Redes, paradiplomacia e negócios internacionais no Ceará

Redes, paradiplomacia e negócios internacionais no Ceará

Reescrevo e atualizo um artigo que preparei em setembro do ano passado para a Trends (veja aqui) e onde abordo um estudo que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) realizou com o governo federal associado a uma série de reuniões no Brasil para debater a atuação dos governos locais na promoção do comércio exterior e atração de investimento estrangeiro. Tive a oportunidade de participar desse debate e tomar nota de alguns pontos que compartilho neste artigo.

É cada vez mais significativo o papel dos governos subnacionais na atração de investimentos e promoção do comércio exterior. É o que diz, por exemplo, um estudo da Universidade de Columbia. Existem cerca de 8 mil agências subnacionais de promoção de comércio e investimentos no mundo. Ou seja, 50 agências subnacionais para cada agência nacional. No Brasil, não é diferente. Estima-se que 22 Estados e 366 municípios possuem algum tipo de órgão que trata de relações internacionais.

Nada mais natural numa economia globalizada, onde algumas startups nascem para ser globais, o turismo se tornou uma importante fonte de poupança externa e as metrópoles avançam na concentração das populações e da economia. Com pouco mais de 84% da população brasileira vivendo em áreas urbanas, os governos estaduais e das regiões metropolitanas não podem ignorar essa tendência mundial nem subestimar as suas vantagens comparativas na promoção comercial e atração de investimentos.

Além do mais, estados e municípios estão melhor preparados para endereçar questões relevantes para o investidor, tais como licenciamento ambiental, fornecimento de utilities, site location, entre outros. Os governos locais também têm um bom histórico em trabalhar com o setor privado, já que algumas agências locais são diretamente financiadas e apoiadas por empresas a nível municipal.

Um bom exemplo desse fenômeno é a Greater Houston Partnership, organização que trabalha com o governo da cidade para representar as oportunidades econômicas de Houston, e é composta por 1.200 empresas. Trazendo nossa experiencia cearense associada a esse exemplo, saliento a articulação executada pelas Secretarias de Assuntos Internacionais do Estado e da Prefeitura de Fortaleza, bem como pela Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros da ADECE/SEDET e por instituições como a Câmara Brasil Portugal no Ceará, o SEBRAE, FECOMÉRCIO e FIEC, e ainda a rede de consulados estrangeiros em Fortaleza e outras Câmaras de Comércio. Juntas, revelam bem as vantagens da associação público-privada na promoção do comércio exterior e atração de investimentos estrangeiros para o Ceará.

O projeto Ceará Global, criado há quatro anos numa concertação público-privada é melhor mostra disso, pois transcende a ação de governos, porque mantêm vínculos estratégicos e transversais e atua numa lógica de redes, conseguindo resultados onde a diplomacia de Estado, por ser uma instância formal, pode ter dificuldades de alcançar. A recente implementação da governança do Ceará Global permitirá ampliar o esforço de divulgação internacional do nosso ambiente de negócios através do LinkedIn e implementar a rede de ambassadors, formada por cearenses e amigos do Ceará distribuidos pelo mundo, seguindo o mesmo exemplo do que Portugal faz através da sua diáspora para chamar a atenção do capital estrangeiro para o novo Portugal.

Entretanto, o grande desafio é identificar a melhor estrutura e características para performar as melhores entregas. O BID apontou em sua análise sobre o ambiente da paradiplomacia brasileira, uma série de indicadores que podem revelar a melhor forma de exercício dessa atividade por parte de estados e municípios e que está basicamente fundada nos seguintes pressupostos:

  • Competências legais,
  • Existência de estratégias e programas em comércio e atração de investimentos,
  • Capacidade institucional,
  • Capacidade de adoção de mecanismos de promoção,
  • Nível de relacionamento com governos estrangeiros,
  • Disponibilidade de recursos humanos, e Capacidade orçamentária.

Além disso, o BID também aponta que pouco disso adianta se a avaliação da performance não for executada e se não forem medidos o impacto social e ambiental dos investimentos atraídos por estados e municípios.

