Nordeste Brasileiro: A importância de superar gargalos de transmissão de energia, por Cibele Gaspar

Nordeste Brasileiro: A importância de superar gargalos de transmissão de energia, por Cibele Gaspar

Foto: divulgação

A transmissão de energia no Nordeste brasileiro enfrenta desafios significativos, especialmente devido à intermitência das fontes renováveis, como a solar e a eólica, que dominam a matriz energética da região.

Historicamente, a falta de investimentos em infraestrutura de transmissão agravou esses problemas, criando um gargalo que impede o pleno aproveitamento do potencial energético renovável da região.

A produção de energia a partir de fontes renováveis é naturalmente variável. Enquanto a energia solar depende da incidência solar, a eólica está atrelada à velocidade dos ventos, ambos fatores que mudam ao longo do dia e das estações. Essa intermitência exige uma rede de transmissão robusta e flexível para equilibrar oferta e demanda, garantindo a estabilidade do sistema elétrico.

No entanto, o Nordeste sofre com uma infraestrutura de transmissão subdimensionada, resultado de anos de falta de investimentos. Isso tem levado a frequentes desligamentos de plantas eólicas e solares para evitar sobrecarga no sistema, o que gera perda de energia e ineficiência econômica.

Os gargalos de transmissão mais críticos estão localizados em áreas com alta densidade de geração de energia renovável, mas com infraestrutura insuficiente para o escoamento da energia. Regiões como o semiárido nordestino, incluindo partes da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, enfrentam sérias dificuldades. No norte da Bahia, onde se concentram grandes parques eólicos, a limitação da infraestrutura é notável. Além disso, as áreas do Piauí e Maranhão, que têm experimentado um rápido crescimento na instalação de usinas solares, também sofrem com a falta de capacidade para transmitir a energia gerada.

Nos últimos anos, o governo brasileiro e investidores privados reconheceram a necessidade urgente de aprimorar essa infraestrutura. Leilões de transmissão têm sido realizados para atrair investimentos e expandir a rede elétrica.

Em dezembro de 2023, ocorreu um leilão de grande relevância que garantiu a alocação de recursos para a construção de novas linhas de transmissão e subestações em áreas estratégicas do Nordeste. Outros leilões já estão previstos para 2024 e 2025, com foco em aumentar a capacidade de escoamento da energia gerada em regiões como o Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia. Esses leilões são parte de um plano nacional que visa integrar as crescentes fontes renováveis da região à rede elétrica nacional, reduzindo os gargalos e permitindo uma distribuição mais eficiente da energia.

Empresas como Neoenergia e Grupo Equatorial Energia , entre outras, anunciaram planos de investimento para expandir suas redes de transmissão na região, alinhando-se aos projetos contemplados pelos leilões. Isso inclui a instalação de novas linhas e a modernização das existentes, visando melhorar a eficiência e a capacidade de integração das energias renováveis.

Os investimentos estão sendo direcionados para áreas estratégicas do Nordeste. A Bahia, um dos estados com maior potencial eólico e solar, receberá novos projetos de linhas de transmissão que facilitarão o escoamento da energia para os centros consumidores no Sudeste e Sul do país. No Ceará, um estado com grande potencial renovável, haverá a expansão da infraestrutura de transmissão para integrar novos parques solares e eólicos ao sistema nacional. O Rio Grande do Norte, líder na geração de energia eólica no Brasil, verá modernizações significativas em suas linhas de transmissão e subestações, enquanto Pernambuco e Piauí também estão no foco dos novos investimentos, buscando melhorar a conectividade entre as usinas renováveis locais e a rede nacional de transmissão.

Entretanto, os novos investimentos em transição energética demandarão iniciativas coordenadas tanto do setor público quanto do privado. Por parte do governo, será essencial a continuidade de políticas de incentivo e a criação de parcerias público-privadas para acelerar a construção e modernização da infraestrutura de transmissão. Um planejamento integrado, que considere a expansão da geração renovável e a correspondente necessidade de infraestrutura de transmissão, também será crucial para evitar futuros gargalos.

As empresas privadas, por sua vez, precisarão investir em tecnologia avançada para gestão e monitoramento da rede de transmissão, além de capacitar mão de obra especializada para garantir a implementação eficaz dos projetos. A colaboração com o setor público será fundamental para alinhar os investimentos privados com as necessidades de desenvolvimento regional e nacional.

