideal é recorrer às certidões de nascimento. Lá constarão os nomes completos dos seus 8 bisavós (4 em cada certidão).

2. Os avós
A sua certidão e a dos seus pais já te deram informações sobre quatro gerações. Entretanto, quando falamos da ascendência sefardita, precisamos voltar mais algumas gerações no tempo até encontrar o vínculo. Assim, as informações vindas dos avós são muito importantes. No caso de seus avós serem vivos, peça a eles as certidões de casamento e nascimento deles. Esses documentos te darão informações sobre os seus bisavós e trisavós.

Mas, caso seus avós já sejam falecidos, não há razão para esmorecer. Procure junto aos parentes se alguém guardou esses documentos. É comum que algum familiar seja o guardião desses registros. Se mesmo assim não conseguir ter acesso aos documentos, é possível tentar uma segunda via. E é aqui que o trabalho de pesquisa e garimpo de informação começa.

Comece com as datas de nascimento e óbito dos seus avós e com a identificação da cidade onde nasceram e foram sepultados. Com essas informações pode iniciar uma busca pelo cartório onde esses documentos podem ter sido registrados.

É importante explicar que você não precisa ter necessariamente as duas certidões. A de nascimento é sempre melhor, pois traz informações de três gerações. Acontece que muitas vezes para chegar à de nascimento às informações que constam na de óbito, ajudam, como por exemplo, o local de nascimento.

3. Cheguei até aqui. E agora?
Com todas as informações reunidas a partir das certidões que você conseguiu, se espera que você tenha ao menos o nome completo de quatros gerações além da sua. Neste ponto existem duas possibilidades. O que vai exigir mais tempo e dedicação sua é continuar por conta própria a busca por uma ancestral sefardita.

Isso significará buscar por documentos dos seus trisavós e tetravós, bem como documentos históricos que consigam ir comprovando o vínculo genealógico entre cada geração. É preciso dizer que em alguns caso é preciso retroceder até a 18ª geração, ou seja, pelo menos 15 gerações anteriores aos seus avós, até encontrar o ascendente sefardita.

Uma ferramenta que pode auxiliar neste processo de pesquisa é o uso de plataformas dedicadas à construção de árvores genealógicas, como o Family Search. Nesses sites você pode começar a montar a sua genealogia e é avisado caso a sua árvore se conecte com a de outro usuário do site que eventualmente tenha um tronco familiar em comum com você.

Já o segundo caminho, o mais simples, é o de buscar a ajuda profissional que faça a pesquisa genealógica. Esta possibilidade costuma poupar tempo e tornar o processo de obtenção da cidadania mais ágil, já que dificilmente os interessados conseguem tratar dessas buscas em tempo integral.

Além disso, os profissionais que atuam no campo genealógico dispõem de farta documentação e bibliografia e é possível que já tenham feito outros estudos onde constem ramos da sua família que você desconhece. Em casos isso acontece, muitas vezes basta ligar você a esse ramo da família que já é comprovadamente descendente de um judeu sefardita.

Para finalizar, é importante ter em mente que, independentemente de seguir sozinho ou de buscar a ajuda de um profissional, é preciso manter os documentos organizados e bem conservados, já que para iniciar o processo eles precisaram ser anexados ao pedido da cidadania.

A recomendação é que você mantenha toda documentação agrupada em uma pasta física, organizando as certidões e demais registros por gerações. Além disso, como parte do caminho até o pedido da cidadania em si ocorre via internet, é bom também ter tudo digitalizado e organizado numa pasta do computador. Na nomeação dos arquivos ajuda se mantiver um padrão onde conste o tipo de certidão e o nome do proprietário da mesma.

Fonte: Martins Castro Advocacia

Outsourcing: 4 vantagens para grandes empresas e PME

Outsourcing: 4 vantagens para grandes empresas e PME

Sabia que o Outsourcing pode trazer vantagens para a sua organização, seja ela uma grande empresa ou uma PME? Neste artigo, apresentamos 4 vantagens em contratar uma empresa externa que o ajuda a alcançar os objetivos da sua organização.

