Maior navio a atracar no Estado chega ao Pecém para embarcar frutas

Maior navio a atracar no Estado chega ao Pecém para embarcar frutas

Embarcação aporta hoje para levar carregamento à Europa. Produtores de melão estimam um crescimento de pelo menos 10% das exportações da fruta neste ano, puxado pela queda da produção no exterior e pela alta do dólar

Porto do Pecém recebe, neste sábado (29), o maior navio a atracar em um porto cearense. Com 330 metros de comprimento e 48 metros de largura, o MSC Shuba B, receberá contêineres carregados de frutas para exportação.

Mesmo diante da crise global, provocada pelo novo coronavírus, a expectativa é que as exportações de frutas apresentem um crescimento em torno de 10% neste ano, puxado, dentre outros fatores, pela queda da produção de melão na Europa e pela alta do dólar, que deixou o produto brasileiro mais competitivo no exterior.

“Tenho conversado com produtores e essa expectativa de 10% eu acho modesta. Acredito que será mais, porque o início desta safra já está superando as expectativas, o que é um indicativo que pode aumentar bastante esse volume”, diz Sílvio Carlos, secretário executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet).

No primeiro semestre, as exportações de melão, principal fruta voltada ao comércio exterior, cresceram 135%, somando US$ 14,1 milhões. Em igual período do ano passado, o Ceará havia exportado US$ 6 milhões.

Logo após o início da quarentena, em abril, havia preocupação no setor com relação aos contratos de compra da safra deste ano. Mas, segundo Luiz Roberto Barcelos, diretor institucional da Associação das Empresas Produtoras Exportadoras de Frutas e Derivados (Abrafrutas), as encomendas da Europa acabaram surpreendendo e superando a programação de cultivo.

As expectativas estão mudando muito. Há uns dois meses a gente estava bem negativo. Agora está mais positivo, principalmente, porque o câmbio está favorável”.

Barcelos, que também é sócio e diretor de produção da Agrícola Famosa, maior exportadora de frutas do País, diz que devido ao novo coronavírus, a Espanha, principal produtor europeu de melão, enfrentou dificuldade para contratação de mão-de-obra, o que acabou pressionando os custos de produção e aumentando a demanda pelo produto brasileiro.

“Eles tiveram problema para contratar os imigrantes, com isso, diminuíram consideravelmente a produção local”.

A Agrícola Famosa, que tem cerca de 9 mil hectares cultivados, espera exportar em torno de 150 mil toneladas neste ano, um incremento de pouco mais de 10% em relação ao volume registrado no ano passado (135 mil toneladas).

Movimentação

Em 2019, o Porto do Pecém movimentou 11.578 contêineres (TEUs), volume 42% superior ao de 2018. Segundo Raul Viana, gerente de Negócios Portuários do Complexo do Pecém, o crescimento foi impulsionado pelo setor da fruticultura nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, além do Ceará.

De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de janeiro a junho de 2020, o Ceará foi 11º Estado em exportações, com o embarque de 2 milhões de toneladas, das quais 1,5 milhões foram enviadas pelo Porto do Pecém.

Produção nordestina

Diante dos resultados iniciais desta safra, Raul Viana diz que a expectativa é de que haja um crescimento de pelo menos 30% com relação aos volumes de 2019. “E esse crescimento se deve também ao fortalecimento da fruticultura, principalmente, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Pernambuco”, destaca. “Juntos, esses estados produzem para países como Estados Unidos, Holanda, Reino Unido e Espanha, que são hoje os que mais recebem as frutas exportadas através do Porto do Pecém”, diz.

Além de escoar as frutas produzidas no Ceará, o Porto do Pecém vem sendo a principal porta de saída para as frutas produzidas na região do Vale do Rio São Francisco, sobretudo uvas e mangas. Em 2019, o porto cearense foi responsável por 38% das exportações dos produtores da região, enquanto o porto de Salvador escoou 31% e o de Natal, 21%, segundo dados da Associação dos Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport).

“O Pecém apresenta um custo operacional menor do que os demais e um trâmite mais rápido”, diz Tássio Lustoza, gerente-executivo da Valexport. Essas vantagens acabam compensando os custos logísticos decorrentes da maior distância do porto cearense em relação ao de Salvador.

De acordo com Tássio, a expectativa dos produtores do Vale do São Francisco é atingir, neste ano, o mesmo patamar de produção de 2019, quando a região registrou recorde de exportação. “A gente entende que está pegando a retomada, pós-pandemia, em um bom momento”.

