Ceará será um dos focos da Embratur em promoção interna de turismo

Ceará será um dos focos da Embratur em promoção interna de turismo

As belezas naturais, a possibilidade de aliar praia, serra e sertão em um só lugar e a fama de um povo hospitaleiro são alguns fatores que contribuem para que os viajantes mantenham o Ceará no topo da lista entre os destinos que querem visitar. O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto, diz que o Estado é essencial para o setor de turismo no País, já que tem um grande potencial atrativo, o que é importante para fortalecer mercado doméstico.

De acordo com o executivo, dados do Google demonstram que as procuras por “turismo de natureza”, especialidade do Ceará, saltaram de 10% para 54% durante a pandemia do novo coronavírus, o que leva a Organização Mundial do Turismo (OMT) a mencionar o Brasil como o País que tem o melhor potencial atrativo na retomada econômica do setor no pós-pandemia.

“Em 2019, o Ceará já vinha tendo destaque nos números para o turismo, apresentando crescimento maior do que estados vizinhos do Nordeste, inclusive. A região e o Ceará incluído são essenciais para o setor no Brasil”, afirmou.

Divulgação do trade

Um dos objetivos da Embratur atualmente, lembrou Gilson Machado Neto, é realizar campanhas publicitárias para ajudar a divulgar os locais que investem em “turismo de natureza”, um dos indutores da retomada econômica do setor.

A instituição, pontuou o executivo, continuará ajudando o trade nacional dentro do País até seis meses após o término da pandemia, quando voltará a divulgar o Brasil no exterior. No entanto, a conexão com o trade nacional, com os estados e com os municípios, permanecerá para mostrar aos demais que a segurança sanitária dos locais é garantida.

“Precisamos aproveitar esse momento de restrições de viagens ao exterior para fortalecer nossas qualidades entre os próprios brasileiros. Neste primeiro momento, o ticket médio e até o tempo de permanência serão alterados, principalmente por causa de promoções que serão importantes para a retomada econômica. Já vemos aumento de procura para viagens aéreas, maior taxa de ocupação hoteleira, números mais positivos no comércio em geral. Claro, tudo também decorre de novas notícias com relação a vacinas, medicamentos e o controle da pandemia em cada localidade”, destacou o presidente da Embratur.

Impulso

Para o titular da Secretaria de Turismo (Setur), Arialdo Pinho, o Ceará é um dos locais mais procurados como destino há, pelo menos, cinco anos, estando sempre no pódio dos mais visitados. A divulgação que será feita pela Embratur neste ano, acredita ele, se dá por esses resultados e impulsionará o turismo do Estado.

“Nós estamos bem situados nacionalmente, e as campanhas publicitárias sempre serão bem-vindas. Fizemos uma recentemente, inclusive, mas o comitê de saúde da retomada ainda não autorizou a divulgação, para evitar aglomerações. A expectativa é que voltemos no primeiro semestre de 2021”, afirmou.

Conforme o secretário, a volta dos voos, especialmente os internacionais, ao Aeroporto de Fortaleza deixa representantes do setor do turismo otimistas de um modo geral, embora o patamar de faturamento pré-pandemia deva ser registrado em apenas dois anos, avalia o titular da Setur.

“Teremos que aprender a conviver com esse vírus. Alguns meses serão bons, outros ruins, mas isso é no mundo inteiro, não só aqui. Se a sociedade tivesse a consciência de seguir os protocolos de segurança sanitária, nós estaríamos muito bem. O problema é que uma parte faz, mas outra não. Tem gente achando que o vírus não existe, que o isolamento social é pressão. Até que um familiar pegue a doença”, disse o secretário. Para ele, a taxa de ocupação hoteleira no fim do ano deverá atingir o patamar de 70% do total.

‘Segunda onda’

Segundo a presidente do Visite Ceará, Ivana Bezerra, se houver uma “segunda onda” de Covid-19 no Estado, como foi apontado pelo Consórcio Nordeste na última sexta-feira (23), o turismo será bastante afetado, uma vez que o setor, na opinião da empresária, é um dos mais “sensíveis” quando comparado aos demais.

“Não é uma ‘segunda onda’, mas sim a primeira, que nunca deixou de existir. Logo no início, as pessoas tiveram cuidado, se resguardaram, e agora ‘baixaram a guarda’. Houve um relaxamento da população, e os casos da doença aumentaram. O turismo será impactado negativamente porque é um setor sensível e que depende muito de como anda a economia, de como está a situação no local de destino quanto à segurança sanitária. Ninguém vai arriscar a vida em uma viagem se tiver o risco de contaminação”, salientou ela.

Arrecadação tributária

Ivana Bezerra chama atenção para os municípios que têm o turismo como principal fonte de recursos e que tiveram – e continuam tendo – queda na receita, o que contribui significativamente para uma redução da arrecadação tributária no mês e no ano.

Para tentar reduzir os prejuízos, explica a presidente do Visite Ceará, o setor tem realizado campanhas publicitárias para fomentar o turismo doméstico no próprio Estado. “Estamos mantendo o foco no local agora. Fomos os primeiros a receber o selo mundial de qualidade mundial na questão da segurança sanitária, o que é importante”, ressaltou.

