Retomada do turismo deve ser impulsionada com grandes investimentos no Ceará

Retomada do turismo deve ser impulsionada com grandes investimentos no Ceará

Estado segue tendência observada em diversas regiões do Brasil, em que empresários apostam na volta do crescimento do setor após a crise e investem bilhões de reais em empreendimentos, como hotéis, resorts, parques aquáticos e complexos de lazer

Os grandes investimentos no setor de turismo no Ceará prometem alavancar esse segmento, na retomada da economia. Dois dos maiores grupos empresariais do Estado ligados ao segmento, Hard Rock Hotel Fortaleza e Beach Park, apresentam boas perspectivas para os próximos meses. E seguem tendência observada em todo o Brasil, em que empresários apostam na retomada das atividades turísticas no pós-pandemia e investem bilhões em novos empreendimentos.

Diversos desses atrativos já saíram do papel e estão em fase de construção, empregando milhares de trabalhadores e dando esperança a quem depende do setor para viver. Além do Ceará, Brasília, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Paraíba e Alagoas são estados receberão equipamentos como hotéis, resorts, parques aquáticos e complexos de lazer.

Até o fim deste ano, deve ser entregue a primeira fase do Hard Rock Hotel Fortaleza, na praia da Lagoinha (Paraipaba), que terá um total de 399 apartamentos, e completa infraestrutura para os visitantes, com spa, academia e kids club das marcas originais da Hard Rock, além da tradicional decoração toda em homenagem ao mundo do rock e da música. As obras em andamento receberam impulso com o aporte de R$ 71 milhões para a VCI SA, incorporadora e responsável pela marca Hard Rock no Brasil, repassados pelo Banco do Nordeste, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O empreendimento tem valor geral de venda (VGV) estimado em R$ 1,2 milhão.

Já o Beach Park deve iniciar nos próximos meses a construção do segundo complexo turístico e de hotelaria na região do Porto das Dunas, em Aquiraz, após ter recebido a aprovação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). Nesse caso, o investimento será de R$ 1,6 bilhão, para edificar o complexo de 9,7 hectares, de frente para o mar. O projeto deve ser implantado em etapas e gerar, no total, em torno de 14 mil postos de trabalho.

Grandes obras

Grandes obras como essas abrem boas perspectivas para a recuperação do setor turístico em todo o Ceará, de acordo com Samuel Sicchierolli, presidente da VCI SA. “Apesar da crise momentânea, as pessoas esquecem que a pandemia é passageira. Não nos esquecemos disso nem por um segundo, estamos investindo e apostando na rápida retomada da economia e da atividade turística. O Brasil é um dos maiores países em turismo doméstico, com mais de 100 milhões de passageiros por ano antes da pandemia”, observa.

Demanda

Diante de tantos investimentos e da perspectiva da retomada das atividades, o segmento precisa estar preparado para o aumento da procura pelos turistas. No entanto, Alexandre Pereira, secretário de Turismo de Fortaleza, afirma que a capital cearense está preparada para esse momento. “Em 2019, antes da pandemia, estávamos nos primeiros lugares em todos os sites de pesquisa de destinos turísticos no Brasil”, diz.

Para Régis Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), a expectativa é de boa recuperação do setor ainda em 2021. “Nós temos a convicção de que existe uma demanda reprimida muito grande. São pessoas que gostariam de ter viajado e não puderam. Se tivermos uma vacinação que flua mais rapidamente e que não ocorra um retrocesso, nossa expectativa é positiva, para o segundo semestre. Além disso, o brasileiro deve ter como foco de viagens os destinos domésticos, em razão da alta do dólar e do temor de viagens internacionais. Somando esses fatores, teremos uma boa expectativa de retomada para o turismo no Ceará”, avalia.

Para Álvaro Carvalho, membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), a retomada do turismo vai acontecer até o próximo ano, mas deverá ser gradual. “O setor vai voltar aos poucos, porque o mais importante para qualquer segmento da economia se recuperar é o avanço da vacinação”, afirma o economista.

Fonte: O Otimista

Termaco Logística renova certificação de qualidade

Termaco Logística renova certificação de qualidade

Uma das grandes operadoras nordestinas de logística integrada, a cearense Termaco acaba de obter a renovação de sua Certificação Internacional de Qualidade ISSO 9001:2015.