Novas rotas

Para este ano, o Ceará deverá iniciar as exportações para a China. Mesmo que ainda em pequenos volumes, a expectativa é de que haja um grande potencial a ser explorado no mercado asiático nos próximos anos. “Acredito que a partir de outubro deve sair alguma coisa (para a China). O volume será pequeno, mas o potencial é grande”, diz Barcelos. Ele diz ainda que o volume enviado para o Oriente Médio também deverá crescer.

Segundo Viana, o envio de melão para o mercado chinês poderia “facilmente” triplicar os atuais volumes de exportação da fruta via Pecém. “Contudo, é necessário criar uma solução logística que atenda o ‘shelf-life’ (tempo de prateleira), uma vez que é uma carga perecível e não suportaria uma viagem de 40 dias somente na parte do transporte marítimo. É necessário que todos da cadeia logística se juntem para que seja desenvolvida uma solução para o atendimento deste mercado”.

Além das linhas que já ligavam o Porto do Pecém aos Estados Unidos e ao norte da Europa, em agosto do ano passado, o porto cearense começou a operar um nova linha ao continente europeu com direção a portos no Mediterrâneo, como Valência (9 dias de viagem) e Barcelona (11 dias), na Espanha, e Gênova (13 dias), na Itália. Esse novo serviço, operado pela Mediterranean Shipping Company (MSC), permitiu a conexão dos contêineres de frutas a países do Oriente Médio, a partir de Valência.

Fonte: Diário do Nordeste em 29.08.2020

Agronegócio bate recordes e amplia mercado apesar de pandemia de Covid

Agronegócio bate recordes e amplia mercado apesar da pandemia de Covid

A pandemia do novo coronavírus, que tem provocado estragos na economia global, não impediu que o agronegócio brasileiro batesse recordes de exportação e ganhasse mercado neste ano.

Ao contrário, o setor diz que o surgimento da Covid-19 e suas consequências fizeram com que o mundo desse mais valor à alimentação e à produção nacional, cuja renda foi potencializada pelo câmbio favorável. É o que tem ocorrido em setores como os de proteína animal, soja, milho e café, que têm obtido excelentes desempenhos no mercado externo, inclusive batendo recordes.

Apesar de os PIBs dos Estados Unidos, da China e da zona do euro terem sofrido em virtude dos reflexos da pandemia, as exportações brasileiras têm ido bem. A carne de frango, por exemplo, cresceu 1,7% em volume no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2019.

Nos EUA, a economia sofreu queda de 9,5% no segundo trimestre, a maior da história, e já tinha caído 4,8% nos primeiros três meses do ano. A China, primeiro foco do coronavírus, teve a maior queda no primeiro trimestre, de 9,8%, mas cresceu 3,2% no seguinte.

A produção brasileira de carne de frango deverá crescer até 4% em 2020, atingindo 13,7 milhões de toneladas, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), enquanto as exportações podem avançar um pouco mais, 5%, alcançando 4,45 milhões de toneladas —quase um terço do total.

No primeiro semestre, a Ásia respondeu por 40,7% dos embarques.

Já a carne suína deve ter alta na produção de até 6,5% em comparação com 2019, com exportações crescendo até 33%. Se a produção se confirmar, atingirá 4,25 milhões de toneladas, alcançando pela primeira vez 1 milhão de toneladas exportadas.

“Talvez a Covid-19 tenha despertado para duas realidades, a importância da família e da comida. São coisas que corriam automaticamente, mas, no momento de dificuldade como agora, reforçaram-se as relações familiares e de amizade e, também, da comida”, afirmou Ricardo Santin,
diretor-executivo da ABPA.

Apesar dos avanços, ele disse que a alta nos preços de insumos e do “custo Covid” impactam o setor, mas não o suficiente para frear o crescimento. “O preço do milho subiu 50%, do farelo de soja 25%, e o custo Covid é muito importante. Significativo, mas não tem importância frente ao resultado que estamos conseguindo. As empresas estão enfrentando como necessidade para chegar ao objetivo e girar. Isso tem sido sucesso.”

Só em junho, as exportações de carne suína chegaram a 96,1 mil toneladas, 50,4% mais que o volume embarcado no mesmo mês em 2019 —63,9 mil toneladas. A receita em junho foi 43,4% superior à de igual período no ano passado e chegou a US$ 198 milhões.

Já no setor de grãos as exportações de soja devem subir 8% neste ano, com 79 milhões de toneladas, ante as 73,44 milhões do ano passado, conforme estimativa da consultoria Datagro.

“Graças a Deus as exportações estão indo bem, a perspectiva agora é de melhora de preço. Apesar de o preço ter subido em reais, em dólares, moeda que baliza a maior parte dos gastos, estamos em patamares de 2014/2015”, afirmou Lucas Beber, diretor-administrativo da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso) e produtor rural em Nova Mutum (MT).