Fonte: Diário do Nordeste em 24/10/2020

Parcerias Público Privadas em Parques de preservação: solução inteligente e inovadora

Parcerias Público Privadas em Parques de preservação: solução inteligente e inovadora

Análise mostra que pouco se explora do potencial de PPPs em situações mais inovadoras, destacando a preservação do meio ambiente.

A eficiência na alocação de recursos em regimes de desconforto fiscal é discutido em diferentes níveis da federação, incitando a adoção do remédio de parcerias entre o público e privado (PPPs), pois as PPPs constituem instrumento consolidado em vários países para viabilizar projetos de infraestrutura e provimento de bens em diversas áreas: transportes, saneamento, energia elétrica, telecomunicações, escolas, hospitais, presídios e outros.

Sendo também adotada no Brasil desde 1994 quando da concessão de infraestruturas ao nível federal. Entretanto, pouco se explora do potencial de PPPs em situações mais inovadoras, destacando a preservação do meio ambiente.

Tal solução é vastamente explorada na África em parques Moçambicanos, resultando em desenvolvimento e retornos para a sociedade e para os investidores.

As práticas africanas são relatadas como promissoras e com características replicáveis em países em desenvolvimento. No caso cearense, há uma quantidade considerável de unidades de conservação , algumas com potencial para PPPs alinhadas com os atrativos turísticos, particularmente passeios em praias menos exploradas, observação de espécies nativas, mercado de carbono e associação ao compromisso ambiental das empresas já consolidadas na região.

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Mesmo com crise, geração fotovoltaica dobra de tamanho no Ceará

Mesmo com crise, geração fotovoltaica dobra de tamanho no Ceará

Demanda por sistemas fotovoltaicos fez com que o setor apresentasse um crescimento de mais de 100% de janeiro a outubro. Setor espera fechar o ano com mais do que o dobro da potência instalada de 2019

Mesmo com a crise provocada pela suspensão de atividades econômicas durante a quarentena, sobretudo no segundo trimestre, quando as vendas atingiram o pior nível do ano, o setor de energia solar fotovoltaica no Ceará já apresenta um crescimento de mais de 100% no ano, tanto em potência instalada como em número de unidades geradoras.

“Este é um setor que, já há alguns anos, cresce muito além da economia. E mesmo nesse período de pandemia vemos um crescimento muito acentuado”, diz Jurandir Picanço, consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). De 1º janeiro até 13 de outubro, a quantidade de unidades geradoras de energia fotovoltaica no Ceará cresceu 101,8%, chegando a 8.796. E a potência instalada passou de 65,5 megawatt (MW), em janeiro, para 135,4 MW, alta de 100,5%.

Picanço destaca ainda que os custos desses sistemas vêm diminuindo enquanto a eficiência aumenta. “Cada vez mais, os consumidores têm identificado a vantagem em produzir a própria energia em comparação com a energia comprada da concessionária. Enquanto as empresas querem divulgar o uso desse tipo de geração para fortalecer suas marcas”. Hoje, 178 municípios cearenses têm unidades geradoras fotovoltaicas, alta de 11,2% no ano.

Equipamentos

No início do ano, quando a duração da quarentena ainda era incerta, uma das principais preocupações do setor era quanto ao abastecimento do mercado local de equipamentos importados, como placas solares e inversores. O problema se agravou em abril, mas, hoje, com a retomada das atividades e das compras externas, a expectativa é que as importações sejam normalizadas até o fim do ano.

Segundo Igor Batista, gerente executivo da Sou Energy e diretor de inovação do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), a empresa, especializada na instalação de sistemas fotovoltaicos, iniciou o ano preparada para atender a um forte crescimento do setor no Estado. Com isso, acabou formando um estoque que permitiu que a empresa atendesse à demanda mesmo nos piores meses da crise. Batista conta que, por conta de estoque, suas vendas cresceram 300%, de janeiro a setembro.

“Diferente de alguns distribuidores, a gente tinha se preparado muito bem para o ano de 2020. E quando veio a crise, houve uma queda na demanda de estabelecimentos comerciais e um aumento no segmento residencial”, diz Batista. “Depois de uma queda nas vendas de 30% em abril, o setor começou a se recuperar, em junho e em julho batemos o nosso recorde de vendas em um mês. Hoje, já estamos com uma alta de 300%. Em outubro devemos bater um novo recorde mensal e a ideia é manter essa pegada até o fim do ano”, diz.

Fonte: Diário do Nordeste em 14.10.2020

Turismo no Ceará: as oportunidades de investimentos no setor

Turismo no Ceará: as oportunidades de investimentos no setor

Os aeroportos do Estado, os portos do Mucuripe e do Pecém e o Centro de Eventos do Ceará, além das belezas naturais, potencializam o Ceará como destino de recursos financeiros.

A conexão do Ceará com o Brasil e o mundo segue em franca expansão. A infraestrutura proporcionada pela ampliação do Aeroporto Internacional de Fortaleza, a atração de um hub aéreo, a implementação de aeroportos regionais, os portos do Mucuripe e do Pecém e as rodovias estaduais reforçam essa ligação.

Juntamente com os atrativos naturais do Estado, esses diferenciais, certamente, tornam o turismo um dos setores econômicos mais beneficiados. Não apenas pela maior circulação de turistas, mas também pelas oportunidades de investimentos que ainda se vislumbram no setor.