1. Redução significativa de custos
O outsourcing torna-se um recurso mais económico quando se trata de áreas mais específicas e fora do core business. Isto porque, a compra de equipamentos ou a expansão da empresa, pode acarretar custos significativos, que ao contratar serviços de outsourcing a mudança poderá custar menos e permite ter uma equipa especializada na área, que o apoia na concretização dos objetivos organizacionais.

Assim, o outsourcing pode reduzir os custos na contratação de serviços como:

Administração de Sistemas e Rede
HelpDesk
Segurança
Introdução de Dados
Ler também: Outsourcing: Que serviços podem ser contratados

2. Foco na competitividade
Ao contratar este tipo de serviço, está a conseguir dar resposta às necessidades da sua empresa, que por sua vez, otimiza os vários recursos (tanto humanos, financeiros ou físicos). Neste sentido, torna-se mais competitiva no mercado, por estar focada nas atividades chave, adicionando mais valor para o cliente, sem deixar de lado a qualidade do serviço prestado.

3. Aumento da eficiência e produtividade
Ao contratar uma empresa especializada nessa área, irá conseguir distribuir melhor as competências, dado que cada função é ocupada por profissionais da área em específico. Assim, permite não só manter ou melhorar a qualidade, como também aumentar a produtividade da empresa.

Assim, estará concentrado “naquilo que faz melhor”, enquanto que o “restante” é entregue a especialistas.

4. Diminuição dos riscos
Quanto maior for o conhecimento, menor o risco em falhar. O outsourcing apresenta-se como uma estratégia para responder às necessidades da empresa, que vão além do know-how interno.

Para a A2it Tecnologia, o outsourcing é uma oportunidade para criar valor, minimizando os riscos e melhorando a capacidade de resposta nos departamentos de TI.

Fonte: A2IT

Eu e o meu terninho roxo: endureci, adoeci e renasci: Por Adriana do Carmo, sócia e diretora da CBPCE

Eu e o meu terninho roxo: endureci, adoeci e renasci: Por Adriana do Carmo, sócia e diretora da CBPCE

Ontem partilhei um pouco da minha vida profissional numa live do projeto Partilha Flow, da Flow Desenvolvimento Integral, quando falei do quanto endureci e adoeci vestida no meu terninho roxo, para anos depois renascer.

Cada vez mais nós mulheres ocupamos espaços no mercado de trabalho e na sociedade, assumindo cargos de liderança nas empresas, em instituições públicas, na política, empreendendo e trilhando carreiras brilhantes. Sem dúvida, tudo isso é motivo de alegria e muito orgulho.

Porém, quando estamos no mundo corporativo, tão particularmente competitivo, nos deparamos com os mais variados desafios e, muitas vezes, acabamos endurecendo, criando formas rígidas para nos impor, para demonstrar competência e alcançar os resultados desejados. Claro que isso não é regra, mas acontece e aconteceu comigo, vestida rigidamente no meu terninho roxo, minha elegante armadura para me defender de mim mesma.

No meu caso, esse endurecimento chegou disfarçado de extrema responsabilidade assumida inicialmente pelo cargo executivo e depois pela sociedade na minha primeira empresa, pelo compromisso com os números que deveria entregar, pela competência, pela agenda lotada de reuniões, viagens, conferências, tarefas das mais diversas ordens, decisões urgentes, importantes e impactantes, perfeccionismo, centralização. O alto grau de exigência me impôs uma “doce” obrigação de controlar, de entender dos detalhes, de revisar tudo antes de liberar, me levando a uma jornada exaustiva, angustiante e ilusória de perfeição.

E para dar conta de tanta carga, a correria e agitação se instalaram, o “modo piloto automático” foi acionado com o seu radar hipervigilante, levando para o final da fila de prioridades o meu autocuidado e desequilibrando vida pessoal e profissional. Ah, o endurecimento tem 1001 faces que se disfarçam aproveitando-se das armadilhas de uma mente alerta, porém, sem atenção.