A desvalorização do real, afirma ele, é um impulso que o produtor precisava.

Passaram pelo corredor de exportação do Porto de Paranaguá (PR) 13 milhões de toneladas de grãos e farelos de janeiro a julho, 10% a mais que em igual período de 2019. A soja representa mais de 97% do total.

O Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná aponta que 91% da produção de soja do estado já foi vendida.

No total, a colheita foi de cerca de 20,7 milhões de toneladas, 28% a mais do que o produzido no ano passado.

“A maior produção, a preferência dos compradores chineses pela soja brasileira em detrimento à soja americana, e principalmente a relação cambial favorável às exportações, impulsionaram as vendas”, aponta relatório do economista Marcelo Garrido Moreira sobre a comercialização acelerada
em relação à safra anterior.

Para o produtor José Paulo Cairoli, da Reconquista Agropecuária, de Alegrete (RS), a briga entre EUA e China dá ao Brasil a chance de vender ainda mais para o país asiático.

Mesmo que os insumos para a próxima safra custem mais, por causa do dólar, a valorização da soja compensará o investimento, segundo ele. Na última terça (4), o preço da saca chegou a R$ 127 no Porto de Rio Grande, no sul do estado. Acima de R$ 100, mesmo com os custos, a rentabilidade é boa”, diz Cairoli.

Para o segundo semestre, a expectativa de escoamento em Paranaguá gira em torno da demanda externa por milho, apesar de a estiagem no Sul ter comprometido a safra. Só no Paraná, a queda é de 14% em relação à colheita anterior, mas há lavouras com perdas de 40%, segundo a Abramilho (associação de produtores).

Outro produto que tem saltado aos olhos dos chineses é a celulose. Num carregamento que durou três dias na última semana, Paranaguá embarcou 45.758 toneladas do produto, a segunda maior quantidade do item movimentada no complexo, todas com destino ao país asiático.

O café, no ano-safra 2019/20, encerrado em junho, alcançou o segundo recorde histórico de exportações, segundo dados do Cecafé (conselho dos exportadores), com 40 milhões de sacas.
Produtores projetam mais uma safra positiva agora, segundo o pesquisador Renato Garcia Ribeiro, do Cepea, da Esalq/USP.

“Exportar esse patamar numa produção total de 59 milhões de sacas é muito bom. E a safra passada foi teoricamente de bienalidade baixa, ou seja, o reflexo foi bastante positivo”, disse.

Conforme ele, o mercado antecipou muitos contratos nos meses de março, abril e maio, devido à pandemia, e as exportações seguem um ritmo forte.

“O cafeicultor não pode reclamar do volume embarcado. Os preços andaram caindo, mas se recuperaram e foram impulsionados pelo câmbio.”

Fonte: Portos e Navios em 09.08.2020

Projeto de incentivo à cabotagem só aguarda assinatura de Bolsonaro para envio

Projeto de incentivo à cabotagem só aguarda assinatura de Bolsonaro para envio

Com o programa, o governo quer ampliar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos, excluindo as embarcações dedicadas ao transporte de petróleo e derivados

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, sinalizou nesta quarta-feira (5), que o projeto de lei que institui o programa de incentivo à cabotagem (navegação entre portos brasileiros), conhecido como ‘BR do Mar’, deve ser enviado nos próximos dias ao Congresso. Agora, o texto aguarda a assinatura do presidente Jair Bolsonaro. “Nós vamos mandar para o Congresso agora. O presidente Bolsonaro vai assinar”, disse o ministro.

O objetivo do ‘BR do Mar’ é de aumentar a oferta da cabotagem, com maior frota e redução de custos no segmento. A apresentação do PL é prometida desde o ano passado, mas debates internos sobre o texto e a pandemia, no entanto, acabaram atrasando a entrega.

“Com o programa, o governo quer ampliar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos, excluindo as embarcações dedicadas ao transporte de petróleo e derivados”

Em março, o projeto vai sugerir dois modelos de afretamento de embarcações. O governo quer flexibilizar o uso de embarcações de fora mantendo a bandeira estrangeira, o que resulta em menores custos para a operação (afretamento a tempo). Mas, para isso, as empresas precisarão ter lastro em frota própria.

As empresas também poderão afretar a tempo em caso de substituição de embarcações em construção ou manutenção, ou nas operações em que não existe determinada rota, carga ou porto, por exemplo.

Na segunda opção de negócio, a empresa poderá afretar embarcações sem ter frota própria, mas nesses casos os navios precisarão atuar sob bandeira brasileira, o que significa um custo operacional maior para o negócio (afretamento a casco nu).