Os investimentos recentes têm o potencial de transformar o cenário energético do Nordeste brasileiro. Com uma rede de transmissão mais robusta, a intermitência das fontes renováveis será melhor gerenciada, reduzindo a necessidade de cortes na geração e melhorando a estabilidade do sistema. A expansão da infraestrutura permitirá o escoamento eficiente da energia gerada pelas usinas eólicas e solares, promovendo o desenvolvimento de novos projetos e atraindo mais investimentos para a região. Além disso, uma rede de transmissão mais eficiente reduzirá os custos de operação e manutenção, refletindo em menores tarifas para os consumidores finais.

O Nordeste brasileiro está em uma trajetória promissora para se tornar um dos principais polos de energia renovável do Brasil e do mundo. No entanto, o sucesso dessa transição energética dependerá de uma ação coordenada entre o setor público e privado, garantindo os recursos e suporte necessários para superar os desafios de transmissão e aproveitar plenamente o potencial renovável da região.

Referências
– ANEEL. (2023). Leilões de Transmissão: Planejamento e Resultados. Agência Nacional de Energia Elétrica. Disponível em: [www.aneel.gov.br](https://www.aneel.gov.br).
– Empresa de Pesquisa Energética (EPE). (2023). Plano Decenal de Expansão de Energia 2023-2032. EPE. Disponível em: [www.epe.gov.br](https://www.epe.gov.br).
– Ministério de Minas e Energia (MME). (2023). Investimentos em Infraestrutura de Transmissão no Nordeste. MME. Disponível em: [www.mme.gov.br](https://www.mme.gov.br).
– Neoenergia. (2023). Planos de Expansão e Modernização da Rede de Transmissão no Nordeste. Neoenergia. Disponível em: [www.neoenergia.com](https://www.neoenergia.com).
– Equatorial Energia. (2023). Projetos e Investimentos em Transmissão no Nordeste. Equatorial Energia. Disponível em: [www.equatorialenergia.com.br](https://www.equatorialenergia.com.br).

Por Cibele Gaspar, CEO e partner da Nexxi Assessoria / Diretora da Câmara Brasil Portugal no Ceará / Coordenadora Regional (Ceará) de Relações com Financiadores na INEL – Instituto Nacional de Energia Limpa e Diretora de projetos para investimentos da CBPCE

M. Dias Branco tem lucro líquido de R$ 189,9 milhões no 2T24

M. Dias Branco tem lucro líquido de R$ 189,9 milhões no 2T24

Foto: divulgação

A M. Dias Branco, empresa de massas e biscoitos, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2024, apresentando o crescimento do volume de vendas de 11,6%, com destaque para massas, farinha e farelo. O lucro líquido de R$ 189,9 milhões no 2T24, resultado é 12,8% menor na comparação com o mesmo período de 2023, em relação ao 1T24 houve aumento de 22,6%. O EBITDA atingiu R$ 336,8 milhões, com crescimento de 21,5% vs. o 1T24 e redução de 10,6% vs. o 2T23, influenciado pela redução do preço médio e aumento de custos e despesas.

Em comparação com o 1T24, a companhia registrou um aumento de 17% no lucro bruto, mas uma redução de 1,8 p.p. na margem bruta. Essa queda se deve à redução de 4% no preço médio e ao aumento nos custos variáveis, principalmente na segunda metade do trimestre, frente à desvalorização do Real vs. Dólar, elevando os custos variáveis.

No 2T24, a empresa teve um resultado negativo de R$ 16,8 milhões, comparado a R$ 55 milhões no 2T23. Essa redução é atribuída principalmente à queda no custo da dívida, devido à retração do CDI, e à diminuição da dívida bruta em moeda nacional. Em relação ao 1T24, o aumento é resultado das variações cambiais negativas, provocadas pela desvalorização do real frente ao dólar

Em relação ao preço médio, a queda frente ao 2T23 e ao 1T24 deu-se pela queda dos preços das commodities. A partir da segunda metade do 2T24, com a desvalorização do Real vs. Dólar e consequente impacto nos custos, houve reajuste dos preços e o aumento do preço médio a partir do último mês do trimestre (jun/24). Na comparação com o 2T23, o crescimento mais acelerado das vendas de farinha e farelo provocou um efeito mix desfavorável no preço médio consolidado, uma vez que esta categoria tem preço inferior aos demais itens. O bom desempenho dessa categoria deu-se, sobretudo, pela adição de nossos clientes institucionais, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Massas, farinha e farelo

No 2T24, aumentamos o nosso market share volume e valor em massas e farinhas vs. o 1T24 e o 2T23. Em massas, o crescimento de share volume deu-se principalmente em massa comum na região do Norte e Nordeste. Em farinhas, destaca-se o crescimento das embalagens destinadas aos consumidores e aos clientes institucionais.