Com 35 anos de atividades, a Termaco tem um time de 800 colaboradores e movimenta, diariamente, 800 toneladas de carga fracionada nos modais rodoviário e aéreo.

Fonte: Egídio Serpa

Vila Galé mantém previsão de abrir no próximo ano o seu resort em alagoas

Vila Galé mantém previsão de abrir no próximo ano o seu resort em alagoas

O Grupo Vila Galé mantém a previsão de abrir em 2022 o seu resort em Alagoas, no Brasil, apesar de “alguns obstáculos no que concerne ao fornecimento de materiais e na restrição de mão de obra”, segundo José António Bastos, director de Operações do grupo no Brasil.

“Apesar de ser ainda cedo para anteciparmos eventuais contratempos, inclusive o impacto do período de chuvas esse ano, o calendário segue com expectativa de finalização das obras por volta de Junho do próximo ano”, disse o executivo ao portal de notícias brasileiro “Agenda A” (para ler a entrevista completa no site da “Agenda A” clique aqui).

O Vila Galé Alagoas está a ser construído no município de Barra de Santo António, na Praia do Carro Quebrado, e tem previsto um investimento de 150 milhões de reais, cerca de 22,1 milhões de euros ao câmbio de hoje.

O novo resort do grupo hoteleiro português vai funcionar em regime de tudo incluído (TI) e terá 518 quartos, seis restaurantes, Spa, oito salas de reuniões e um parque aquático infantil.

O hotel terá uma configuração semelhante ao Vila Galé Touros, designadamente o formato do terreno à beira-mar e a disposição dos edifícios, mas terá algumas inovações, segundo José António Bastos, que destacou o parque aquático, as novas opções gastronómicos, uma discoteca, espaços para eventos até 1.500 pessoas e oito salas de reuniões.

O director de Operações da Vila Galé no Brasil espera receber turistas portugueses no novo resort, devido ao reconhecimento que existe em Portugal da marca Vila Galé e das belezas naturais de Alagoas. Contudo, a grande base dos resorts do grupo no Nordeste é o mercado brasileiro, sobretudo de São Paulo, Brasília, Minas Gerais e Goiás, bem com o mercado argentino.

A Vila Galé é a segunda maior rede hoteleira portuguesa e nº 1 no Brasil em resorts de praia.

Fonte: Presstur

Energias renováveis impulsionam inovação no setor elétrico do Ceará

Energias renováveis impulsionam inovação no setor elétrico do Ceará

A inovação tem dado largos passos no setor de energia elétrica no Ceará. E essa trajetória conta atualmente com a participação do Projeto Ciência e Inovação em Políticas Públicas, nome oficial do Programa Cientista-Chefe, criado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

Nessa parceria, a proposta é a construção de mecanismos de integração entre academia, poder público e indústria, visando a mudança do perfil da economia do Estado através da Indústria do Conhecimento, segundo Fernando Antunes, cientista-chefe em Energia e professor titular do Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

De acordo com Antunes, desde o final de 2018, o Cientista-Chefe em Energia tem trabalhado com a Coordenação de Energia e Telecomunicações (Coete) da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) na eficientização e monitoramento das utilidades, como energia elétrica, telecomunicações, água e gás, buscando reduzir os gastos do Ceará com esses serviços.

Outro ponto de trabalho com a Seinfra e também a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) é a concepção de projetos de Sistemas Fotovoltaicos (FV) para escolas estaduais, consumidores de baixa renda e rurais, considerando a grande incidência solar no Estado.

Mobilidade elétrica é mais uma das áreas de atuação do programa. A partir do estágio inicial de crescimento desse mercado, têm-se percebido oportunidades para o desenvolvimento tecnológico do Ceará e consequente geração de empregos, com novas empresas do setor instaladas no Estado.

Na UFC, Fernando Antunes coordena também o Grupo de Processamento de Energia e Controle (GPEC), do DEE. O GPEC atua na proposição de soluções tecnológicas para os setores industriais e de serviço, trabalhando em parceria com a indústria nacional, concessionárias de energia e institutos de pesquisa no Brasil e no exterior.