Ao chegar no Congresso, o projeto terá um concorrente. A senadora e ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu (PP-TO) apresentou em junho um PL que estipula novas regras para o setor e sugere um cenário diferente para o afretamento de embarcação estrangeira em comparação aos planos do governo.

Freitas afirmou recentemente que a proposta da senadora sugere uma abertura “mais radical” da que a pensada pela pasta no BR do Mar. Para ele, no entanto, a proposição irá ajudar no debate do incentivo à cabotagem.

Fonte: Diário do Nordeste em 05.08.2020

Pecém: de um sonho a uma política de Estado

Pecém: de um sonho a uma política de Estado

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém é um projeto que representa o melhor dos planos públicos estaduais de longo prazo dos últimos 30 anos, iniciado nos governos Fernando Henrique e Tasso e aprimorado nos governos federais e estaduais posteriores.

Apesar de o porto ter-se tornado a parte mais visível do complexo – certamente por ter sido a sua primeira grande obra – ele foi concebido para ser a principal infraestrutura de suporte que integrasse um complexo industrial liderado por duas indústrias de base: a refinaria e a siderúrgica, que precisariam de um terminal marítimo para trazer matéria prima e escoar a sua produção. O atual Secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, conhece bem esse sonho de todos os cearenses, pois o acompanha atento desde aquela época. Foi a falta inicial dessas duas indústrias que acabou tornando o porto o principal destaque do complexo e alterando, positivamente, o seu protagonismo.

“Se o Porto e a infraestrutura que deram identidade ao polígono do Complexo foram a grande contribuição pública para o Pecém aparecer no mapa, a siderúrgica que veio cerca de 10 anos depois foi a grande contribuição privada.”

Entretanto, mesmo nesse projeto, o apoio público federal e estadual foi determinante por conta do seu funcionamento dentro de uma Zona de Processamento se Exportações – ZPE, que não estava nos planos iniciais do complexo – mas foi fundamental para que a conta de investimento e produção vingassem face a simplificação e desoneração fiscal típicas dessas áreas voltadas para o mercado externo – e foi uma grande conquista nos governos Cid e Lula e posteriormente a sua ampliação nos governos Camilo e Dilma.

O desenvolvimento do mercado de geração de energia também foi relevante para aumentar o número de empresas na região que passou a abrigar um complexo de geração de energia liderados pela EDP e Eneva. As termoelétricas instaladas no Pecém, que também não estavam nos planos iniciais, compõem o elo forte industrial na região e, em conjunto com as fontes de energia renováveis em outras regiões do estado, tornaram o Ceará um importante gerador de energia na região Nordeste.

Por sua vez, o anel viário, que forma o corredor de desenvolvimento desde o Porto do Mucuripe até o Porto do Pecém (com as principais indústrias do estado no percurso, algumas delas instaladas no Distrito Industrial de Maracanaú) encerra a infraestrutura rodoviária vital do complexo e que está avançando, apesar de ainda não ter sido totalmente concluído.

“Dos planos originais, ainda falta assegurar que duas importantes decisões saiam do papel.”

Primeiro a refinaria e, associado a ela, o terminal de combustíveis claros (pelo menos esse, se a refinaria não for mais viável) que permita desenvolver essa indústria hoje sufocada no Mucuripe e vital para abastecer o mercado local, mas também para fazer do Ceará um entreposto regional de combustíveis e competir com Suape e Itaqui.

Também não foi concluída a ferrovia, essa, de longe, a mais importante infraestrutura ausente. O Porto do Pecém tem expandido suas operações e ampliado suas conexões com outros portos no mundo e procurado se posicionar como alternativa de escoamento de produção da hinterlândia. Entretanto, a ferrovia que conectará o Pecém a outros mercados produtores no Nordeste não consegue sair do papel, atrasa o desenvolvimento do Ceará e a consolidação da região metropolitana de Fortaleza, onde está incluído o Complexo do Pecém nos municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante, como a maior área de influência regional do nordeste apontada pelo IBGE.

Hoje, 18 anos após ter sido inaugurado, passado pelas mãos de vários governos, o Pecém responde por mais de 50% das exportações e importações do Ceará e, ao atrair Rotterdam e ter adotado uma estrutura de governança única para todo o complexo, caminha para se tornar um dos mais competitivos polos econômicos da região Nordeste. É o sonho que uma política de estado fez realidade.