Ao lado da hotelaria, mais parques temáticos e o desenvolvimento do turismo náutico surgem, por exemplo, no leque de opções para quem pensa em investir no turismo cearense.

A atividade representa, hoje, quase 11% da economia do Ceará, índice que cresce acima da média nacional (10%).

Segundo Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará, embora todos esses segmentos signifiquem grandes oportunidades para os investidores, o turismo náutico é o que detém o maior potencial de expansão. Afinal, os 573 quilômetros de litoral e os fortes ventos sopram a favor do Estado.“E, mesmo assim, ainda exploramos muito pouco o turismo náutico, que vai muito além da prática de esportes como o kitesurfe e o windsurfe, já consolidados no Ceará.

Temos aí também a exploração de atividades turísticas, em toda a costa, envolvendo vários tipos de embarcações, como os barcos a vela. A receita turística seria ainda maior. Portanto, ainda há muito o que avançar”, revela.

Ao mesmo tempo, Pinho também destaca a prática de mergulho. Nesse sentido, a inclusão de Fortaleza no Programa de Recifes Artificiais da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo) só vem a corroborar o potencial dos verdes mares cearenses com indutor do turismo estadual. “Além de Fortaleza, nós temos, no Ceará, outros pontos de águas rasas, como Icapuí, o que facilitaria o afundamento dos equipamentos para a formação desses recifes artificiais, atraindo, assim, mais turistas interessados na atividade”, afirma.

Entre esses equipamentos, o programa da Embratur prevê, por exemplo, o afundamento de barcos e vagões de trens abandonados, dragas em desuso e tanques de guerra, respeitando os critérios e regras ambientais, a fim de que eles se tornem locais de acúmulo de peixes e virem santuários marinhos.

Em contrapartida, o maior fluxo de turistas de mergulho e interessados em atividades náuticas em todo o litoral, aponta o titular da Secretaria de Turismo do Ceará, aumentaria a demanda por outros investimentos no setor. A saber, hotéis, pousadas, restaurantes e uma gama de outros serviços que orbitam em torno da atividade turística, beneficiando diversos municípios. Um potencial e tanto, diante do fato de que o turismo pode movimentar cerca de 54 segmentos da economia, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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Fonte: TrendsCE

Exportação de cargas fracionadas abre oportunidade para o Ceará

Exportação de cargas fracionadas abre oportunidade para o Ceará

Por meio das LCL, mais negócios podem surgir para o Ceará no exterior, por meio do Porto do Pecém. Setor alimentício é um dos principais demandantes.

No mercado de exportações via transporte marítimo, o preenchimento de um contêiner completo pode ser um desafio para o produtor local. Por demandar grande volume de produtos para envio, casos em que importadores solicitam apenas amostras dos materiais podem acabar não sendo finalizados, pois o custo final acaba sendo oneroso para ambas as partes.

Uma das estratégias para reduzir custos de envio e ampliar oportunidades de negócio no Ceará seria a implantação do processo de envio de cargas fracionadas, conhecidas como LCL, sigla para Less Container Load, ou seja, quando os produtos preenchem menos que a quantidade total de um contêiner. Atualmente, o processo, no caso de contêineres refrigerados, os chamados reefer, é realizado somente no Porto de Suape, em Pernambuco, e no Porto de Santos, em São Paulo.

Para André Siqueira, presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado do Ceará (Sindialimentos), ter a possibilidade de exportar cargas fracionadas pelo Porto do Pecém seria uma facilidade para as indústrias de alimentos e diversos outros setores da economia. “Exportar cargas fracionadas pelo Porto é uma grande necessidade das indústrias alimentícias atualmente, pois nem todos os clientes estrangeiros querem uma quantidade de produtos que permite o preenchimento total do contêiner. Portanto, a carga fracionada facilitaria o frete e baixaria os custos.

Uma logística de extrema importância não só para o setor de alimentos, mas os demais também, já que atualmente os interessados em realizar o envio por meio de cargas fracionadas, precisam buscar outras modalidades de transporte. As microempresas também seriam beneficiadas, pois muitas enviam cargas menores por via aérea, o que gera um alto custo”, relata André Siqueira.

Fellipe Calado, sócio administrador da Expand Brazil, empresa responsável pela terceirização de setores de comércio exterior para empresas, explica que, normalmente, quando se efetiva o envio de um contêiner, todos os produtos inseridos são do mesmo cliente. No caso de exportações fracionadas, diferentes clientes podem dividir o mesmo contêiner, reduzindo o custo final de frente. “Aqui, o Porto do Pecém não possui embarque fracionado para carga refrigerada. Seja ela refrigerada ou congelada, que envolva controle de temperatura. Por exemplo, frutas frescas têm que ir com 5, 6, 8 graus”, explica Calado.

Para envios em contêineres reefer, a logística é mais complexa, pois a temperatura não pode prejudicar nenhuma das cargas dentro do espaço, o que acaba dificultando a implantação do envio de carga fracionada. “É mais complexo ratear um container para vários clientes, porque cada produto vai ser diferente. O responsável vai encher um container inteiro com outras clientes que exportam a menos 8 graus”, relata Fellipe.

Cargas dry
No último dia 1º de setembro, em reunião do Sindialimentos com a Diretoria Comercial do Complexo do Pecém, foi levantado o questionamento acerca da modalidade LCL passar a ser adotada pelo Porto do Pecém.