Leia a matéria completa no site TrendsCE 

Fonte: Trends CE

Lançado relatório comex Brasil Portugal do primeiro trimestre de 2021

Lançado relatório comex Brasil Portugal do primeiro trimestre de 2021

Óleos têm papel relevante no comércio entre o Brasil e Portugal. Juntos, combustíveis e azeites, somam mais de 50% das trocas entre os dois países. Mas essa história é feita também de outros produtos, como componentes para a indústria da aviação, bebidas, pescados e grãos.

Estados como o Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso, por exemplo, têm um papel relevante nessa relação e onde existem Câmaras Portuguesas.

Visite, por exemplo, a Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro, a Câmara de Comércio Brasil Portugal RS ou uma das outras 14 Câmaras Portuguesas existentes de norte a sul do Brasil.

O Observatório de Negócios Internacionais da Federação das Câmaras Portuguesas no Brasil tem o apoio de APSV Advogados.

Clique aqui e confira o relatório.

Fonte: Federação das Câmaras Portuguesas

Qair Brasil avança na construção de Complexo Eólico em expansão no Ceará

Qair Brasil avança na construção de Complexo Eólico em expansão no Ceará

O mês de abril marca uma nova fase nas obras do Complexo Eólico Serra do Mato, da Qair Brasil, subsidiária da francesa Qair Internacional. A concretagem da base do primeiro aerogerador foi concluída com êxito, indicando o sucesso da fase de expansão do maior empreendimento da Companhia no Brasil, até o momento.

Após a conclusão o Complexo será formado por 29 torres V150 Vestas, de aproximadamente 58 toneladas de aço e 125 metros de altura, cada, distribuídas em 6 parques eólicos com capacidade total instalada de 121,8 MW. O empreendimento contará também com a instalação de outros 101 MW em seu projeto solar.

Localizado no município cearense do Trairi, o Complexo Eólico Serra do Mato, trata-se de uma expansão do Complexo Eólico Serrote (205 MW), que já está em fase final de obras e têm sua conclusão total prevista para maio de 2021.

Sobre:
A Qair Brasil é a subsidiária do grupo Qair International, de origem francesa, com operações em 16 países e larga experiência adquirida em mais de 30 anos de atuação no mercado de energias renováveis. Com empreendimentos no Brasil desde o início de 2018, possui sua sede administrativa em Fortaleza/CE e desenvolve vários projetos em diferentes estados da região Nordeste.

Fonte: Qair Brasil

Governança tributária, por Ítalo Bandeira e Carlos Oliveira da Abax Consultoria

Governança tributária, por Ítalo Bandeira e Carlos Oliveira da Abax Consultoria

1. AMBIENTE TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

Vivemos no Brasil envoltos em um dos sistemas tributários mais complexos do mundo. A árdua tarefa de apurar os tributos devidos, além da prestação de informações ao fisco, tem se tornado um desafio hercúleo para as empresas. Estudo recente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), publicado no ano de 2020, com estatísticas acumuladas desde a promulgação da constituição de 1988, sinaliza dados estarrecedores sobre a nossa realidade no âmbito tributário:

Considerando o peso dos tributos na economia brasileira, chegamos à conclusão de que esse emaranhado de normas e obrigações, além da crescente majoração dos tributos, tem representado impacto relevante no ambiente de competitividade das empresas no Brasil.

Por outro lado, as autoridades fazendárias têm, cada vez mais, obtido sofisticação na forma de fiscalizar e punir as empresas que se encontrem em situação de não conformidade, seja no recolhimento dos tributos, ou seja, na sua correta forma de apuração, seja na entrega das diversas obrigações eletrônicas hoje existentes e que exigem um conhecimento profundo e grande cuidado das pessoas que validam o conteúdo daquilo que será entregue ao fisco.

Esse contexto ganhou ainda mais notoriedade com o advento do ambiente digital a que foram submetidas as empresas nos últimos anos, com implantação de projetos como o da Nota Fiscal Eletrônica e do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Nesse contexto, a velocidade com que o fisco cruza e critica as diversas informações prestadas pelas empresas, passou a exigir investimentos de grande monta em equipes e tecnologias para mitigação de riscos.

A análise ocorre não somente entre as diversas informações prestadas pelas empresas em uma mesma obrigação acessória, e que muitas vezes devem ter informações coincidentes para não caírem na famosa malha fina das autoridades fiscais, como também os chamados cruzamentos externos, ou seja, aqueles em que o fisco critica quando compara as mesmas informações prestadas pelo contribuinte, com aquelas prestadas com os entes que com esse se relacionam: fornecedores, clientes, autoridades fiscais de outras esferas, cartórios de registro de imóveis, dentre outros.