Trazendo para a nossa realidade, se articulações como a Câmara Setorial de Comércio Exterior e IED e o Projeto Ceará Global são evidências positivas, a ausência de uma coordenação entre os municípios da grande Fortaleza é, sem dúvida, uma das mais visíveis ineficiências do nosso processo de desenvolvimento regional, qualquer que seja a perspectiva, visto que o corredor do desenvolvimento da Grande Fortaleza passa pela vital necessidade de sinergias entre, pelo menos, os municípios vizinhos do Eusébio, Aquiraz, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante e Caucaia. A Autarquia da Região Metropolitana de Fortaleza – AUMEF, criada em 1975 e extinta em 1992, faz falta. Essa estrutura seria importante para debater e propor oportunidades para a grande Fortaleza, a principal metrópole de influência regional no norte-nordeste do Brasil, conectada à vida de mais de 20 milhões de brasileiros e estrategicamente situada à margem do Atlântico Sul, equidistante da América do Norte, Europa e África.

Uma última nota, ainda, sobre o que parece ser importante para promover uma melhor inserção internacional do Ceará: a compreensão do nosso ecossistema de negócios internacionais e suas conexões no exterior. Isso é vital para subsidiar uma estratégia de internacionaliza da economia do Ceará. Sobre isso, destaco uma iniciativa da Câmara Brasil Portugal que realiza anualmente sobre ingresso de IED no Ceará. A partir dela, é possível visualizar um cruzamento entre empresas cearenses com capital estrangeiro e empresas engajadas em comércio exterior. Essa coneção entre Comex e IED é estratégica. Numa visão ecossistêmica do nosso ambiente de negócios não basta perceber os elementos, é vitar perceber a relação entre esses elementos.

Mas falta ainda observação mais robusta envolvendo os próprios empreendedores, como sugerida na matriz difundida pelo modelo de Uppsala revisado, que destaca e valoriza as relações bilaterais do entrepreneur, e a interdependência entre empresa, a partir do momento em que o processo de internacionalização é visto como rede. O conhecimento gerado por meio desta conexão em rede causa um acúmulo de conhecimento que envolve desde recursos e capacidade estratégica, e, esta interação fornece a empresa uma fonte de informações comerciais relevantes.

Enfim, é isso. Precisamos avançar em governança e visão ecossistêmica.

Artigo Rômulo Alexandre Soares

Ceará é o estado com maior investimento público do País pelo sexto ano seguido

Ceará é o estado com maior investimento público do País pelo sexto ano seguido

Segundo a secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba, em 2020 foram investidos R$ 2,48 bilhões, o correspondente a 11,3% da Receita Corrente Líquida (RCL)

Mesmo em meio à crise instaurada pela pandemia, o Governo do Ceará realizou investimentos da ordem de R$ 2,48 bilhões em 2020, o correspondente a 11,3% da Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado, que é a soma de todas as receitas tributárias. O percentual foi o maior entre os estados brasileiros pelo sexto ano seguido.

A informação foi divulgada pela secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba, durante apresentação das metas fiscais a deputados estaduais na tarde desta segunda-feira (1º).

Conforme a secretária, o valor chega a superar em 12,33% o montante investimento em 2019, que representou 10,59% da RCL daquele ano e também foi o maior do País.

“Esses 11,3% da RCL que foram para investimento público no ano passado é quase o dobro da média nacional, que ficou em 5,8%. Chegamos ao sexto ano seguido em primeiro lugar do Brasil”, ressalta Pacobahyba.

Em valores absolutos, o Ceará conquistou o terceiro lugar do País, atrás apenas do Paraná (R$ 3,07 bilhões) e de São Paulo (R$ 8,22 bilhões). “Observem, que o Paraná tem uma economia que é quase o triplo da do Ceará”, pontua a titular da Sefaz.

“Investimento público é política focada para transformar a vida das pessoas. Isso movimenta a economia. O Estado tendo essa possibilidade, ele gera uma cadeia positiva, que não é de hoje”, acrescenta.