Em nota, Raul Viana, Gerente de Negócios Portuários do Complexo do Pecém, explicou que há a oferta de frete LCL, mas apenas para “cargas dry”. “Os serviços de ovação dos contêineres ocorrem fora da área do Terminal Portuário e, ao serem entregues em nossa área, podem sofrer as eventuais fiscalizações dos órgãos competentes, para que fiquem devidamente liberados para embarque. Estes são serviços ofertados diretamente por agentes de carga em parceria com os armadores e transitários, que podem desenhar a logística adequada de acordo com a demanda de carga em cada região.” A nota também destaca que serão realizadas análises sobre a possibilidade de adoção do frete LCL.

Durante o ano de 2019, somente em frutas, o Porto do Pecém exportou mais de 151 mil toneladas, com os principais países sendo Estados Unidos (35%), Holanda (26%), Reino Unido (17%), Espanha (13%), Itália (5%) e Alemanha (2%). Até agosto de 2020, o valor foi de 62.768 toneladas. Na nota, Raul destaca que o Porto é referência no envio de contêineres reefer para os mercados citados.

Ampliação de negóciosPara Fellipe Calado, a chance de implantar a exportação fracionada no Porto do Pecém irá facilitar os primeiros contatos dos empresários cearenses com compradores internacionais. “Pequenos e médios empresários do agronegócio, agricultura ou pecuária, às vezes não começam a exportar. Até encontram compradores no exterior que têm interesse, mas eles primeiro pedem amostra, um ou dois pallets pra testar em uma rede de supermercado. Esses pequenos envios não têm saída, precisa de um envio fracionado.

Leia a matéria completa no site do Trends CE clicando aqui.
https://www.trendsce.com.br/negocios/exportacoes-de-cargas-fracionadas-abre-oportunidade-para-o-estado/

Fonte: TrendsCE em 29/09/2020

Hub aéreo do Ceará é diferencial do Estado na atração de investimentos

Hub aéreo do Ceará é diferencial do Estado na atração de investimentos

O setor de transporte aéreo consolida-se como uma grande contribuição para a economia cearense, facilitando o fluxo de pessoas, bens e capital. Quando o Aeroporto Internacional de Fortaleza passou a ser operado pela iniciativa privada, em janeiro de 2018, e, menos de cinco meses depois, foi implementado o hub aéreo capitaneado pela GOL, Air France e KLM, os holofotes do mercado se acenderam sobre o turismo. Afinal, só a Fraport Brasil, responsável pelo terminal aeroportuário, injetou R$ 1 bilhão na economia cearense. Quantia aplicada nas obras de modernização e ampliação do aeroporto.

Ao mesmo tempo, essas três companhias áreas renderam mais de 17 mil voos para o Estado apenas no primeiro ano. Consolidava-se, dessa forma, um novo vetor econômico capaz de atrair mais investimentos e colocar o Ceará em um patamar diferenciado no Norte e Nordeste do país.

E nem poderia ser diferente. O transporte aéreo gera inúmeros benefícios aos consumidores e à economia em geral. Vai além de conexões rápidas entre cidades e países. Estabelece pontes que permitem o fluxo econômico de bens, serviços, pessoas e ideias. Principais fatores impulsionadores do crescimento econômico. “Tomando como exemplo os 20 anos de operação da companhia aérea TAP no Ceará, cerca de 1.980 empresas foram abertas por portugueses no Estado, como consequência da ligação entre Lisboa e Fortaleza. Esse é o maior demonstrativo do que o transporte aéreo faz e pode fazer.

Atrai empresas de pequeno a grande porte e nos mais variados setores”, corrobora o secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho.

Impactos vão além do turismo. Na sua avaliação, com o desenvolvimento da operação da Air France, KLM e GOL, responsáveis diretas pela implementação do hub aéreo do Ceará, e ainda com a chegada posterior da Air Europa e demais companhias aéreas que estão por vir, setores como o agronegócio, a indústria da aviação, energias renováveis, comércio e serviços em geral devem atrair, a reboque do turismo, cada vez mais investimentos estrangeiros diretos para o Estado.

“Com mais voos, as pessoas passam a conhecer o Ceará e, consequentemente, descobrem as oportunidades de negócios que temos”, enfatiza Pinho.

Nesse contexto, dados da Secretaria de Turismo do Ceará (Setur CE) apontam que, em 2019, a movimentação de passageiros nacionais e internacionais chegou a aproximadamente 5,89 milhões de pessoas. Ou seja, 20% a mais se comparado ao registrado em 2017, ano anterior à criação do Hub Aéreo do Ceará.

Olhando mais especificamente para a movimentação internacional de passageiros, o acréscimo foi de 125%, totalizando 467 mil pessoas.

Leia a matéria completa no site do Trends CE

Ceará lidera ranking de competitividade entre estados do Norte e Nordeste

Ceará lidera ranking de competitividade entre estados do Norte e Nordeste

O Ranking de Competitividade dos Estados 2020, divulgado, na última quinta-feira (17), pelo Centro de Liderança Política (CLP) coloca o Ceará na liderança dos estados das regiões Norte e Nordeste. Levando em consideração todos os entes da Federação, o estado está em décimo lugar.