No segmento de biscoitos, mantivemos o market share num patamar próximo aos 32%, que nos permite realizar movimentos de readequação de preços. Os lançamentos de biscoitos contribuíram com R$ 74,1 milhões de receita bruta.

Em farinha e farelo, no comparativo com o 2T23, a redução da receita líquida foi resultado da queda do preço médio, que acompanhou a tendência do preço do trigo. Em margarinas e gorduras, a redução da receita vs. o 2T23 deu-se principalmente pela queda do preço médio, que acompanhou a tendência dos preços do óleo de palma.

No comparativo entre o 2T24 e o 2T23, a queda dos preços das commodities apresentou impacto favorável nos resultados. Na comparação com o 1T24, os custos foram impactados desfavoravelmente pela desvalorização do Real frente ao Dólar, especialmente na segunda metade do trimestre. Em termos nominais, o aumento dos custos deu-se pelo crescimento dos volumes vendidos e produzidos.

Fonte: Super Varejo em 13.08.2024

A Importância das Câmaras Portuguesas na Interlocução entre Brasil e Portugal, por Carlos Lopes, presidente da FCPCB

A Importância das Câmaras Portuguesas na Interlocução entre Brasil e Portugal, por Carlos Lopes, presidente da FCPCB

Foto: Divulgação

A relação entre Brasil e Portugal é marcada por uma história rica e complexa, que remonta aos tempos das grandes navegações. Desde então, os laços entre os dois países têm sido moldados por uma série de motivações históricas, desencontros políticos, econômicos e humanos, e movimentos migratórios significativos. Neste contexto, as Câmaras Portuguesas de Comércio desempenham um papel crucial na manutenção e fortalecimento dessa relação, especialmente em tempos de crise de diálogo.

A história das relações entre Brasil e Portugal é profundamente influenciada por eventos históricos que motivaram a interação entre os dois territórios. Desde a colonização do Brasil pelos portugueses no século XVI, passando pela independência do Brasil em 1822, até os dias atuais, os dois países têm compartilhado uma trajetória de cooperação e conflito. Esses desencontros históricos, muitas vezes motivados por divergências políticas, econômicas e humanas, têm desafiado a construção de uma relação estável e estruturada.

Nos últimos 100 anos, os movimentos migratórios entre Brasil e Portugal têm sido um dos principais fatores na construção dessa relação. Milhares de portugueses emigraram para o Brasil em busca de melhores oportunidades, enquanto mais de meio milhão de brasileiros encontraram em Portugal nas duas últimas década um destino acolhedor para estudar, trabalhar e viver. Esses movimentos humanos têm contribuído para a criação de uma comunidade luso-brasileira vibrante e diversificada, que serve como ponte entre os dois países.

A construção e pavimentação de uma relação estruturada entre Brasil e Portugal não seria possível sem a atuação de verdadeiros atores dedicados à manutenção desses laços. Entre esses atores, destacam-se as Câmaras Portuguesas de Comércio e as Associações de Portugueses, que têm desempenhado um papel fundamental na promoção do diálogo e da cooperação entre os dois territórios. Essas instituições atuam como intermediárias, facilitando o intercâmbio comercial, cultural e social, e promovendo o entendimento mútuo.

O papel das Associações e Câmaras Portuguesas de Comércio é particularmente relevante em tempos de polarização política, quando as relações entre os territórios podem ser tensionadas por diferenças ideológicas. Nessas situações, as Câmaras e Associações de Portugueses atuam como mediadoras, promovendo o diálogo e buscando soluções que beneficiem ambas as partes. Elas organizam eventos, conferências e encontros que permitem a troca de ideias e a construção de pontes entre os diferentes setores da sociedade luso-brasileira.