Gastos com saúde
Os gastos com saúde cresceram 26,42% no ano e ultrapassaram os R$ 4 bilhões, segundo Pacobahyba. Ela aponta que o valor corresponde a 16,54% da Receita Líquida de Impostos e Taxas (RLIT), ultrapassando em 4,54 pontos percentuais o mínimo constitucional de 12% da RLIT.

As despesas com educação também ultrapassaram o piso de 25% da RLIT e chegaram a 27,1% em 2020.

Já os gastos com pessoal, que é referente ao pagamento de rendimento de servidores públicos, do Executivo reduziram levemente para 40,55% da RCL. As despesas com pessoal de todos os poderes soma 49,51% da RCL

Fonte: Diário do Nordeste

Camilo Santana anuncia benefícios para profissionais de evento

Camilo Santana anuncia benefícios para profissionais de evento

Um dos setores mais afetados pela pandemia da Covid-19 foi o de eventos, mas nessa terça-feira (16) o Governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou uma série de benefícios para profissionais da área.

O pacote de auxílio vai pagar R$ 1 mil em duas parcelas de R$ 500 e beneficiar aproximadamente 10 mil pessoas entre músicos, humoristas e equipe técnica.

Além disso, será possível parcelar as dívidas de ICMS de empresas que trabalhem com eventos em até 5 anos. Profissionais autônomos e empresas serão isentos do IPVA.


Edital
O Governo do Estado também divulgou que abrirá edital emergencial para a realização de feiras, seminários, e congressos corporativos. Tudo on-line. O valor chega a R$ 4 milhões.

Confira todas as medidas publicadas nas redes sociais de Camilo:

1 – Auxílio financeiro para os profissionais do Setor de Eventos no valor de R$ 1.000, em duas parcelas de R$ 500, mediante cadastro na Secretaria da Cultura (Secult). Estão inclusos músicos, humoristas, profissionais de circo, técnicos de som, luz e imagem, montadores de palcos, etc.

2 – Lançamento de Edital no valor de R$ 4 milhões para eventos corporativos virtuais – feiras, congressos, exposições e etc.

3 – Parcelamento das dívidas de ICMS em até 60 meses (5 anos).

4 – Isenção do IPVA 2021 para veículos registrados em nome de empresas de eventos e para até um carro de profissionais autônomos ou microempreendedores que atuem no ramo de eventos.

5 – Quando liberados os eventos presenciais, os equipamentos públicos do Estado isentarão o pagamento de qualquer taxa ou aluguel por seis meses para os eventos ali sediados. Por exemplo: Centro de Eventos, Cineteatro São Luiz, Dragão do Mar, Theatro José de Alencar, entre outros.

Fonte: Revista Vemtambém

CE deve se tornar hub de hidrogênio verde; lançamento será em breve

CE deve se tornar hub de hidrogênio verde; lançamento será em breve

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, programa já foi negociado e está pronto para ser lançado. Empresa australiana quer construir usina do combustível no Estado

Um programa que inclui a construção de uma usina de hidrogênio verde no Ceará está pronto e deve ser lançado em breve, afirmou nesta segunda-feira (15) o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior. “Essa semana, estamos aguardando o governador agendar o lançamento do programa do hub do hidrogênio. Tá pronto, negociado, pronto pra ser lançado”, assegurou. Com investimento da Austrália, o projeto é uma das principais apostas do governo para impulsionar a economia do Estado.

“Dois países da América do Sul estão anunciando programas semelhantes: Brasil e Chile. E no Brasil, quem está anunciando é o Ceará. Isso são boas condições que a gente está ofertando. O Ceará tem os insumos: tem água e tem energia. Vem investidor lá da Austrália, vamos assinar um protocolo com ele, estamos aguardando só o evento ser marcado pelo governador. É assim que se dá desenvolvimento”, completa.

O hidrogênio verde é apontado com a nova energia do futuro, e pode ser utilizado como combustível limpo, “O investimento em hidrogênio verde é energia elétrica limpa mais água, isso pode produzir no Estado uma usina de hidrogênio verde, que é um gás para movimentar indústria, geração de energia, transporte”, indica Maia Júnior.