Face a toda essa complexidade fiscal, estamos vivendo um momento importante no Brasil, em que se discute e se avança efetivamente na tão esperada reforma tributária. Os projetos de lei que visam reformar nosso sistema tributário têm por premissa básica a sua simplificação, tanto por meio da consolidação das legislações estaduais, quanto pela eliminação e consolidação de tributos, acarretando, por conseguinte, numa redução de custos com apuração dos tributos e com a prestação de informações ao fisco.

Assim, a reforma tributária, capitaneada mais fortemente pela PEC n. 45/2018 (Câmara), apesar de também constarem na pauta da discussão a PEC n. 110/2019 (Senado), e as propostas do governo e de partidos da oposição, tem como objetivo a redução de até 95% das horas gastas com tributos sobre consumo. Ou seja, busca-se um sistema voltado para as empresas produzirem mais e melhor com menos custos e desenvolvimento para o país. O cerne da reforma são os tributos sobre o consumo, que seriam representados pelo Imposto sobre Bens e Serviços – IBS ou o Imposto sobre Valor Agregado – IVA.

Entre os referidos projetos de reforma tributária, o principal foco da discussão tem sido a tributação deixar de se concentrar fortemente na base consumo e adotar a tributação sobre o valor agregado (IVA). Vários países do mundo caminharam nesse sentido, dentre eles, nos últimos 20 anos, vale citar Índia, Vietnã, Austrália, entre outros.

Adotado pela primeira vez nos anos 50 pela França, essa é a forma mais comum de arrecadação que incide sobre o consumo, vigente hoje em 168 países, segundo dados da Endeavor. A despeito das mudanças tecnológicas e culturais pelas quais o mundo passou e tem passado, os IVAs seguem como tributos importantes para o equilíbrio fiscal dos países. Os que já o tem, fazem reformas para adaptá-lo a essa nova realidade, os que não o tem, fazem reformas para implementá-lo.

2. GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA

2.1. CONCEITOS

Diante de todo o exposto, se torna cada vez mais importante a implantação da Governança Tributária nas empresas. O modelo de governança tributária deve levar em consideração alguns pilares relevantes: i) prevenção e mitigação de riscos – compliance; ii) Aproveitamento de oportunidades, por meio da utilização de incentivos e benefícios fiscais, e planejamento tributário das operações praticadas pela empresa, bem como o acompanhamento das rotinas e ações do setor tributário das organizações que, como antes mencionado, demandam relevante tempo e cuidado, exigindo-se, portanto, rígido controle de vasto back log de atividades.

A Governança Tributária consiste exatamente nessa estruturação de procedimentos que levem o contribuinte à implementação de uma cultura preventiva nos aspectos de riscos e oportunidades tributárias, considerando ser o tributo um item muito relevante na sua formação de preços.

Esse modelo de governança será obtido mediante um processo contínuo onde esses aspectos são revisitados constantemente, com uma equipe multidisciplinar e com tecnologia adequada, além da integração com as diversas áreas envolvidas na operação: logística, compras, comercial, marketing, tecnologia da informação, dentre outros.

Assim, além de acompanhar as constantes alterações na legislação tributária que precisam ser recepcionadas e introduzidas no ambiente tributário da organização, devem ser também previamente pensados os modelos que abrigarão novas operações, novos produtos e novos mercados.

2.2. IMPLANTAÇÃO DE UM MODELO DE GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA

Uma vez demonstrada a importância da adoção de uma governança tributária nas organizações, torna-se importante comentarmos acerca de um modelo que contemple as principais ações voltadas à sua implantação.

De um modo geral, o modelo de Governança Tributária que propomos compreende especificamente a adoção de três pilares fundamentais, que são: i) revisões ou auditorias fiscais permanentes, bem como assessorias fiscais; ii) ações constantes de Planejamento Tributário; e iii) a criação de um comitê fiscal. Passamos a expor cada um desses aspectos.