O desafio que a polarização política coloca nas relações entre Brasil e Portugal é significativo, mas não intransponível. As Câmaras Portuguesas de Comércio, com sua longa tradição de promoção do diálogo e da cooperação, estão bem-posicionadas para enfrentar esse desafio. Elas continuam a trabalhar incansavelmente para fortalecer os laços entre os dois países, promovendo a compreensão mútua e a colaboração em diversas áreas.

É neste quadro que a diretoria da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil se posiciona e afirma como interlocutora e protagonista no diálogo entre Brasil e Portugal, bem como com o universo de língua portuguesa. A importância dessas instituições não pode ser subestimada, pois elas são fundamentais para a continuidade e o fortalecimento das relações luso-brasileiras, promovendo um futuro de cooperação e prosperidade mútua.

Por Carlos Alberto Lopes
Presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil (FCPCB) e Country Manager da Sabseg Brasil, em artigo para a Agencia Incomparáveis

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Câmara Brasil Portugal no Ceará visita sede do Grupo O Povo

Câmara Brasil Portugal no Ceará visita sede do Grupo O Povo

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Membros da Câmara Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE) estiveram, na última quinta-feira (1º/08), na rede do Grupo O Povo de Comunicação. Na ocasião, foram recebidos pela presidente Luciana Dummar, pelo diretor de marketing, Cliff Villar, e pelos diretores executivos de jornalismo, Erick Guimarães e Ana Naddaf.

A comitiva da CBPCE foi representada pelo presidente Raul dos Santos; pelo diretor de Relações Internacionais da CBPCE, Rômulo Alexandre Soares; o vice-cônsul de Portugal no Ceará, Rui Almeida; o representante do Conselho das Comunidades Portuguesas (Ceará e Piaui), José Wahnon; pelo presidente em exercício da Sociedade Beneficente Dous de Fevereiro, José António Nogueira; e o assessor de Imprensa da Câmara Brasil Portugal no Ceará, Lucílio Lessa.

A visita foi institucional, para estreitar os laços de parceria e idealização de projetos futuros. “Importante compartilhar a experiência da visita do grupo à sede do Grupo O Povo de Comunicação. Esse encontro foi uma oportunidade para estreitar laços e fortalecer a colaboração entre os setores empresarial e de mídia. Foi uma visita produtiva e enriquecedora, refletindo o potencial de sinergia entre os setores, reforçando os laços entre Brasil e Portugal. Estamos felizes com novas oportunidades de cooperação e em continuar fortalecendo essa relação tão valiosa”, disse Raul dos Santos.

Durante a visita, a comitiva teve a chance de conhecer de perto as operações e a visão editorial de O Povo, um dos mais respeitados no cenário brasileiro, com uma trajetória sólida e influência, e prestes a completar o marco de 100 anos. O diálogo entre os representantes empresariais e a equipe editorial do jornal, destacou o potencial de parcerias futuras e a importância de uma comunicação eficaz para o desenvolvimento econômico e cultural.

Fonte: Cenários Comunicação em 01.08.2024

Sócios CBPCE têm desconto na Missão Web Summit 2024

Sócios CBPCE têm desconto na Missão Web Summit 2024

A Missão Web Summit 2024 é uma iniciativa conjunta da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil (FCPCB), Atlantic Hub e No Gap Ventures. Este evento visa fortalecer os laços entre startups, empresários, empreendedores e investidores brasileiros com o vibrante ecossistema empreendedor de Portugal, um dos mais avançados da Europa.

O Web Summit é a maior conferência de tecnologia da Europa, realizada anualmente desde 2009. Reunindo participantes que vão desde empresas da Fortune 500 até pequenas startups de tecnologia, o evento é um marco no calendário de inovação global.

Os associados da CBPCE usufruem de condições especiais para esta missão. Se ainda não é sócio, esta é uma excelente oportunidade para se associar. Entre em contato pelo email: secretariace@cbpce.org.br.

As missões são cuidadosamente planejadas para atender aos interesses específicos dos participantes, com uma curadoria minuciosa realizada pelos organizadores e especialistas.

Oportunidades de Networking e Matchmaking
As visitas técnicas proporcionam aos participantes a oportunidade de conhecer os principais atores do ecossistema português e obter informações detalhadas sobre como fazer negócios em Portugal, incluindo abertura de empresas, apoios e programas de incentivo ao investimento estrangeiro.