* Advogado, sócio da firma APSV Advogados e vice-presidente nordeste da Federação das Câmaras Brasileira de Câmaras de Comércio Exterior

Fonte: TrendsCE em 05.08.2020

Novo berço de atracação começa a operar no Porto do Pecém

Novo berço de atracação começa a operar no Porto do Pecém

Na ocasião também foi realizada a primeira operação simultânea de dois berços; o feito representa elevação de 300m na capacidade operacional do terminal.

O berço 10, nova plataforma de atracação do Porto do Pecém, tem capacidade para receber navios de até 330 metros de comprimento, com calado de até 15,30 metros. O local está operando desde a tarde do último sábado, quando o navio Log-In Polaris desatracou, se tornando a primeira embarcação a utilizar as instalações do berço 10 – localizado no Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT).

A ocasião também marcou a primeira operação simultânea de dois berços do porto. Os berços 10 e 9, onde já estava atracado o navio Hayling Island.

“O resultado gerado pela atracação simultânea nos berços 9 e 10 enche nosso time de orgulho, uma grande emoção ver mais essa etapa do Porto do Pecém. Elevamos nossa capacidade operacional e agora podemos receber até 10 navios simultaneamente”, afirma o diretor executivo de operações do Complexo do Pecém, Waldir Sampaio
.
A operação simultânea nos dois berços foi realizada novamente no domingo, com a chegada do navio Maersk Karachi no berço 10. Em ambas as operações de movimentação de contêineres foram utilizados super guindastes operados pela APM Terminals.

Há apenas dois guindastes do tipo STS (Ship to Shore) em operação no Estado do Ceará. Cada um desses dois gigantes possui 87 metros de altura em relação ao solo, além de conseguirem içar até 100 toneladas no modo gancho e 65 toneladas no modo contêiner.

Esses guindastes são compatíveis para operar os maiores navios de contêineres em operação no mundo e estão hoje entre os maiores equipamentos desse tipo na América Latina.

“O novo berço 10 traz uma capacidade adicional de 300m, colocando Pecém dentro de um seleto grupo de Portos na América Latina que podem acomodar os navios New Panamax, com os 600m dos berços 9 e 10 combinados com calados até 15,3m. O novo berço também otimiza o nosso sistema de janelas de atracação, reduzindo o tempo de espera no fundeadouro”, pontua o diretor superintendente da APM Terminals Pecém, Daniel Rose.

O início das operações no berço 10 do Porto do Pecém veio logo após a ANTAQ publicar, na semana passada, o Termo de Liberação de Operação (TLO) que autoriza a operação na área ampliada do Terminal Portuário do Pecém.

Investimentos

A conclusão dessas obras finaliza a segunda fase de expansão do Porto do Pecém, que contemplou uma série de investimentos para elevar a capacidade operacional do terminal portuário.

Dentre eles estão principalmente: a ampliação e pavimentação do quebra-mar; a construção de três novos berços de atracação – 8, 9 e 10 – de navios; e a aquisição da Correia Transportadora de Minérios e do Descarregador de Minérios.

R$ 1,3 bi
Os investimentos atingiram R$ 1,3 bilhão e incluíram ainda outras obras e equipamentos, como os carregadores de placa e a construção do prédio do Corpo de Bombeiros.

Como parte da modernização do Terminal Portuário do Pecém também foram realizadas obras de ampliação do prédio administrativo; recuperação e modernização das torres de iluminação; construção da subestação de energia e pavimentação da área destinada às operações do scanner de cargas

Fonte: Diário do Nordeste em 03/08/20

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Com investimento de R$ 30 mi, começam obras de ampliação da ZPE

Com investimento de R$ 30 mi, começam obras de ampliação da ZPE

Área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém deverá receber indústrias de beneficiamento de granito, mineração e maquiladoras. Primeira fase de obras civis envolve área de 23 hectares e custará R$ 11.1 milhões

A Companhia Administradora da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará) já deu início às obras da primeira fase do setor II Sul da expansão, que devem consumir, ao todo, cerca de R$ 30 milhões, segundo o secretário Maia Júnior (Desenvolvimento Econômico e Trabalho). Detalhes do andamento do projeto foram apresentados ontem ao governador Camilo Santana.

Em um primeiro momento, os serviços de construção e infraestrutura demandarão um investimento de R$ 11,1 milhões para 23 hectares. Segundo o presidente da ZPE Ceará, Mário Lima Júnior, a área pode abrigar indústrias de beneficiamento de granito, empresas de mineração e maquiladoras.

“Nessa primeira fase, nós temos indústrias de beneficiamento de granito, empresas de mineração que produzem minérios especiais, como manganês, e tem as indústrias maquiladoras, que são montadoras que recebem componentes importados, montam e exportam o produto final. Existem consultas, mas ainda não está nada formalizado”, acrescenta ele sobre as novas possíveis operações.