O estudo analisa 10 pilares estratégicos, com base em 73 indicadores que medem o nível de eficiência da gestão pública nas 27 unidades federativas. O Ceará ficou com nota geral 49,5, numa escala que vai de 0 a 100. O estado ficou acima da média nacional que é de 47,5. O principal destaque ficou no quesito Solidez Fiscal, onde conquistou o quarto lugar. Na edição do ano passado, o Ceará ficou na sexta posição.

A titular da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE), Fernanda Pacobahyba, atribui o desempenho à disciplina financeira do estado. “Nesse quesito solidez fiscal, nós conseguimos sair do sexto lugar, que obtivemos no ano passado, para o quarto lugar nacional e primeiro lugar do Nordeste. Isso nos deixa realmente muito felizes. O Estado do Ceará foi avaliado pelo seu índice de liquidez, de poupança corrente, de solvência fiscal, de resultado primário, mas, entre todos os indicadores desse pilar, destacamos a taxa de Investimento Público do Estado. Mais uma vez, o Ceará lidera os investimentos públicos nacionais em relação à sua Receita Corrente Líquida”, ressaltou.

O Ceará também conquistou bons resultados em Educação, Infraestrutura, Sustentabilidade Ambiental, Sustentabilidade Social, Eficiência na Máquina Pública e Inovação.

Acesse o site do ranking: http://www.rankingdecompetitividade.org.br/

Fonte: O Otimista em 18/09/2020

Área de condomínios logísticos salta 10% no CE e deve dobrar em dez anos

Área de condomínios logísticos salta 10% no CE e deve dobrar em dez anos

Com 204 mil m² no Estado, a área de empreendimentos de armazenagem para a indústria deve ganhar mais 360 mil m² nos próximos anos. Demanda tem crescido gradualmente com o fortalecimento do e-commerce

Utilizados para o armazenamento – seja da matéria prima ou do produto final – por vários segmentos do setor produtivo, os condomínios logísticos no Ceará estão ganhando mais espaço. Segundo maior da região Nordeste em área, esses empreendimentos somam 204 mil metros quadrados em todo o Estado, crescimento de 10,3% ou 21 mil metros quadrados (m²) ante os 183 mil metros observados no segundo trimestre de 2019, conforme levantamento da Colliers International, que presta serviço de inteligência imobiliária para a Associação Brasileira de Logística (Abralog). Em até dez anos, o número deve mais que dobrar, com o incremento de 360 mil m².

A avaliação é do diretor comercial da entidade, Abiner Oliveira. De acordo com ele, já nos próximos meses, a área de condomínios logísticos no Ceará deve receber um incremento de 20 mil metros quadrados. “O mercado do Ceará possui em projeto cerca de 360 mil m², que poderão ingressar no mercado ao longo dos próximos cinco a dez anos”, detalha Oliveira.

O avanço é impulsionado pela alta no consumo e tem uma participação importante do crescimento do e-commerce no primeiro semestre de 2020 com o isolamento social e consequente interrupção das atividades presenciais do varejo. “Quanto mais consumo, maior é a necessidade de armazenagem de produtos. Com a pandemia, o e-commerce está demandando muito espaço em galpões logísticos em todas as capitais, não é diferente em Fortaleza”, pontua o diretor comercial.

De acordo com a pesquisa da Colliers International, o mercado do Ceará apresenta uma taxa de vacância de 10% (relação entre a área disponível e a área total) e o preço pedido médio de R$ 14,95/m².

O levantamento mostra ainda que o Ceará ocupa a nona posição no ranking nacional quando se trata de condomínios logísticos. A liderança da lista é ocupada por São Paulo (9,72 milhões/m²); Rio de Janeiro (1,89 milhões/m²) e Pernambuco (1,02 milhões/m²) – este último líder do Nordeste e com uma área cinco vezes maior que a do Ceará.

Gargalos

Apesar do potencial para o fortalecimento do setor, o coordenador do Núcleo de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Heitor Studart, destaca que o Ceará esbarra no gargalo da infraestrutura das rodovias, o que acaba deixando o Estado bem atrás do vizinho Pernambuco. “O Ceará ainda está iniciando, incipiente. O mercado é totalmente promissor e vem se desenvolvendo de forma agressiva. Não tenha dúvidas de que essa crise do coronavírus veio para acelerar esse crescimento”, diz.

“Ter uma malha rodoviária em bom estado é uma condição fundamental para o desenvolvimento da operação logística e nós infelizmente estamos em dívida com isso. Talvez a expansão em anos passados não tenha sido maior em função do estado do Anel Viário, que há 10 anos está sendo feito e tem atrasado esse crescimento”, lamenta Studart, lembrando ainda do atraso da ferrovia Transnordestina.

“Nós temos projetado oito polos intermodais ao longo da estrutura da Transnordestina, com entroncamento ligando às grandes rodovias. Esse entorno dos polos intermodais favorece grandemente o assentamento de condomínios logísticos, reforçando o desenvolvimento desses empreendimentos”, explica ainda Heitor Studart.

Atualmente, estão em operação no Estado quatro empresas desenvolvedoras de condomínios logísticos, com empreendimentos que se concentram em Fortaleza e Região Metropolitana. Studart avalia, porém, que há potencial para o desenvolvimento do setor em outras regiões, a exemplo do Chapada do Apodi, destacando o agronegócio nessa área, Cariri, Sobral e Quixadá.