A missão oferece oportunidades exclusivas de networking, promovendo encontros entre participantes e representantes de entidades governamentais, institucionais e empresariais através de happy hours e outras atividades.

Durante e após a missão, toda a equipe trabalha em conjunto com os participantes para estabelecer conexões, gerar negócios, parcerias e investimentos.

Participação de Destaque
A Missão Web Summit 2024 atrai participantes de vários estados do Brasil, incluindo CEOs, empresários, investidores, membros do governo e presidentes de instituições. A missão oferece uma curadoria especializada para que empresários e startups brasileiros possam explorar o ecossistema de tecnologia e inovação de Portugal. Além disso, os participantes têm acesso a visitas técnicas focadas em networking e matchmaking, apresentando oportunidades de negócios em Portugal.

Desconto especial para o Web Summit 2024
A participação na missão garante um desconto especial para o ingresso do Web Summit 2024, que ocorrerá de 10 a 15 de novembro, em Lisboa.

Para comprar o pacote, acesse o link abaixo e insira o código de desconto: mws-lis-cce
Acesse este link: https://bit.ly/pacote-mws24

Missão Web Summit 2024 em Lisboa:
Data: 10 a 15 de novembro

Programa da Missão: https://bit.ly/programa-mws24
Informações: secretariace@cbpce.org.br

Fonte: CBPCE em 07/08/2024

Projeto H2’Fraternité da Qair Brasil é aprovado por unanimidade pelo COEMA

Projeto H2’Fraternité da Qair Brasil é aprovado por unanimidade pelo COEMA

Foto: divulgação

O projeto H2’Fraternité da Qair Brasil, sócia da CBPCE, foi aprovado de forma unânime pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (COEMA) na 318ª reunião ordinária, realizada no dia 1º de agosto.

Para a Geo Soluções Ambientais também sócia da CBPCE, essa aprovação é motivo de grande orgulho e reforça o trabalho na área de hidrogênio verde no Ceará. Estando à frente do processo de licenciamento ambiental, a Geo Soluções Ambientais realizou todos os estudos necessários para garantir o êxito e a aprovação do projeto.

A Geo Soluções Ambientais continua comprometida em promover projetos que façam a diferença para um futuro mais sustentável.

Fonte: CBPCE em 07.08.2024

Ricarte Urbano: De vendedora de frutas a mentora de jovens. Conheça a empreendedora que fatura R$ 700 mil/anual

Ricarte Urbano: De vendedora de frutas a mentora de jovens. Conheça a empreendedora que fatura R$ 700 mil/anual

Foto: divulgação

Ricarte Urbano deixou interior do Ceará para trabalhar com tributação de grandes empresas

Ricarte Urbano é uma empreendedora por paixão. Depois de inúmeras experiências no controle tributário de grandes empresas, ela decidiu seguir seu tino empreendedor ao abrir seu próprio escritório de contabilidade — uma tentativa audaciosa, já que não tinha qualquer experiência, apenas o interesse pela área.

“Quando lembro da minha trajetória, percebo como fui ambiciosa, e como isso fez a diferença desde o início”, conta Ricarte.

Segunda filha de uma família de oito irmãos (sendo sete mulheres), Ricarte nasceu em Mombaça, região rural do Ceará. Com uma infância humilde, mas muito apoio familiar, ela desde cedo auxiliava nas finanças da família vendendo frutas de porta em porta.

“Minha vida sempre foi rodeada de escassez de bens materiais, mas ali nascia um espírito empreendedor e muito desejo por autonomia”, diz.

A mesma escassez se refletia na questão educacional: foi apenas aos nove anos de idade, por exemplo, que ela descobriu seu nome completo.

“Lembro até hoje da minha mãe emocionada me dizendo que jamais imaginou que eu precisaria um dia ler e escrever meu nome completo. Por isso sempre adotei um apelido para mim, e não fazia ideia de como me chamava”, diz.

Filha de uma dona de casa e pai vigilante, ela conta que logo precisou deixar o pequeno distrito de Mombaça em busca de oportunidades formais de trabalho e, com isso, mais independência.

O primeiro emprego veio aos 17 anos, como vendedora em uma loja de artesanato. Ao mesmo tempo, entrou para a vida acadêmica ao cursar assistência social, sendo a primeira da família a ingressar no ensino superior.