A área 2 da ZPE Ceará tem quase 2 mil hectares. “A área de despacho aduaneiro do setor 2 vai ser um pouco diferente da área do despacho do setor 1 porque, como abrigará indústrias diversificadas, é natural que outros órgãos anuentes, que não estão hoje no setor 1, deverão estar no setor 2, como Vigilância Sanitária e Ministério da Agricultura”, pontua.

Lima Júnior diz ainda que nesta fase ocorrerão intervenções de urbanização. “Isso consiste em regularização do terreno para diminuir o custo de terraplenagem, vamos fazer avenidas de contorno dessa área. Está sendo feita também a energização dos ramais básicos para termos energia para as indústrias e rede de água, além de obras básicas de drenagem para as instalações. Vamos ter esse condomínio uma estrutura muito interessante”.

De acordo com ele, as segunda e terceira fases da área 2 vão ocupar os primeiros 150 hectares do total de 2 mil hectares. Lima Júnior explica ainda que as próximas fases vão depender da demanda para instalação de novas indústrias.

“Nessa área, vamos fundamentalmente arrendá-las para projetos industriais por um período de 20 anos renováveis por mais 20 anos”.

O presidente diz também que a ZPE 2 fica a cerca de quatro quilômetros da ZPE 1, que tem aproximadamente seis mil hectares.

“Esses dois mil hectares estão de posse da Cipp S.A com a finalidade de desenvolvimento industrial. Dentro desses dois mil, temos um planejamento para os próximos cinco anos para uma área de 150 hectares”.
No contrato assinado entre a ZPE Ceará e a Athos Construções, as obras podem durar até 12 meses, mas Lima Júnior ressalta que as intervenções devem seguir até fevereiro de 2021, antes do prazo final.

De acordo com Maia Júnior, o Executivo estadual está tentando retomar os planos programados para este ano juntamente com o retorno gradual da economia. Ele aponta que a volta do programa de obras de diversas secretarias, incluindo a expansão da ZPE, é uma medida para estimular a atividade econômica.

“O investimento público é muito importante para a economia do Ceará e do Nordeste como um todo. Só no ano passado, o Estado gastou R$ 1,7 bilhão em compras com pequenas empresas, essencialmente”, ressalta o titular da Sedet.

Ele lembra que obras públicas geram muitos empregos e pode aliviar o saldo negativo no mercado de trabalho ocasionado pela pandemia.

“Estamos tentando retomar a rotina e atrair novos negócios, mas vai ser difícil ao longo do resto desse ano, porque o investimento está contido, o empresário não se sente confiante ainda para voltar a investir. Nosso papel é promover o Estado”, revela

Medida provisória

Desde o fim de maio, as indústrias instaladas em zonas de processamento de exportação estão dispensadas, durante este ano, de cumprir com a regra estabelecida pela Lei 11.508/2007, que decreta o compromisso de manter, pelo menos, 80% da receita bruta proveniente de exportações.

“Nós vemos isso como uma coisa boa. O empresário brasileiro tem uma cultura de exportação muito baixa em nível mundial. Nós queremos que esses produtos sejam beneficiados para aumentar o valor agregado e aumentar mão de obra. Eu defendo que não deveria existir percentual nenhum, nenhuma cota”, aponta Mário Lima Júnior.

A ZPE do Ceará, atualmente, é a única ZPE em operação no Brasil. Além da White Martins, também estão instaladas na ZPE cearense, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e a Phoenix Pecém. As três empresas, em 2019, movimentaram mais de 12 milhões de toneladas de cargas.

Fonte: Diário do Nordeste em 30.07.20

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Porto do Pecém bate recorde de embarque de placas de aço em 24h

Porto do Pecém bate recorde de embarque de placas de aço em 24h

Terminal atingiu a marca de mais de 34 mil toneladas de placas embarcadas em um único dia, o que traduz em aumento da produtividade do porto. Movimentação da carga avançou 25,6% na passagem de maio para junho

O Porto do Pecém (CE) alcançou um novo recorde na operação de embarque de placas de aço. Com o material produzido pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), o terminal movimentou 34.169 toneladas da carga em 24 horas. No último sábado (18), a embarcação Mv Tong Da desatracou do Pecém em direção à China, carregado pelas placas, aonde deve chegar dia 25 de agosto.

Segundo Waldir Sampaio, diretor executivo de operações do Complexo do Pecém, a marca sinaliza a superação da capacidade operacional do Porto, tendo em vista que o contrato prevê o transporte de 10 a 12 mil toneladas de placas por dia. No próximo mês de agosto, acrescenta Sampaio, o Porto do Pecém completa quatro anos de trabalho com a exportação das placas feitas na CSP.