Devagarinho passei a olhar muito mais para o futuro (e se acontecer isso…), criando (pre)ocupações baseadas nos medos escondidos no passado (foi horrível quando aquilo aconteceu…). Comecei a brigar internamente diante de cada situação: “se acontecer isso eu digo aquilo”, “se fizerem isso eu faço aquilo” e por aí ia enchendo a mente com ruminações mirabolantes, fantasiosas, mas repletas de sentido para quem não vivia na Presença, o aqui e agora, único lugar real, concreto e possível de ser vivido.

Sorrateiramente, os valores de aparência, aqueles de fora pra dentro, também começaram a tomar mais e mais espaço e a essência quase se esvaziava pelas mãos, perdida por trás de máscaras e armaduras que acreditava me protegerem da vulnerabilidade que habitava em mim.

O resultado de tudo isso? Desconexão! Estresse, esgotamento, exaustão, adoecimento. A falta de autocuidado me desconectou de mim, dos outros e do mundo. E foi preciso o meu coração acelerar desesperado, pedindo socorro, para eu PAUSAR e num lapso de lucidez escutar o seu apelo.

O meu primeiro ímpeto foi de correr para reparar o prejuízo. Mas, ao invés disso eu pausei. Aprendi a meditar e comecei a praticar yoga. Aprofundei no autoconhecimento, meu grande aliado nessa jornada. Usei a psicologia (minha formação de base) a meu favor e identifiquei os meus padrões de rigidez, de onde vinham e porque eu os reproduzia (aliás, faço isso todos os dias com os padrões que me aparecem). Elenquei as minhas forças, potencialidades, habilidades e gaps. Aprendi a integrar melhor o meu pensar, sentir e agir, usando a mente, o coração e as mãos, além de todo o meu corpo como campo informacional.

Aos poucos fui me reconectando comigo. Com coragem e amorosidade, fui desenvolvendo mentalidades (isso mesmo, no plural), comportamentos e habilidades que foram transformando minhas realidades, internas e externas. Uma verdadeira aprendizagem transformacional!

Mergulhei nesse TAO (caminho) e dei mais um passo, deixando fluir o melhor que há em mim, para fazer fluir o melhor que há no outro.

Hoje, meu trabalho alimenta a minha vida de sentido, pois tenho como propósito facilitar a transformação de pessoas e empresas. Vejo que quanto mais nos conhecemos, seja enquanto indivíduos ou organizações, mais entendemos as nossas necessidades e por quais valores estamos sendo guiados, o que nos ajuda a ampliar a nossa visão de mundo e a entender que é possível ocupar qualquer lugar de poder sem se perder no poder do lugar.

Pense nisso. Sinta isso. Trasforme(se). E (re)nasça!

Texto: Adriana Bezerra do Carmo.

Créditos da ilustração Leon Silva. Instagram @reileon

João Marques da Cruz é o novo CEO da EDP no Brasil

João Marques da Cruz é o novo CEO da EDP no Brasil

O executivo João Marques da Cruz, que acumula nove anos de trajetória como membro do Conselho de Administração Executivo da EDP global, com atuação nos segmentos de Distribuição, Transmissão, Comercialização, Energias Renováveis e Mercado Livre, teve seu nome confirmado em reunião do Conselho de Administração da EDP Brasil realizada na sexta-feira (19).

Marques da Cruz assume a Companhia após a nomeação de Miguel Setas como responsável pela plataforma mundial de redes de Transmissão e Distribuição do Grupo. Setas também ficará na presidência do Conselho de Administração da EDP Brasil, que ainda ganhou a participação de Rui Teixeira, Vera Pinto Pereira e Ana Paula Marques, após Assembleia de Acionistas realizada no mesmo dia.

Assim, essa instância administrativa, que já contava com Juliana Rozenbaum, passa a ter 33% de representação feminina, o triplo da média nacional.

Também foi aprovada a criação de uma vice-presidência executiva de ESG, que será ocupada por Fernanda Pires atual codiretora de Pessoas, Digital e Sociedade.

João Marques da Cruz divulgou em uma rede empresarial que pretende dar continuidade da gestão do seu colega Miguel Setas.