Investimentos
Em reunião com o secretariado nesta segunda, o governador Camilo Santana elegeu entre as prioridades para este ano o fortalecimento da economia, com mais investimentos e a geração de novos empregos. Ao ser perguntado sobre os próximos passos da Sedet para permitir essas condições, Maia Júnior ressaltou as medidas estão previstas no plano Ceará Veloz, apresentado em 2019.

O programa também inclui a unificação dos órgãos de desenvolvimento econômico em um único espaço físico e digital, a continuidade de investimentos públicos em educação; melhoria em equipamentos estruturais, como a expansão do Porto do Pecém e a duplicação de rodovias estaduais para melhorar o fluxo de viajantes internos.

“Está praticamente todo implantado, falta a mudança para uma única plataforma física de trabalho, onde vão ficar todos os ambientes da secretaria e suas vinculadas, no mesmo prédio. E também a digitalização da secretaria que deve ser concluída até essa mudança. A gente trabalha diariamente no sentido de aprimorar a transparência, as garantias para os investidores, desburocratizar e simplificar, melhorar os licenciamentos ambientais, o acesso e o relacionamento com as entidades de crédito”, acrescenta.

Economia
Para o secretário, o cenário econômico do Ceará e do País para 2021 ainda estão incertos, principalmente, devido ao atraso na vacinação contra a Covid-19.

“A vacina é diretamente importante para poder se manter uma economia com prosperidade. Se tivesse vacinando intensamente, teria uma perspectiva de economia melhor. Não sei o que pode haver com a economia do Ceará por conta da programação de vacinação atrasada, e a Covid-19 se mostrando forte novamente”, pondera

Há uma perspectiva de crescimento de 3,5%, de acordo com Maia. “Para isso acontecer, a economia tem que estar ativa, tem que ter investimento público, privado. O governador tá segurando os investimentos públicos. No caso do Ceará, estamos tendo investimentos privados, senão não estava gerando emprego e a economia estava um desastre.”, ressaltou.

“Estamos trabalhando para ser melhor do que o ano passado, mas o Ceará não é uma bolha, não tá fora do circuito de desenvolvimento econômico do País. Se o País não vai bem, o Ceará também não vai.”

Fonte: Diário do Nordeste

Em recuperação acelerada, indústria do Ceará cresce acima de cinco vezes a alta registrada no Brasil

Em recuperação acelerada, indústria do Ceará cresce acima de cinco vezes a alta registrada no Brasil

O resultado cearense representa uma expansão de 8 meses seguidos de saldo positivo e demonstra uma retomada efetiva do setor de produção industrial após paralisação devido a pandemia de Covid-19

O Ceará encontra-se em retomada da produção industrial após as perdas acumuladas em decorrência da necessidade de se interromper parte das atividades econômicas na pandemia do novo coronavírus. Nos últimos oito meses de 2020, o Estado acumulou uma alta de 120,7% da indústria após queda histórica. Já na passagem de novembro para dezembro, o Ceará cresceu 4,7%, acima de cinco vezes o resultado do Brasil (0,9%).

Já na comparação com dezembro de 2019, na série sem ajuste sazonal, a indústria cearense saltou 17,7%, estando entre 13 dos 15 locais pesquisados com resultados positivos em dezembro.
As informações foram consolidadas pela última Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-REG) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgada nesta terça-feira, 9. Os dados expressam um alento para o setor que no segundo trimestre do ano passado apresentou queda de 42% na produção, maior redução do País no período.

Após o recuo expressivo, o retorno ao ritmo produtivo no Ceará se mostrou eficiente e o Estado acumulou, em dezembro, o segundo melhor rendimento do Brasil, com alta de 4,7%, ficando atrás apenas do Espírito Santo, com 5,4%. Para o último mês de dezembro, a média nacional ficou em 0,9%.