O recorde envolveu duas prestadoras de serviço operacionais do Porto: Tecer Terminais e a Unilink Transportes Integrados. Para Carlos Alberto Nunes, gerente comercial da Tecer, a marca demonstra que, com esse aumento de produtividade, há melhor uso da estrutura portuária.

“Quanto você aumenta seus níveis de produção, pressiona menos essa estrutura. Facilita pra empresa que embarca o navio, disponibiliza menos equipamentos e, para o Porto do Pecém, maximiza a disponibilidade de berço para outros clientes (embarcações)”, explica Nunes. Ele observa como esse movimento influencia na articulação do número de instalações portuárias.

“Questão da produtividade nos portos é importante por isso”, reforça. Nunes coloca que outros dois fatores influenciaram no alcance da marca: articulação na negociação do plano de transporte e o navio era do tipo “box” – com menor necessidade de trabalho de manuseio dentro da embarcação.

A movimentação específica desse tipo de carga cresceu 25,6%, de maio para junho, segundo levantamento divulgado pelo Porto do Pecém. “A Siderúrgica deu uma queda pequena de produção, de março pra abril, retomou em maio, e em junho voltou com a carga total – vimos por esse aumento com as placas”, contextualiza Waldir Sampaio.

Pandemia

Diante dos efeitos da crise do novo coronavírus, Sampaio não nega que o Porto tenha sido afetado pela crise, mas reforça que as operações “seguem normalmente”. O diretor situa que o equipamento é “indispensável para o Governo do Estado” no abastecimento de alimentos, medicamentos e produtos hospitalares, dentre outras cargas.

“O Porto do Pecém não parou em nenhum momento nessa pandemia. Não poderíamos prejudicar o abastecimento do Estado. Fomos afetados sim, já que quando uma fábrica para de produzir, os portos e aeroportos, que movimentam as cargas, também sofrem com a queda”, esclarece.

Fonte: Diário do Nordeste em 21.07.20

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Balança comercial mostra a construção de um novo Ceará

Balança comercial mostra a construção de um novo Ceará

Os números das transações internacionais do Ceará no primeiro semestre de 2020 disponibilizados pelo Ministério da Economia trazem detalhes importantes, para além da esperada redução das transações internacionais durante o período da COVID-19.

Como escrevi em outra ocasião, as crises são oportunidades para se sair da zona de conforto e se perceber que setores que até há poucos anos não tinham expressão na nossa pauta de transações internacionais, estão sendo revelados.

Em resumo, neste primeiro semestre, as exportações cearenses retraíram 15%, as importações cresceram 9.9% e, somadas, geraram um déficit de US$ 255 milhões. Essa realidade nos faz retornar aos números de 2017, quando o Ceará exportou cerca de US$ 965 milhões e importou US$ 1,11 bilhões.

Para deixar bem claro que esse resultado precisa ser contextualizado, é bom lembrar que há 7 anos atrás precisávamos de um ano inteiro para alcançar esses mesmos números que produzimos em seis meses. A evolução é expressiva!

Mas há algumas mudanças que precisam ser salientadas. Por exemplo, as fatias detidas pelos principais parceiros comerciais do Ceará mudaram um pouco este ano em comparação aos anos anteriores. Os EUA continuam sendo responsáveis por cerca de 1/3 das trocas internacionais cearenses. Mas a China, que representava 10% no ano passado, saltou para 16%, aumentando a sua participação na fatia do bolo, permanecendo o segundo principal parceiro comercial do estado.

Por sua vez, olhando apenas as exportações, alguns detalhes a serem observados: em comparação ao mesmo período do ano passado, o Ceará reduziu suas vendas para os EUA (-27%), México (-53%), Holanda (-12%) e Coreia do Sul (-31%). Contudo, as vendas externas cresceram para China (397%), Canadá (262%) e, para a Turquia e a Bélgica, superaram um crescimento de mais de 1.000% cada.

Definitivamente, os produtos semiacabados de ferro ou aço são a principal fonte de divisas externas. Em menos de 4 anos a Companhia Siderúrgica do Pecém tornou o Ceará o segundo maior exportador brasileiro desse item da pauta de exportação, deixando no estado atrás apenas do Rio de Janeiro.