“É com muita satisfação que hoje assumo a presidência da EDP no Brasil, uma geografia prioritária na estratégia do grupo EDP. Nesta posição, espero fazer um mandato de continuidade da gestão de Miguel Setas, mas com especial atenção aos investimentos relacionados à transição energética. Temos um grande potencial a explorar, principalmente na frente da geração solar distribuída e da chamada utility scale. Quero fazer um agradecimento especial à equipe da EDP Brasil, que tão bem tem me recebido, e com quem tenho a certeza de contar nesta nova etapa. Espero agregar conhecimentos para seguirmos alcançando resultados exitosos e cumprindo com o propósito de fazer da EDP uma empresa líder na transição energética no País.”

Por sua vez, Miguel Setas também comentou sobre seus 13 anos na direção e destacou que no seu período o valor de mercado da companhia quadruplicou.

“Tenho muita gratidão ao Brasil e à equipe da EDP Brasil. Juntos, ao longo desses 13 anos no País, sendo 7 de presidência executiva, ajudamos a construir uma Empresa cada vez mais respeitada no setor, destaque em inovação, sustentabilidade, governança corporativa, responsabilidade social e competência técnica. Entramos nos segmentos de Transmissão e Geração Distribuída. Ingressamos em Santa Catarina com a Celesc, no Mato Grosso, no Pará, no Amapá, no Maranhão, em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com hidrelétricas e empreendimentos de transmissão. A EDP Brasil cresceu e vale hoje quatro vezes mais do que quando abriu seu capital na Bolsa (2005), tendo dobrado seu valor de mercado entre 2016 e 2020 [de R$ 5,7 bilhões para R$ 12 bilhões]. Não tenho dúvida que seu futuro será de grande sucesso. Muito obrigado!”

Miguel Setas será agora responsável pela plataforma global de redes (Distribuição e Transmissão), com operações em Portugal, Espanha, no Brasil e em Macau, além da presidência do Conselho da subsidiária brasileira.

Fonte: Mundo Lusíada

As terapias integrativas se unem para potencializar o real sentido da vida

As terapias integrativas se unem para potencializar o real sentido da vida

As terapias integrativas se unem para potencializar o real sentido da vida. Quando adoecemos buscamos cuidados médicos e remédios alopáticos, desconhecendo que podemos complementar esta cura com terapias alternativas advindas de ciência milenar.

É importante perceber que para esta máquina permanecer funcionando precisamos também de combustível, ou seja, energia para seguir em frente. O Ministério da Saúde define Práticas Integrativas e Complementares (PICS) como “tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em doenças crônicas”.

As terapias são práticas que seguem o princípio do holismo e que promovem o equilíbrio físico, psíquico, emocional, espiritual, comportamental e social, por meio de elevação vibratória com estímulos naturais, mediante o autoconhecimento no despertar da consciência do indivíduo sobre seu corpo, sentimentos e ações diárias. Podem ajudar nas questões como estresse, baixa autoestima, falta de autoconfiança, insatisfações, insônia, problemas nos relacionamentos, falta de prosperidade e inseguranças.

Só estamos inteiros quando unimos nossa alma ao físico, pois desta união vem a nossa capacidade de reconexão com nossa essência divina.

Fonte: Regina Antunes Lopes(Medicina Integrativa)

M. Dias Branco fortalece sua atuação internacional na Gulfood, em Dubai

M. Dias Branco, sócia da CBPCE, fortalece sua atuação internacional na Gulfood, em Dubai

Os produtos das marcas Richester, Bel Campo, Adorita, Finna e Delicitos serão apresentados na maior feira global de alimentos e bebidas do mundo

Presente em 37 países, a M. Dias Branco mantém em 2021 a estratégia de intensificação do crescimento no mercado externo e leva novidades para a Gulfood, a maior feira de alimentos e bebidas do mundo. O evento ocorrerá entre 21 e 25 de fevereiro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com o objetivo de reunir lançamentos, inovações e tendências do segmento.

A líder nacional em massas e biscoitos apresentará na Gulfood os produtos das marcas Richester, Bel Campo, Adorita, Finna e Delicitos, que são reconhecidas globalmente, sobretudo pelos clientes do Oriente Médio e da África, principal público da feira. A companhia está mantendo o cuidado com a saúde dos seus colaboradores, por isso, está privilegiando os encontros virtuais em detrimento dos presenciais. Portanto, não haverá atendimento físico no local e as novidades e produtos-chave para a região estarão expostas em mostruário especial para a M. Dias Branco, mantendo os clientes atualizados dos lançamentos.