“Sabia que aquele era o único caminho para subir na vida. Não existia outra alternativa a não ser a educação. Além disso, queria ser um bom exemplo para todas as minhas irmãs mais novas”, lembra.

Na mesma época, Ricarte recebeu um convite para trabalhar em uma indústria têxtil, marcando o início do que seria uma longa jornada com inúmeras passagens por grandes empresas.

“Uma porta ali se abriu. Entrei como cortadora de ponta de calças jeans, na linha de produção de uma fábrica de calças jeans, e saí como supervisora de tributos”, conta.

A explicação para isso, segundo ela, está na disposição que sempre teve em aprender novas habilidades e migrar de áreas na empresa, aproveitando cada oportunidade.

Paixão pela contabilidade
A afinidade com o universo das finanças levou Ricarte a abandonar o curso de assistência social para seguir o caminho das ciências contábeis, o que a permitiu seguir nessa área também em sua vida profissional — ainda em grandes empresas.

Anos depois, um acidente de carro a fez reavaliar seu curso de vida. Motivada a recomeçar, decidiu seguir o caminho do empreendedorismo e abrir seu próprio escritório de contabilidade.

Assim, em 2012, nasceu a Ricarte Urbano Escritórios, resultado de uma sociedade com sua irmã — que logo se prontificou a empreender ao lado de Ricarte. “Eu sequer tinha pisado em um escritório de contabilidade na vida até o momento. Foi um sonho e uma coragem que surgiu sem explicação”, brinca.

Os primeiros clientes vieram apenas um mês depois da abertura do negócio. No início, o escritório atendia principalmente empresas de informática, mas ampliou seus escopo nos anos seguintes, junto com a carteira de clientes — formada, em sua maioria, por micro e pequenas empresas.

Entre altos e baixos, Ricarte destaca o difícil período da pandemia como um ponto de virada em sua jornada empreendedora. Naquele ano, muitos clientes, especialmente salões de beleza e comércios, precisaram fechar as portas, o que levou a uma queda brusca no faturamento do escritório de contabilidade.

A solução, para além de estender os setores atendidos, foi recorrer a um crédito emergencial junto ao fundo de impacto social Estímulo. Recuperada do baque, a empresa hoje fatura R$ 700 mil.

“Abrir um CNPJ é como ver nascer um filho. E para mim é um como o outro: precisa ser cuidado, gerenciado e sempre buscar o sucesso”, brinca.

“Empreender foi a melhor decisão da minha vida. Espero que minha história mostre para outras mulheres que é possível empreender e sair da zona de conforto, basta duas coisas essenciais: paixão pelo ofício e paixão por pessoas”, afirma Ricarte.

Atualmente, ela concilia a gestão da empresa de contabilidade ao trabalho voluntário como mentora de jovens empreendedoras, orientando empreendedoras a alcançarem sucesso financeiro em seus negócios. “Acho que é o meu dever retribuir isso à sociedade”, diz.

Conhecimento é algo que tem que ser repassado. À medida que aprendemos, temos que compartilhar. Isso é algo que amo”, conta.

Fonte: CNN em 04.08.2024

Business Moove 2024 – Missão Empresarial em Coimbra Portugal

Business Moove 2024 – Missão Empresarial em Coimbra Portugal

Foto: divulgação

O Business Moove Coimbra 2024 será uma missão empresarial a Coimbra, Portugal, de 18 a 22 de novembro de 2024.

Esta iniciativa reunirá até 500 empresários portugueses, brasileiros, chilenos, argentinos, paraguaios e uruguaios, destacando oportunidades e promovendo conexões comerciais entre Portugal e a América do Sul.

Durante esta missão, serão realizadas rodadas de negócios com empresários e representantes portugueses, além de visitas técnicas a empresas locais.

Local: Convento São Francisco – Coimbra, Portugal
Data: 18 a 22 de novembro

A Missão Inclui:
Participação no evento
Coquetel de boas-vindas
Rodadas de negócios
Visitas às cidades e empresas locais
Descontos em hotéis parceiros

Benefícios:
Promoção da empresa e suas oportunidades aos participantes e representantes de governo

Networking com representantes, investidores, compradores, empresas e fornecedores estrangeiros e locais. Fortalecimento dos laços comerciais entre a empresa e o mercado Português.

Não perca essa oportunidade única de expandir seus negócios e fortalecer laços comerciais internacionais!