Uma dessas empresas é a LOG, que opera no Ceará há quase cinco anos. A companhia opera na Capital com um condomínio logístico de aproximadamente 111 mil metros quadrados e se prepara para terminar a construção de mais 54 mil metros quadrados, investimento de R$ 80 milhões. O diretor comercial da empresa, Guilherme Trotta, avalia que o Ceará representa um importante mercado e que Fortaleza se destaca por figurar entre os grandes centros urbanos do País.

“Temos 100% de ocupação e muita procura por nossas áreas. Antes da pandemia, já tínhamos mapeado a necessidade do segundo empreendimento”, afirma Trotta. Com o crescimento do e-commerce, a certeza sobre o investimento se fortaleceu: durante a pandemia, houve alta de 40% nas locações dos galpões da LOG no Estado. Do total de clientes alocados nas instalações da LOG, 50% correspondem a empresas do e-commerce.

“O Ceará é um dos primeiros estados onde a gente começa a segunda leva de parques logísticos no País”, arremata o diretor comercial.

Fonte: Diário do Nordeste em 22/09/2020

Demanda por tecnologia: o crescimento de startups no Ceará em 2020

Demanda por tecnologia: o crescimento de startups no Ceará em 2020

Com o crescimento da demanda por serviços digitais, startups cearenses se desenvolveram durante o período de pandemia. Em um período no qual o acesso a tecnologias se expandiu com demandas tanto do público quanto de empresas, o segmento de startups, que por tradição já atua com o desenvolvimento de inovações, precisou se atualizar para dar conta de todas as solicitações.

No Ceará, estado que conta com 187 startups, de acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o contexto não foi diferente, com empresas ampliando e até surgindo em meio a pandemia do novo coronavírus. Sobre o ecossistema cearense do segmento, Delano Macêdo, conselheiro do Ninna Hub, equipamento para aceleração e incentivo de startups, define que o Estado está em processo de estruturação.

Em comparação com outros estados do Nordeste, como Bahia e Pernambuco, o Ceará demorou alguns anos para começar de fato a olhar o segmento com atenção, avalia Delano. Contudo, a presença de universidades e escolas técnicas no interior do Estado serão responsáveis por estimular ainda mais o surgimento de profissionais para o setor.

Entre as possibilidades de setores de atuação, o conselheiro destaca a saúde como um potencial, citando como exemplo a presença da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Distrito de Inovação em Saúde do Eusébio, além dos projetos para a região do Porangabussu, que também abrigará um Distrito. ”Há previsão de programas de startup em saúde para lá. Acho que logística é outra área (de destaque), considerando a posição equidistante do Estado no Nordeste.

Tem vários centros de distribuição de empresas grandes que estão se instalando no Ceará”.

Ainda sobre os principais setores no Ceará, Marília Diniz, analista do Sebrae-CE comenta que observa “muita força na área da educação, agronegócio, turismo e saúde. Iniciativas estão rodando bem em todos os setores, na área de energia solar está acontecendo, também tem o pessoal trabalhando com Inteligência Artificial (IA). Várias tecnologias de robotização, games”, elenca.

Em estudo intitulado “Mapeamento de Comunidades Emergentes Região Nordeste 2019”, a ABStartups informou que os segmentos de Educação (15%), Saúde e Bem estar (10,6%), Varejo/Atacado (10,6%), Comunicação e Marketing (6%) e Big Data (6%) são os líderes em atuação no Ceará.

O programa StartupCE, realizado pelo Sebrae-CE, é uma das estratégias para incentivar o ambiente no Estado, com a pré-aceleração de iniciativas selecionadas. Marília comenta que a expectativa para o quarto ciclo do projeto, que já beneficiou 70 startups, abra inscrições no mês de setembro. Ainda não há mais detalhes sobre a nova edição do programa. Marília também reforça que os padrões de averiguação de uma startup, com a hipótese, o problema, a validação da hipótese e teste, aproximam o setor do método científico.

Dessa forma, potenciais erros no desenvolvimento ou foco da empresa acabam sendo modificados mais rapidamente, evitando perdas expressivas de investimento.

Ninna Hub
Com foco em ser um espaço para incentivar startups de diferentes segmentos no Ceará, o Ninna Hub, lançado em dezembro de 2019, reúne seis empresas em sua sede. Por conta do período de pandemia, um novo edital para a chegada de novas startups foi adiado. “Íamos lançar edital antes da pandemia, mas veio o lockdown, não fazia sentido fazer se o prédio não estava vivo.

Agora, estamos reabrindo a ideia do edital”, conta Delano Macêdo, ainda sem definir a data oficial para a chegada de novas iniciativas. O espaço possui capacidade para até 20 startups. Atualmente, o Ninna conta com cinco mantenedores. Ou seja, empresas que pagam uma mensalidade fixa, com contrato de um ano, e têm acesso às startups inseridas dentro do hub para estudarem inovações que se apliquem a cada necessidade. De acordo com Delano Macêdo, três deles foram conquistados durante o período de pandemia. Para os próximos meses, o hub pretende angariar novos mantenedores, com o desenvolvimento de programas de inovação mais curtos, com duração de até dois meses.