Sozinha, essa indústria, que ocupa a 13ª posição das exportações totais do Brasil, é a 1ª do Ceará e equivale a 54% de tudo o que o estado vende para o exterior. Em outras palavras, a cada US$ 100,00 que o Brasil recebe com a venda desses produtos, US$ 29,00 vão para o Complexo do Pecém, em São Gonçalo do Amarante ou, com outras palavras também oportunas, quase 30% das exportações brasileiras desse produto saem da Zona de Processamento de Exportações do Ceará. Não é à toa que a ZPE cearense é o exemplo mais bem sucedido dessa plataforma, em território brasileiro. Nesse contexto, é importante relembrar também que a planta siderúrgica foi concebida originalmente para permitir a duplicação da sua capacidade produtiva.

Além da siderurgia, as indústrias de calçados, de geradores elétricos giratórios e frutas completam o paretos cearense. Juntas, representam quase 80% do que o Ceará vende. Destas, um destaque positivo para as frutas frescas que foi o único produto representativo da pauta exportadora que cresceu em relação ao mesmo período de 2019: exatos 10,6%.

Dentre os demais produtos exportados, uma menção aos minérios vendidos pelo Ceará. O estado quase triplicou os embarques de outros minérios e concentrados dos metais de base.

A importação, por sua vez, foi dominada no primeiro semestre por combustíveis e trigo, descarregados no Porto do Mucuripe e carvão, descarregado no Porto do Pecém e que é a matéria prima destinada a abastecer o processo produtivo da Siderúrgica, mas também das termoelétricas localizadas naquele complexo e que, juntas, têm um papel relevante no abastecimento de energia na região nordeste. Os três produtos representam cerca de 37% de tudo o que o estado importa.

Uma visão geral na lista de produtos que compõem as exportações e importações cearenses, revela que a pauta importadora do Ceará é bem mais diversificada que a sua pauta exportadora e possui uma menor concentração de atores. Talvez por isso, não sofreu tanto como as exportações sofreram.

Finalmente, um destaque para as oportunidades que existem na formação de novos clusters no Ceará. O primeiro, ligados às energias renováveis, em face do parque existente e potencial eólico e solar na área de abrangência da cidade de Fortaleza, que é considerada pelo IBGE como metrópole de influência regional. A essa região metropolitana estão conectados parte dos estados do Rio Grande Norte, Piauí e Maranhão e uma população de cerca de 21 milhões de pessoas.

Além da indústria relacionado às energias renováveis, destaco ainda a pesca e a fruticultura. Juntos, considero que são importantes indústrias desse novo Ceará.

*Advogado, vice-presidente da Federação de Câmaras de Comércio Exterior e Ex-Presidente do Conselho de Relações Internacionais da FIEC e do Conselho Setorial de Comercio Exterior e Investimento Estrangeiro da ADECE/Ceará e 3 vice-presidente de relações institucionais da CBPCE

Fonte: TrendsCE em 14.07.20

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Movimentação no Porto de Fortaleza cresce 9% no 1º semestre, apesar da pandemia

Movimentação no Porto de Fortaleza cresce 9% no 1º semestre, apesar da pandemia

Os granéis sólidos foram responsáveis pela alta, enquanto os granéis líquidos se mantiveram praticamente estáveis.

Mesmo no cenário econômico abalado pela pandemia da Covid-19 no primeiro semestre deste ano, o Porto de Fortaleza registrou crescimento de 9% na movimentação de cargas, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

A alta foi puxada pelos produtos: trigo, escória, clínquer, manganês, magnésio, vergalhão, tarugo de aço e os derivados de petróleo. As 2,34 milhões de toneladas registradas até o momento, representam 53% de tudo o que foi movimentado em 2019 (4,4 milhões de toneladas).

Granéis

Os granéis sólidos cresceram 19% em junho comparado ao mesmo mês de 2019, passando de 909.195t para 1.080.406t. Com o segundo melhor desempenho, aparece a carga geral, registrando aumento de 10,5%, (+20.459t). Os granéis líquidos se mantiveram praticamente estáveis, passando de 1.030.956 toneladas para 1.041 toneladas.

De acordo com a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, Mayhara Chaves, o crescimento contínuo do granel sólido neste ano possibilitou igualar a movimentação de granel líquido de 2019, que liderou o volume de cargas do ano anterior.

De janeiro a junho deste ano, os granéis sólidos responderam por 46% da movimentação total e os granéis líquidos por 45%. No mesmo período ano passado, respectivamente, foram 43% e 48%. A carga geral se manteve estável em 9%.

“A movimentação eficiente dos granéis sólidos está consolidando essa carga no Porto de Fortaleza, que só não foi maior devido à pandemia da Covid-19. Em relação aos granéis líquidos, o período de isolamento social iniciado em março deu uma freada no consumo, que agora já está voltando próximo da normalidade e em breve teremos um desempenho melhor desta carga” Mayhara Chaves (diretora-presidente da CDC).

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Fonte: Diário do Nordeste em 08.07.20