Mas mesmo em recuperação, ainda há impactos do fechamento temporário de parte do setor durante as medidas mais restritivas que buscaram desacelerar a disseminação do novo coronavírus. No comparativo entre o acumulado da produção industrial cearense em 2020 e em 2019, o Estado teve uma redução de 6,3%, a segunda maior do País. Queda influenciada principalmente pela diminuição da produção de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados e também da confecção.

Os prejuízos, porém, podem ser revertidos ainda neste ano, já que a tendência positiva, segundo estimativas do IBGE, pode se manter pelos próximos meses. A pesquisa classifica o Ceará entre os doze estados brasileiros que apresentaram mais rápida resposta de reversão da série de queda registrada em decorrência da pandemia de Covid-19.

Dentre os setores da indústria que mais influenciaram na retomada estão a fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para o setor de transporte); de bens intermediários (siderurgia e indústria da construção civil); de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos); e de bens de consumo semi e não-duráveis (calçados, vestuário, produtos têxteis).

Fonte: Jornal O Povo

Parcerias público-privadas e concessões atraem novos investimentos para Fortaleza

Parcerias público-privadas e concessões atraem novos investimentos para Fortaleza

Parcerias público privadas e concessões ganham força na captação de investimentos para Fortaleza e abre oportunidades para novos empreendimentos em diversas frentes, como energia e tecnologia

As parcerias público-privadas, as chamadas PPPs, assim como as concessões ganham força na captação de investimentos para Fortaleza na nova gestão da cidade, iniciada em janeiro de 2021. Cenário que abre uma janela de oportunidades para novos empreendimentos em diversas frentes, como energia e tecnologia.

A proposta, segundo o atual secretário de Desenvolvimento Econômico do Município, Rodrigo Nogueira, é incentivar empresas privadas a investirem em matrizes energéticas limpas e sustentáveis para o meio ambiente.

No campo das concessões, ele cita, por exemplo, os espigões ao longo da Avenida Beira-Mar. Segundo o secretário, esses espaços darão uma nova cara à cidade, fazendo com que o turismo ganhe cada vez mais escala pela atratividade gerada.

“As PPPs e concessões são vitais nesse momento de retomada da economia. Temos nesse sentido algumas PPPs prontas para serem lançadas, que já foram estruturadas na gestão anterior, do prefeito Roberto Claudio, e, em virtude da pandemia, precisaram ser adiadas, ao exemplo da PPP de eficiência e geração de energia para as 520 escolas do município e outra que atenderá mais de 180 equipamentos da secretaria de saúde e das unidades 1 e 2 do IJF. Esses programas têm a projeção de gerar uma melhor manutenção elétrica dentro desses equipamentos, além de uma economia em torno de 15% do custeio de energia”
Rodrigo Nogueira, secretário da SDE de Fortaleza

No que tange às concessões, ainda no primeiro trimestre deste ano, a pasta pretende lançar a modalidade para os espigões da Avenida Beira Mar, contemplando o espigão localizado ao final da Avenida Rui Barbosa e o da Avenida Desembargador Moreira. De acordo com o doutor em economia e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Gildemir Silva, estudioso em indústrias de rede com foco em infraestruturas, Fortaleza é bastante atrativa para os investidores em energia, turismo e ainda transportes.

“Incorporando os aspectos tecnológicos existentes e tendo em vista as formações na área que dispomos no Ceará, existe um potencial muito bom para a implementação de serviços globais em tecnologia. Não só para o desenvolvimento de aplicativos, mas também em termos de infraestrutura e de mercados regulados. Nesse aspecto, as PPPs podem ser alavancadoras de infraestruturas para prover esses serviços”
Gildemir Silva, doutor em economia e professor da UFC

O professor ressalta que Fortaleza poderia abrigar uma série de parcerias a fim de compatibilizar os interesses da administração pública municipal com o setor privado. “Poderíamos ter PPPs para conexões de internet, podendo esses empreendimentos estarem associados à rede de cabos submarinos que chegam à cidade.