Nos últimos anos, a M. Dias Branco tem investido fortemente em exportação, visando fortalecer ainda mais as suas marcas globalmente, além de diversificar a atuação internacional, conquistando novos mercados. Exatamente para atender à necessidade de crescimento no mercado externo, a companhia tem usado recursos da equipe de Pesquisa & Desenvolvimento para desenvolver produtos específicos para exportação. É o caso da margarina Adorita Tropical, um creme vegetal sabor manteiga, com atributos sensoriais similares à versão tradicional, mas sem necessidade de refrigeração. Além disso, o produto possui o sistema de Cover Seal para fechamento da embalagem, característica que garante a inviolabilidade.

O sucesso da inovação foi tamanho, que a companhia ampliou o portfólio com o creme vegetal Bel Campo, que contém 50% mais lipídios do que a Adorita Tropical, tornando-se indicado também para cozinhar.

Ideais para exportação, os produtos da M. Dias Branco contam com embalagens específicas, com dados de rotulagem em mais de dois idiomas. Os biscoitos e massas da Richester, expostos na Gulfood, por exemplo, além do creme vegetal Adorita Tropical, apresentam rótulos com informações também em árabe, atendendo diretamente o mercado do Oriente Médio. A companhia está levando ainda para a feira as massas e biscoitos das marcas Isabela, as farinhas Finna e os snacks da marca Delicitos.

A M. Dias Branco possui a certificação Halal, qualificando-se para exportar seus produtos para o mercado islâmico. Além disso, o portfólio conta com certificações internacionais que atestam qualidade, segurança alimentar, do trabalho e do meio ambiente, como a FSSC 22000, que abrange todo o sistema de gestão da segurança de alimentos, reconhecida pela Global Food Safety Initiative (GFSI).

Sobre M. Dias Branco S. A. Indústria e Comércio de Alimentos
Contando com mais de sessenta e cinco anos de existência, a M. Dias Branco S.A. Indústria e Comércio de Alimentos é uma empresa do setor de alimentos com ações negociadas no segmento do Novo Mercado na B3. A Companhia produz e comercializa biscoitos, massas, farinha e farelo de trigo, margarinas e gorduras vegetais, snacks, bolos, mistura para bolos, cobertos de chocolates e torradas. Sediada em Eusébio (CE), a empresa é líder de mercado em biscoitos e massas no Brasil, é a sexta maior empresa de massas e a sétima de biscoitos no ranking global por faturamento. Suas operações geram mais de 17 mil empregos diretos em diferentes regiões, refletindo o seu compromisso com fatores importantes para o desenvolvimento econômico e social do país.

Sua história começou ainda na década de 40 quando o comerciante e imigrante português, Manuel Dias Branco inaugurou a Padaria Imperial, em Fortaleza (CE). Atualmente, a M. Dias Branco possui um moderno parque industrial com equipamentos de última geração, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade, operando com um modelo de integração vertical que permite a produção de suas mais importantes matérias-primas, a farinha de trigo e a gordura vegetal, utilizadas no processo de produção.

Suas marcas são sinônimo de tradição e qualidade, estabelecendo um vínculo de confiança e respeito com o consumidor. A estrutura operacional da M. Dias Branco S.A. Indústria e Comércio de Alimentos, com sede no Estado do Ceará, conta com 15 unidades industriais e mais de 35 filiais comerciais distribuídas em diferentes Estados do País, garantindo uma cobertura nacional que possibilita a presença de suas marcas em todo o território nacional, assim como em mais de 30 países em todos os continentes.

Fonte: Público A

Flow Desenvolvimento Integral: Saúde mental e saúde organizacional, Onde esses caminhos se cruzam?

Flow Desenvolvimento Integral: Saúde mental e saúde organizacional, Onde esses caminhos se cruzam?