Serviço
Missão – Coimbra – Portugal
Data: 18 a 22 de novembro de 2024
Email: contato@fcpcb.com.br
Apresentação: https://bit.ly/apresentacao-coimbra

Fonte: FCPCB em 07.08.2024

Raul Santos promoveu na última terça-feira(06) reunião da Diretoria Geral da CBPCE

Raul Santos promoveu na última terça-feira(06) reunião da Diretoria Geral da CBPCE

Foto: divulgação

O encontro aconteceu na sede do Grupo Cidade de Comunicação, ocasião que contou a presença e apresentações de Miguel Dias Filho (presidente do Grupo) e Edson Ferreira (Diretor Executivo).

Foram apresentadas ações realizadas e futuras da instituição e na ocasião o Grupo Cidade foi anunciado como um dos sócios parceiros da CBPCE, fato que foi bastante enaltecido por Miguel Dias, também cidadão português.

Participaram da reunião os diretores: Raul Santos (Presidente), Anya Ribeiro (Turismo), Benedito Simões (Compliance), Clivânia Teixeira (Diretora Executiva), Décio Simões (Inovação e tecnologia), Denise Melo (Educação e cultura), Igo Apolinário (Novos negócios), Irineu Guimarães (Desenvolvimento Imobiliário), José Carlos Escobar (Conselheiro tesoureiro), José Wahnon (Eventos), Patrícia Campos (Conselheira jurídica), Ricarte Urbano (Conselheira Fiscal) e Erica Arruda (Investimentos).

Acesse as fotos da reunião clicando aqui

Fonte: CBPCE em 07.08.2024

O futuro!!! A baixa densidade é o seu luxo. Por Ana Correia, Presidente na Câmara do Comércio da Região das Beiras

O futuro!!! A baixa densidade é o seu luxo. Por Ana Correia, Presidente na Câmara do Comércio da Região das Beiras

Foto: divulgação

No mundo atual, olhamos com esperança e expectativa para um futuro melhor, mais próspero e sustentável. A ideia de um futuro luxuoso muitas vezes está associada a elementos materiais, como riqueza e ostentação. Mas o verdadeiro luxo do futuro reside em algo muito mais valioso: viver em regiões de baixa densidade populacional com a inerente qualidade de vida.

Para uma região, a baixa densidade populacional pode ser um fator de desenvolvimento, ainda que pareça um paradoxo. É que se tor- na um destino apetecível para as famílias. Mas como convencer as pessoas a deixarem as grandes cidades e a deslocarem-se para as regiões de baixa densidade, como as Beiras? E o que pode ser feito para mostrar o potencial dessas regiões aos jovens? Esta é uma escolha pessoal. Cada indivíduo, cada família, tem as suas próprias motivações e necessidades. No entanto, é possível destacar alguns aspetos que tornam essas regiões atrativas.

Um dos principais pontos é, repito, a qualidade de vida. Em regiões com baixa densidade populacional, as pessoas podem desfrutar de mais espaço, ter mais mobilidade, mais tempo para lazer, ar puro, tranquilidade e contacto com a natureza. Além disso, esses locais geralmente oferecem um custo de vida mais baixo, o que pode ser atrativo para muitos. Os incentivos dados têm um papel preponderante nas empresas, sendo estes incentivos muitas vezes determinantes para que as empresas se desloquem. Para divulgar o potencial das Beiras e atrair pessoas, é necessário investir em estratégias de comunicação e ‘marketing’. É importante mostrar os atrativos da região, como paisagens deslumbrantes, património histórico e cultural, oportunidades de negócios e qualidade de vida.

O turismo pode desempenhar um papel importante nesse sentido, promovendo os encantos das Beiras e despertando o interesse das pessoas em conhecer e viver na região.

Quanto aos jovens, é fundamental mostrar as oportunidades que as Beiras podem oferecer em termos de estudo, trabalho e empreendedorismo. É necessário investir na criação de centros de formação profissional e universidades, que ofereçam cursos nas áreas de maior demanda e potencial da região. Além disso, é importante incentivar o empreendedorismo e a criação de empresas locais. Os jovens têm um espírito inovador e estão cada vez mais interessados em construir carreiras com propósito. É necessário promover a cultura empreendedora, oferecer apoio e incentivos para que eles possam desenvolver os seus negócios nas Beiras, fortalecendo a economia local e gerando empregos.