Uma boa prática de governança tributária deve ter em seu contexto ações de revisões ou auditorias permanentes das práticas e procedimentos fiscais adotados, seja por meio de uma equipe interna destinada especificamente para esse fim, ou mesmo, e em muitos casos o recomendável, mediante empresas de consultoria e assessorias externas contratadas com esse objetivo, uma vez que essas empresas realizam constantes trabalhos dessa natureza junto a diversas empresas, o que lhes permite opinar e recomendar soluções fiscais a partir de suas experiências.

Assim, uma assessoria ou consultoria fiscal permanente possibilita à empresa identificar e corrigir riscos e contingências fiscais, seja por meio da adequada apuração dos tributos, como também pelo correto cumprimento das obrigações acessórias fiscais. Como mencionado anteriormente, nossa legislação é deveras complexa e dinâmica, de modo que ter uma área, ou consultoria focada especificamente nas revisões, certamente poderá trazer uma grande redução e mitigação de riscos e contingências fiscais, as quais, como se sabe, podem acarretar penalidades pecuniárias severas para as empresas.

Bem assim, ações de planejamento tributário também devem ser uma constante no bojo da governança tributária das organizações. É de conhecimento geral que o planejamento tributário possibilita uma geração de caixa e resultado com mais acertos e menos riscos, além de também permitir calcular melhor o preço dos produtos de uma empresa. Dentro de uma estrutura de governança tributária, uma efetiva gestão de planejamento tributário que tem por objetivo reduzir os tributos gerados pela empresa de forma lícita, atendendo as exigências da legislação brasileira, deve ser constantemente realizada.

É indiscutível que um planejamento tributário bem realizado pode ser um grande diferencial competitivo nas organizações empresariais. A definição de produtos, a localização da empresa (visando a eventual obtenção de incentivos fiscais), a forma de comercialização desses produtos e a estruturação da cadeia de distribuição (aspectos logísticos), tudo isso sendo realizado à luz de um planejamento tributário amparado nas normas fiscais, pode efetivamente ser um diferencial estratégico nas empresas.

Por fim, ainda como ações de implantação da governança tributária, a implantação de um comitê fiscal também se mostra uma excelente iniciativa. O comitê fiscal se constitui de um fórum criado nas organizações com objetivo de congregar um grupo de agentes internos e externos da empresa, visando analisar, discutir e encaminhar soluções no que tange aos procedimentos tributários.

Por meio do Comitê Fiscal, as organizações podem atuar na revisão de processos operacionais vigentes, visando a redução de carga tributária; podem discutir ações de planejamento tributário de novas operações; atuar na redução de contingências fiscais; promover o debate prévio acerca das alterações nas legislações e novas exigências do Fisco (novos benefícios e obrigações acessórias); além de possibilitar a integração e motivação colaborativa da equipe interna da empresa.

Como mencionado, normalmente o comitê fiscal é formado por membros internos e externos da empresa, constando entre aqueles internos as diretorias, as áreas de controlaria, contabilidade, fiscal, jurídico, tecnologia da informação – TI, entre outros eventuais, e como membros externos os assessores/consultores fiscais, advogados, auditoria externa e demais consultorias. Bem assim, além das áreas mencionadas, poderão ainda participar em caráter eventual, outras áreas como: custos, suprimentos, e setor comercial. Por fim, as reuniões do comitê ocorrem em periodicidade a depender da necessidade de cada empresa, variando entre mensal, bimestral ou trimestral.

2.3. PRINCIPAIS ERROS E PONTOS DE ATENÇÃO RELACIONADOS COM A GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA

Alguns erros que são cometidos pelas empresas ao não observarem os pontos descritos anteriormente podem ter impacto relevante em seu fluxo de caixa, seja pela imposição de multas advindas de não conformidades na apuração de tributos e prestação de informações ao fisco, seja pelo não aproveitamento de melhores práticas que incorrem em carga tributária menos onerosa para a sociedade.