Para além do contato com empresas privadas, o hub se aproxima da academia, com a presença de uma unidade Centro de Empreendedorismo (CEMP) da Universidade Federal do Ceará (UFC) nas instalações do Ninna.

Em contrapartida, o hub contará com um espaço dentro da sede do CEMP, localizado no Campus do Pici. A estratégia é uma forma de fazer com que os estudantes tenham mais facilidade de apresentarem seus projetos e incentivar o ambiente de inovação.

Chatbot Maker
A mudança de foco e escopo faz parte do processo de desenvolvimento de uma startup. No caso da Chatbot Maker, criada em 2017 pelos amigos Thiago Amarante, CEO e CTO da empresa, e Marlos Távora, COO, o objetivo se manteve o mesmo: auxiliar o atendimento e relacionamento de empresas com os clientes de forma automatizada. Com experiência adquirida em três startups anteriores, o aporte de um investidor anjo foi um dos primeiros passos para o surgimento da Chatbot Maker.

A tecnologia de chatbot permite, por meio de um aplicativo de mensagens, que as empresas tenham uma IA para responder às solicitações de forma automática, sem a necessidade de um operador humano no processo. “(Em 2017) Vendíamos um produto que as empresas ainda não entendiam o que podia fazer com ela. Whatsapp ainda engatinhava no Brasil a ponto das empresas entenderem que elas poderiam fazer atendimentos nesses canais”, conta Thiago. No último trimestre, a Chatbot Maker cresceu 500% em número de clientes, saindo de 23 para 150, com 1,5 milhão de usuários interagindo com os clientes.

Hoje, a empresa conta com 13 pessoas na equipe. “Nós começamos como um serviço de consultoria, depois fomos para um serviço de construção de chatbot, depois fomos para um modelo mais de serviço, com mistura de construção com consultoria e, por último, agora um produto mais caixinha”, detalha Thiago. O CEO se refere a Suri, uma IA já automatizada, disponível nos canais de atendimento dos clientes, como Whatsapp, Messenger (Facebook) e o próprio portal da empresa. Dessa forma, a implantação do sistema é mais rápida e menos onerosa para o cliente, que paga uma mensalidade pelo serviço. Para os próximos passos da empresa, Thiago explica que está sendo preparada a tese de investimento, pois uma rodada de investimentos é prevista para o próximo trimestre. Também há planos para o desenvolvimento de um ticket de valor mais baixo, voltado para empresas de menor porte, como forma de ampliar o escopo de atuação da startup.

Mercadapp
Durante o período da pandemia, com a necessidade da população de ficar em casa e reduzir aglomerações, o uso de aplicativos para realizar compras em supermercados foi um dos segmentos que se desenvolveu em 2020. Fundada em 2016, a startup Mercadapp já possuía expertise no setor, mas o crescimento da demanda de clientes representou um novo desafio para a empresa. Durante o mês de março, a média de crescimento de vendas pelo aplicativo foi de 400%. Somente neste ano, mais de 50 milhões de reais já foram movimentados na plataforma.

De acordo com o CEO Gabriel Gurgueira, a equipe cresceu durante o período de pandemia, passando de 16 para 41 pessoas. “Como a gente tem uma solução que ganha senso de urgência nesse momento, acabamos tendo um crescimento considerável, que ampliou as margens de crescimento que a gente vinha tendo a cada ano. Nosso desafio foi justamente crescer de forma saudável num escopo tão rápido e como conseguir atender toda a demanda que nos foi deslocada. E conseguimos fazer todos os movimentos adequados, crescer bem no período, estabelecer boas relações”, explica.

O CEO destaca que um dos diferenciais da Mercadapp é já possuir uma base com mais de 150 mil produtos pronta para os novos clientes, o que reduz a necessidade de realizar novos cadastros. “E a gente ‘pluga’ também a assessoria, que já está embutida na nossa solução completa. Além da tecnologia, tem um assessor que vai estudar o caso do lojista, os resultados, vai sentar com ele ao menos uma vez ao mês, traçar plano, metas, definir quais campanhas podem ser executadas, já entendendo quais campanhas trazem melhores resultados. Indica em um benchmarking como ele está performando em relação a supermercados que temos na nossa base de porte semelhante, isso sem ferir a confiabilidade de nada.

”Com presença em 150 supermercados em 20 estados brasileiros, a meta da empresa para o primeiro trimestre de 2021 é chegar a 200 clientes, com cobertura em todo o território nacional. “A gente observa que houve uma aceleração na maturidade da venda online no Brasil, que Covid infelizmente disparou. Nossa tarefa é ajudar isso da melhor forma, fazendo com que seja mais produtivo pro lojista”, comenta Gabriel.

Logaroo
Criada em maio de 2020, durante o período de pandemia, a startup Logaroo trabalha na perspectiva de ser uma nova atuante no segmento de delivery. Samuel Batista, diretor de tecnologia da empresa, explica que a experiência para entrar no setor veio com o segmento de dark kitchens (restaurantes com funcionamento exclusivo via delivery), no qual os desenvolvedores da Logaroo estavam inseridos desde 2018.“Nascemos dentro de uma operação de dark kitchens, o Delivery Mall. Então, nossa operação já era mais do que desejadas por estes primeiros clientes de nossa operação.