Enquanto presidente da Câmara de Comércio da Região das Beiras, tenho desenvolvido ações e projetos que promovem o desenvolvimento económico e social da região. Estas ações estão a incluir parcerias com instituições de ensino, entidades governamentais, associações empresariais e outras organizações, visando atrair investimentos, divulgando as potencialidades da região e criando condições favoráveis para os negócios.

A Câmara de Comércio da Região das Beiras, tem no seu Plano de Atividades algumas ações que vão ser implementadas. Por exemplo, a criação de um programa de divulgação das Beiras, com ações de ‘marketing’ e comunicação para mostrar as vantagens de se viver e investir na região.

A criação de Workshops, seminários, fóruns, eventos, feiras e encontros empresariais que possam atrair investidores e empresários interessados em conhecer mais sobre as oportunidades das Beiras e para isso a CCR Beiras está a trabalhar. Estas ações abrangem vários sectores e está no nosso horizonte, porque as Beiras são mesmo Regiões de Oportunidades. Para poderem participar ativamente, fica o convite para serem associados da Câmara de Comércio da Região das Beiras.

Sem dúvida que a CCRB tem desempenhado um papel vital no impulsionamento do comércio e desenvolvimento económico na região ao longo destes quatro anos e reconhecemos a importância de estabelecer parcerias estratégicas com empresas inovadoras.

A nossa dinâmica também passa por uma série de iniciativas e ações internacionais que visam promover as empresas associadas e proporcionar oportunidades de visibilidade em mercados globais. Ao associarem-se à CCRB, terão os benefícios de uma estrutura dedicada à promoção empresarial, oportunidades de networking e ações que visam expandir a visibilidade da vossa marca a nível internacional. Acreditamos que a vossa participação seria uma mais-valia para a nossa câmara, e vice-versa.

Além disso, destacamos que a presença das empresas como associados na CCRB poderá ser uma excelente oportunidade para se destacar em eventos internacionais, trocar experiências com outros membros e fortalecer as relações comerciais na Região das Beiras e além-fronteiras.

Neste presente e no futuro, a Câmara de Comércio da Região das Beiras vai continuar a desempenhar um papel fundamental na promoção e desenvolvimento da região. É necessário estar atentos às demandas da sociedade, ouvir as necessidades das empresas e trabalhar de forma colaborativa para impulsionar o potencial das Beiras como um destino atrativo para se viver, trabalhar e investir. Com ações estratégicas e o envolvimento de todos os sectores da sociedade, é possível construir um futuro promissor para as Beiras.

Nesse contexto, a Câmara de Comércio da Região das Beiras desempenha um papel crucial. Como presidente desta organização, estou empenhada em impulsionar iniciativas que promovam estas regiões de baixa densidade populacional e todos os benefícios que ela proporciona. Isso pode ser feito através do estímulo ao desenvolvimento sustentável, à preservação do meio ambiente e à diversificação económica.

Outro aspeto importante é a diversificação económica. Uma região com baixa densidade não pode depender apenas de um único sector para garantir o seu desenvolvimento. É necessário fomentar a criação de novas oportunidades de negócios, fortalecendo sectores como agricultura, turismo, tecnologia e indústria criativa, por exemplo. A equipa da Câmara de Comércio está a identificar essas potencialidades e está simultaneamente à procura de parcerias que impulsionem o crescimento desses sectores, contribuindo para a geração de emprego e aumento da economia.

Outro papel importante é o de promover a sustentabilidade. A baixa densidade populacional oferece ainda a oportunidade de preservar o meio ambiente de forma mais efetiva. É crucial que a Câmara de Comércio da Região das Beiras assim como toda a sua direção, trabalhem em conjunto com as autoridades locais e organizações ambientais para implementar políticas e projetos que garantam a proteção de áreas naturais e a promoção de práticas sustentáveis, daí existir um protocolo com o BMV Global e a CCRB ter o selo “Eu Preservo”.

Em suma, o futuro luxuoso está intimamente relacionado às regiões com menos população e mais área natural. É necessário estimular a diversificação económica, preservar o meio ambiente e garantir que as gerações futuras possam desfrutar de uma região próspera e sustentável. O futuro está nas nossas mãos, e é através de ações conscientes e responsáveis que iremos construir um amanhã melhor para todos.

Por Ana Correia
Presidente na Câmara do Comércio da Região das Beiras