Outra possibilidade seriam as PPPs para postos de abastecimento de carros elétricos e híbridos, incluindo aí o sistema de veículos compartilhados que já existe em Fortaleza. Desse modo, os pontos de abastecimento seriam mais bem distribuídos pelos bairros, com tecnologia desenvolvida por uma empresa privada”, aponta.

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Fonte: TrendsCE

Soluções inovadoras e sustentáveis são essenciais para assegurar economia do mar

Soluções inovadoras e sustentáveis são essenciais para assegurar economia do mar

Especialistas apontam que o Estado tem grande potencial para fortalecer a Economia do Mar atuando em diversos segmentos, como pescado, turismo e energia. Investir em soluções inovadoras com foco na sustentabilidade é uma das ações

A chamada Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, que compreende o período de 2021 a 2030, foi instituída em 2017 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Inclusive, dentro da Agenda 2030, onde foram estabelecidos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser alcançados por todos os países até 2030, o uso sustentável de oceanos, mares e recursos marinhos ocupa o Objetivo 14 “Vida na Água”.

Segundo Marcelo Soares, cientista‐chefe da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), a Década dos Oceanos foi proposta, “primeiro, para nós conhecermos melhor o que existe debaixo da água. Segundo, para tentarmos resolver os problemas que estão acontecendo, como os resíduos plásticos e a mudança climática.

E, terceiro, também para aproveitarmos a riqueza do mar economicamente, porém, seguindo um planejamento para isso”, avalia.

Riqueza cearense
Dados informados por Marcelo Soares apontam que a Economia do Mar rende, por ano, R$ 2 trilhões ao Brasil, o que equivale a 19% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional.

Um dos setores que detêm boa parcela desse valor é a mineração, com 94,9% do petróleo e 78,9% do gás produzido no País vindos do mar. Já os 17 estados litorâneos brasileiros, incluindo o Ceará, representam 78,36% do PIB nacional.

O titular da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), Artur Bruno, ressalta que, nos últimos anos, os países, os governos e a sociedade, de uma maneira geral, têm conseguido perceber a importância dos oceanos para o desenvolvimento econômico, social e ambiental.

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Fortaleza é destaque como destino tendência em lista do Ministério do Turismo

Fortaleza é destaque como destino tendência em lista do Ministério do Turismo

Baseado nos principais sites de pesquisa do setor, em publicações e considerando os destinos que melhor se alinham à demanda do novo turista, o Ministério do Turismo divulgou uma lista com os 21 destinos tendência para 2021. Nesse sentido, Fortaleza (CE) figura como um dos destinos mais buscados para o ano.

De acordo com o ministro, a valorização do turismo doméstico é uma das tendências identificadas no comportamento do turista pós-covid. “O levantamento reforça que estamos no caminho certo para que a retomada aconteça. O turismo doméstico tem um enorme potencial que merece ser conhecido pelos brasileiros e com esse foco que o Ministério do Turismo vem trabalhando – oferecer melhor infraestrutura, serviços cada vez mais qualificados e seguindo os protocolos de biossegurança”, comentou o ministro.

O Nordeste, juntamente com o Sudeste, lidera a listagem com sete destinos – além de Fortaleza aparecem também Ipojuca (PE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Seguro (BA) e Salvador (BA). No Sudeste, estão na lista Angra dos Reis (RJ), Belo Horizonte (MG), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), São Sebastião (SP) e Ubatuba (SP).

A região Sul conta com quatro destinos: Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Foz do Iguaçu (PR) e Gramado (RS). Os destinos seguem a tendência de comportamento identificada em viajantes pós-covid de optar por destinos de natureza ou com foco no turismo rural. De acordo com o Booking, 59% dos entrevistados pretendem ir para um destino de natureza próximo. Ainda segundo o buscador, outra forte tendência é a opção por viagens rápidas, três em cada quatro (73%) brasileiros querem fazer viagens mais curtas em 2021 do que fizeram em 2019 – ocupando, mais uma vez, o primeiro lugar no ranking global em meio aos viajantes que demonstraram esse desejo.