Dentre esses principais aspectos, destacamos:

  • Escolha do melhor regime de acordo com atividade e realidade do ponto de vista de margem de lucro de cada negócio (Regime do Lucro Presumido, Lucro Real Anual, Lucro Real Trimestral, etc.);
  • Não utilização de possibilidades de reduções tributárias disponíveis: incentivos estaduais, SUDENE, Lei do Bem, etc.;
  • Falta de um double check das obrigações entregues ao fisco, por time externo que pode aportar experiências de mercado;
  • Inadequada implantação de parâmetros do ERP utilizado pela companhia e falta de atualização de cadastros de produtos (NCMs), dentre outras revisões periódicas relevantes que devem ser realizadas no sistema ERP;
  • Falta de antecipação com o time tributário, das estratégias operacionais que a empresa pretende implementar, evitando ter que proceder com ações corretivas;
  • Estudo sobre o melhor local a se instalar, expansões, ou seja, discutir e definir a melhor operacionalização das atividades à luz do planejamento tributário;
  • Estudo sobre a melhor forma societária de constituição dos diversos negócios que orbitam a empresa, visando redução de carga tributária.
  • Esses pontos elencados, se bem observados e conduzidos por um bom modelo de governança tributária, serão definitivos para o diferencial competitivo e até mesmo da sobrevivência de qualquer negócio.

2.4. RESULTADOS DE IMPLANTAÇÃO DE UM BOM MODELO DE GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA

Finalmente, com uma adequada implantação de um modelo de Governança Tributária, muitos frutos podem ser colhidos. Dentre os principais ganhos de procedimentos bem sucedidos de Governança Tributária, destacamos:

  • Aumento de rentabilidade e melhoria do fluxo de caixa, com adoção de planejamentos tributários e utilização adequada de incentivos e benefícios fiscais;
  • Melhoria na relação com o fisco, o que gera maior credibilidade junto aos entes governamentais, inclusive a melhoria do histórico do contribuinte e redução de intervenções fiscais na empresa (fiscalizações, etc.)
  • Maior integração entre os diversos departamentos da companhia, resolvendo as questões na origem e de forma antecipada e preventiva;
  • Redução de custos com multas e penalidades fiscais;

Antecipação de identificação de riscos e contingências, que podem ter planos de ação discutidos previamente pelo Comitê Fiscal.
Diante de todo o exposto, entendemos que a governança tributária exerce um papel fundamental na gestão estratégica das organizações. Sem dúvida, a sua adoção enquanto ações efetivas de planejamento tributário e compliance, ancoradas ainda em fóruns e comitês internos permanentes, possibilita um diferencial competitivo para as empresas em qualquer cenário ou ambiente social, sobretudo atualmente, em que vivemos um ambiente de mudanças dinâmicas, além de estarmos inseridos em um complexo sistema tributário.

Por: Carlos Augusto de Oliveira Júnior e Ítalo Bandeira Fernandes – Sócios fundadores da Abax Auditoria e Consultoria. Em 23/04/2021.

A empresa Afonso Gabinete é a nova sócia da CBPCE

A empresa Afonso Gabinete é a nova sócia da CBPCE

“A empresa Afonso Gabinete é uma agência de consultorias. Somos uma equipe que faz. Atuamos em várias áreas e que tem desenvolvido trabalhos de consultoria, englobando treinamentos, palestras, consecução de projetos de desenvolvimento, gestão de empresas e suas aderências ao fisco, contabilidade, formação de preço e outras áreas afins, com implantação de compliance.

Dentro dessa ótica, a empresa, através de profissionais capacitados, alarga sua visão para inserção internacional de produtos, em seus diversos segmentos econômicos, como também na inversão dessa inserção, ou seja, na entrada de produtos estrangeiros em território nacional. Portanto, com essa visão holística, somos instrumentos globais no aspecto intra e extrabloco de globalização regional. Todos os processos resguardam o sigilo e a confidencialidade.

Declaramos ainda a importância da CBPCE como ambiente adequado para a inserção de negócios para o mercado interno e no internacional. com o propósito de gerar riqueza, contudo entendendo de pessoas e de números. Não temos a pretensão de exaurir nesta declaração todo o assunto, entretanto de ser um marco neste sentido.

Aqui a missão não é necessariamente a velocidade, mas a direção. Estamos preparados desde então. Na verdade, estamos preparados para dar um suporte aos nossos clientes. Várias Empresas tiveram impacto nos seus negócios nestes últimos meses. É importante a capacitação de equipes que possam entregar valor com agilidade, de forma humanizada.

Devemos ser mais e mais digitais, atendendo as demandas de maneira inovadora. Isso faz uma grande diferença. A capacidade de adaptação tem grande significado para as Empresas. Estas leituras e atitudes poderão também conduzir para o planejamento do pós-crise. Nossa declaração é concluída com este olhar holístico e panorâmico, todavia participando de um grupo de empresas com o pé na realidade, porém esperançosa. Nossa gratidão à Câmara Brasil-Portugal no Ceará.”