Nunca foi tão necessário falar de saúde mental quanto agora, né mesmo? Parece que finalmente começamos a compreender o impacto da saúde mental sobre a saúde integral, sobre os resultados dos negócios e sobre a forma como vivemos em sociedade.

No que se refere ao ambiente de trabalho, a pandemia ajudou as empresas a verem a importância da saúde mental de seus líderes e colaboradores, pois o estresse e a ansiedade foram as alturas, provocados pelo medo da contaminação, pelo isolamento, pelos desafios encontrados no Home Office com a toda a família em casa realizando atividades de trabalho, estudo e lazer num só ambiente e praticamente ao mesmo tempo. Todos esses medos eram “lícitos” e se estamparam nos rostos, nas falas, nas expressões das pessoas, dando lugar a uma humanidade há muito esquecida na maioria das organizações.

Mas, o que dizer de tantos outros “medos” tão comuns que corroem aos poucos e frequentemente, a saúde das pessoas ao longo de suas vidas laborais? O medo de errar, de dizer que aquela forma de fazer o trabalho não é a melhor, de não dar resultado, de expressar o que sente, de sentir-se incapaz, de sentir-se vulnerável, de ser visto como ineficaz num ambiente de alta competição, muita incerteza, pouca segurança e muita velocidade de mudanças.

Esses também são medos reais e lícitos que minam a saúde mental e física das pessoas, juntamente com a saúde organizacional. E o que fazer diante da constatação dessa realidade? Será que é papel das empresas olhar pra esse tema?

Para a OMS, “saúde mental é um estado de bem-estar no qual um indivíduo realiza suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e é capaz de fazer contribuições a sua comunidade.”

Ora, como ter uma empresa inovadora, ágil, competitiva e pronta para crescer sem pensar em aplicar esse conceito de saúde mental da OMS, por exemplo? E para uma empresa ser assim é necessário haver criatividade, engajamento, diversidade, colaboração, o que só acontece quando há um ambiente psicologicamente seguro para as pessoas se expressarem, desenvolverem suas potencialidades, solucionarem os problemas de forma criativa, cultivarem relacionamentos positivos, construírem uma rede de apoio e suporte social que fortaleça a confiança e lhes permita pedir ajuda, sem medo da vulnerabilidade.

Isso significa promover um ambiente não mais dos nichos dos departamentos, dos cargos estáticos, do poder vertical das hierarquias, do “meu e seu”, do EGO sistema, mas acima de tudo alicerçado no bem comum, na interdependência, no ECOssistema, onde tudo e todos têm sentido e significado, onde o interesse coletivo se sobrepõe ao individual, onde o propósito é compartilhado e os valores são vividos.

Isso é saúde organizacional e depende sim de saúde mental e emocional das pessoas! E a saúde mental e emocional gera saúde organizacional e esta gera resultados financeiros. Isso não é um trocadilho, mas apenas uma constatação de que a via é de mão dupla e que vale a pena ser seguida.

Como bem colocou a McKinsey Quarterly num estudo de 2017 que é completamente aderente a realidade atual, “a melhor maneira de administrar uma empresa é equilibrar o desempenho de curto prazo e a saúde organizacional de longo prazo”.

Portanto, trabalhar a saúde mental, emocional e organizacional apenas fortalece a necessidade urgente de colocarmos o HUMANO no centro da estratégia dos negócios para alcançarmos a Realização Humana, ou melhor, um novo RH.

Adriana Bezerra do Carmo – Associada ABRH-CE

Fundadora da Flow Desenvolvimento Integral, sócia da Diagrama Consultoria em Gestão, Conselheira da Somos UM, diretora do IBEF Ceará e da Câmara Brasil Portugal no Ceará.

Psicóloga com MBA em Marketing pela USP, em Negócios pelo Coppead e com dois cursos de Formação em Gestão no Japão. Pós-graduação em Práticas Integrativas de Saúde e Bem-estar no Hospital Israelita Albert Einstein e Psicologia Positiva pela PUCRS. Atualmente cursando pós graduação em Neurociências do Comportamento pela PUCRS.

Multiplicadora Sistema B, Facilitadora FIB, Formação em Chief Happiness Officer e Teoria U.

Fonte: Abeh-ce