Na região Centro-Oeste aparecem Brasília e os municípios goianos de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante onde está localizado o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, eleito um dos 25 melhores “Parques Nacionais” do mundo pela National Geographic. A mesma publicação elencou o cerrado brasileiro como único destino brasileiro indicado na lista de 25 melhores viagens para planejar no futuro.

Fonte: Focus

Arrendamento de terminal de trigo do Porto de Fortaleza vai trazer investimento de R$ 56,7 mi

Arrendamento de terminal de trigo do Porto de Fortaleza vai trazer investimento de R$ 56,7 mi

Expectativa é que pelo menos outros dois terminais estejam prontos para serem arrendados em 2021

O Tribunal de Contas da União (TCU) analisa processo que autoriza arrendamento do terminal de trigo do Porto de Fortaleza, o MUC01. O arrendamento está atrelado à obrigatoriedade de investimentos em infraestrutura no valor de R$ 56,7 milhões.

“O ganhador da licitação vai investir 56,7 milhões de reais no porto. Quando o arrendatário ganhar o processo ele vai investir na infraestrutura do porto. E um dos investimentos que estão previstos é a derrocagem do berço 103 que é o berço onde atracam os navios de trigo. Com essa derrocagem haverá uma maior profundidade, permitindo navios maiores com maior quantidade de carga”, explica o diretor comercial do Porto de Fortaleza, Mário Jorge Cavalcanti. O vencedor do processo licitatório terá 25 anos para fazer o investimento, que é justamente o período de duração do contrato de arrendamento.

Dentre os terminais desse tipo, o MUC01 é o segundo mais movimentado do Brasil. Ele tem 6.000m² de área voltada para movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, com destaque para o trigo e grãos similares.

O gestor explica que o edital para abertura de licitação para o arrendamento será publicado até abril. Os negócios envolvendo os terminais do porto não param por aí. Mario explica que para 2020 outros dois terminais devem passar por processo de arrendamento.

Para tornar possível o arrendamento de outras áreas do porto a direção do equipamento está reformulando o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento Portuário (PDZP). É nesse plano que são definidas quais áreas ficam disponíveis para licitações de arrendamento. “Estamos propondo outras áreas de arrendamento dentro do porto. Área pra contêiner, área para granéis sólidos”, explica Cavalcanti.

Mais investimentos

Mário diz que existem estudos para licitar o arrendamento do MUC59. É uma zona fora do perímetro primário do porto, ou seja, a principal área de operações do equipamento. No local já funcionou o antigo parque ferroviário e a ideia é transformar o espaço numa formuladora de combustível. A proposta está sob análise da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários.

Fonte: O Otimista

Agronegócio desponta nas exportações cearenses em 2020

Agronegócio desponta nas exportações cearenses em 2020

O agronegócio é um dos principais setores das exportações cearenses, representando aproximadamente 20% do total comercializado.

Em 2020, frutas, mel de abelhas, hortaliças, flores e camarão obtiveram crescimento significativo nas vendas externas, Enquanto os principais setores das exportações cearenses amargaram saldo negativo em 2020, o agronegócio, que representa aproximadamente 20% do total comercializado pelo Estado no mercado internacional, é o único setor que tem o que comemorar. Frutas (com 12%), mel de abelhas (84,6%), hortaliças (94,5%), flores (19,9%) e camarão (107%) obtiveram crescimento significativo nas vendas externas.

Na contramão, a castanha de caju, principal produto vendido no exterior pelo agronegócio do Ceará, recuou 15,3%. No acumulado do ano passado, o setor exportou cerca de US$ 369,6 milhões, dos US$ 1,4 bilhão contabilizados pelo Estado.

Os número fazem parte do estudo “Exportações do Ceará com Foco no Agronegócio”, elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), com base em dados do Comex Stat, plataforma do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que traz as estatísticas das exportações e importações brasileiras por unidade da federação. Na avaliação de Erildo Pontes, coordenador de Recursos Hídricos para o Agronegócio da Secretaria Executiva do Agronegócio, subordinada à Sedet, a principal explicação para o desempenho positivo do setor na pauta de exportações do Ceará foram as boas precipitações das chuvas em 2020.

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