Contatos:
+55 87999539762
contato@afonsogabinete.com.br
www.afonsogabinete.com.br

Fonte: Afonso Gabinete

Alltech Segurança, uma empresa que inova em tecnologia agora visa seus colaboradores

Alltech Segurança, uma empresa que inova em tecnologia agora visa seus colaboradores

A Alltech, preocupando-se com a integração social dos seus colaboradores, agora inova com a criação de um cartão de crédito colaborativo para todos que fazem parte da empresa.

Aumentando a possibilidade de compra e manejo econômico para seus colaboradores, a Alltech criou um cartão colaborativo, aumentando assim a disponibilidade de movimentação financeira e participação efetiva dos seus colaboradores no mercado financeiro.

Com o intuito de criar oportunidades, estabilidade financeira, gestão de tempo e tornar o mercado finaneiro mais acessível para os mesmos, a Alltech inovou de forma acertiva nesse momento atual, onde o apoio e as possibilidades financeiras estão cada vez mais necessárias.

Uma empresa que inova em tecnologia, não poderia deixar de fora seus colaboradores!

Fonte: Alltech Segurança

Primeiro encontro “Portugal – Negócios & Investimentos” apresenta oportunidades no Distrito de Aveiro

Primeiro encontro “Portugal – Negócios & Investimentos” apresenta oportunidades no Distrito de Aveiro

Evento online foi realizado pela Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil

Na última terça-feira, 13, aconteceu a primeira edição do “Portugal – Negócios & Investimentos”, um projeto da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil (FCPCB), que contempla um ciclo de eventos online a serem realizados neste ano de 2021.

O intuito é apresentar associações industriais e comerciais portuguesas para associados e convidados da Federação, explorando as potencialidades de conexões e negócios com o Brasil.

A região da vez foi o distrito português de Aveiro, apresentada por Elisabete Rita, Vice-Presidente Executiva da Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro, AIDA CCI. Com excelente infraestrutura, que contempla dois importantes portos e linha ferroviária com distribuição de mercadorias para dentro da Europa, principalmente para Espanha, França, Alemanha e Itália.

Entre os dados apresentados sobre Aveiro no encontro, estão que Aveiro abriga atualmente 6% das empresas existentes em Portugal e que Indústria e Comércio são responsáveis por cerca de 81% do volume de negócios gerados no distrito. Trata-se de uma região exportadora, principalmente, de máquinas e aparelhos, madeira e cortiça, metais comuns e plásticos e borrachas.

O evento contou com a participação do Embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, que pontuou a importância das parcerias para estreitar as relações entre os dois países. “Brasil e Portugal são dois países irmãos, mas que podem dar mais as mãos. Há sempre potencial e margem para nos unirmos mais e essa área de comércio e indústria é muito importante”, declarou o Embaixador.

O presidente da FCPCB, Armando Abreu, falou sobre o objetivo do projeto: “Queremos apresentar as câmaras para que empresários portugueses e brasileiros, que quiserem investir nos dois países, saibam que podem e devem usá-las”. O próximo evento, que apresentará outra região portuguesa, ainda não tem data definida.

Sobre Aveiro
O distrito de Aveiro tem apresentado, ao longo das últimas décadas, um dinamismo empresarial ímpar no contexto de Portugal, caracterizando-se por uma forte densidade empresarial e pela predominância de indústrias, muitas delas exportadoras de produtos, aproveitando-se da localização geográfica privilegiada, no litoral central do país, rodeado pelos Distritos do Porto, Viseu e Coimbra, e próximo à região metropolitana de Lisboa.

Com mais de 80 mil empresas, o distrito de Aveiro é o terceiro de Portugal com maior representatividade em termos de empresas com a classificação PME Excelência (selo de reputação que reconhece as empresas por sua solidez e idoneidade e que possui grande relevância para empresas exportadoras e com ambição internacional), sendo caracterizado por uma grande diversidade de tipos de negócios, que vão da indústria transformadora ao comércio, serviços e turismo.

Mais informações:
secretariace@cbpce.org.br

Fonte: AD2M Engenharia de Comunicação