Como estes clientes também possuem outros negócios em outras localizações, nosso serviço acaba sendo bastante recomendado justamente por sanar uma dor que é bastante recorrente dentre os operadores de dark kitchens: a entrega dos pedidos”, comenta Samuel. Apesar do setor ter uma concorrência bem estabelecida, a startup já conseguiu resultados relevantes, com 60 mil entregas realizadas em 50 bairros de Fortaleza, movimentando mais de R$ 2,6 milhões.

“Nos diferenciamos dos grandes players que também oferecem a logística pelo fato de garantirmos a disponibilidade de agentes de entrega para atender a alta demanda nos mais diferentes horários, já que as operações de dark kitchens onde operamos já garantem aos entregadores uma grande oferta de entregas. Dessa forma, alcançamos uma eficiência logística que traz ótimas avaliações aos restaurantes atendidos.

”Nos próximos meses, a startup tem como foco ampliar a equipe operacional, além de viabilizar atuações em outros estados do nordeste.

Fonte: TrendsCE em 14/09/2020

Ceará inicia em outubro embarque de melão para China

Ceará inicia em outubro embarque de melão para China

Produtores já discutem com armadores como será a logística para a primeira viagem, que pode durar até 35 dias. Expectativa é que mercado chinês motive a duplicação da área plantada atual

O Ceará se prepara para dar o maior salto em exportações de frutas nos últimos anos. Até o fim de outubro, produtores locais farão o primeiro teste para enviar melão para a China. Em uma logística que ainda está sendo concluída, a viagem estimada é de 30 a 35 dias e levará seis contêineres do produto para o país asiático. O setor está otimista com a empreitada. Se o resultado for positivo, a expectativa, com o novo mercado, é dobrar a produção local, levar o Ceará ser o maior produtor de melão no país e ampliar a oferta de empregos no campo e nas indústrias do agronegócio.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Agronegócio, José Amílcar Silveira, o primeiro embarque de melão para a China deve acontecer dia 23 ou 26 de outubro. O evento deve contar com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina. Os seis contêineres sairão do Porto do Pecém em direção ao Porto de Santos, principal equipamento do tipo no país e maior complexo portuário da América Latina. “É um negócio fantástico. Se a gente conseguir, nossa produção de melão vai dobrar”, antecipa Amílcar.

Segundo ele, a China tem 440 mil hectares plantados de melão. Contudo, a produção não é regular ao longo do ano por conta do período chuvoso, que prejudica o plantio. Já no Brasil, são 20 mil hectares cultivados com melão, sendo 15 mil no Ceará e 5.000 no Rio Grande do Norte, onde as chuvas se restringem a cerca de três meses por ano e não são regulares. Silveira acredita que, efetivada a ponte com o mercado chinês, 20 mil hectares a mais sejam plantados no país, dobrando a capacidade atual, sendo 5.000 novos hectares somente no Ceará e em curto prazo.

Hoje a maioria do produto exportado do Ceará vai para a Europa. Somente um produtor embarca para o continente 300 contêineres por semana. Amílcar Silveira informa que, durante esses meses de pandemia, todos os contratos foram reativados e com procura maior, uma vez que a produção caiu em alguns países. “Com o dólar mais alto, naturalmente vamos ter uma receita maior”, diz, destacando que a expectativa é aumentar em 30% a receita da exportação de frutas em 2020, independente do negócio com a China.

Este ano, em relação à água, Amílcar Silveira afirma que a situação é confortável, devido às chuvas, à efetivação da transposição de águas do Rio São Francisco e ao aporte acumulado no açude Castanhão. Contudo, ele informa que o maior limitador da produção agropecuária local é exatamente a água. “É nosso gargalo, porque não temos grandes rios e o custo para trazer água do São Francisco é caro. Se a água do São Francisco fosse para Fortaleza e o Castanhão abastecesse a agricultura, seria o ideal. Para a pecuária, inclusive, é melhor que chova menos. Se tiver água, não precisamos de chuva. O que falta é reúso, melhorar a eficiência no abastecimento e distribuição, diminuir o desperdício. Só precisa ser eficiente. Hoje o desperdício é de 48%. Se fosse 25%, nós teríamos o equivalente a duas usinas de dessalinização”, explica Silveira.

Segundo o secretário executivo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Sílvio Carlos Ribeiro, em anos anteriores, a exemplo de 2019, os produtores exportavam de 100 a 150 contêineres em uma semana. Neste ano, são 250 a 300. “E ainda tem a questão do Oriente Médio e, em outubro, o grande desafio que é a China. Já temos permissão para exportar para lá, mas ainda não tem a logística definida. Os produtores já vão discutir com armadores para fazermos o teste. O problema é o tempo. Da fazenda até a Europa são 10, 12 dias até chegar ao consumidor. Na China, são 30 a 35 dias. Vamos avaliar a qualidade do melão quando chegar lá, a logística, o tempo. Dando certo, vai ser uma reviravolta no mercado”, aposta. Para Sílvio Carlos, a logística para a China sendo positiva, o negócio “vai mudar completamente o mercado, porque o consumo é muito alto. O mundo árabe também comprou bastante ano passado, há muitos países interessados, os Emirados Árabes, a Arábia Saudita”, complementa.

Fonte: O Otimista em 19.09.2020