Como o Real Digital pode colocar o Brasil em Liderança Global

Como o Real Digital pode colocar o Brasil em Liderança Global

Fonte: Abax Auditoria e Consultoria

A Abax, sócia da CBPCE, teve a honra de participar do evento sobre moeda digital de banco central (CBDC). O tema tem sido alvo da atenção de diversos bancos centrais, que estão estudando e explorando projetos relacionados a um sistema de CBDC.

As CBDCs podem trazer melhorias significativas para o mercado de pagamentos de varejo, promovendo a competição e a inclusão financeira para aqueles com pouco ou nenhum acesso a serviços bancários. E, especialmente após a crise da pandemia, meios digitais de pagamentos se mostraram essenciais para alcançar a população mais vulnerável.

O Banco Central do Brasil está atento a esse cenário e já organizou um grupo de trabalho para estudar a emissão de uma moeda digital brasileira.

Neste contexto, a Amcham Fortaleza realizou a 2ª Edição do Comitê de Finanças em 2023, abordando a temática “Como o Real Digital pode colocar o Brasil em Liderança Global”. O palestrante convidado foi o Sr. Marcelo Aragão, Deputy Head of Departament no Banco Central do Brasil e compartilhou seu projeto com os demais integrantes do Comitê!

Fonte: Abax Auditoria e Consultoria, sócia CBPCE

Visão Sistêmica do Processo de Gestão e de Inovação, por Raimundo Porto Filho, sócio Diretor da BFA Assessoria e sócio CBPCE

Visão Sistêmica do Processo de Gestão e de Inovação, por Raimundo Porto Filho, sócio Diretor da BFA Assessoria e sócio CBPCE

Fonte: BFA Assessoria

“Diga como me mede e lhe direi como me comporto”.
Eliyahu Goldratt
“O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”.
W. Edwards Deming

As assertiva acima, evidenciam a importância da medição no processo de gestão, o que induz eficiência, eficácia e inovação, essenciais tanto na gestão operacional quanto na gestão estratégica. No entanto, embora essencial, é necessário adotar abordagem sistêmica para que a medição seja efetiva, em resposta às indagações o que, por que, para que e como medir, contextualizando-a no processo específico que se necessita gerenciar.

O processo de gestão compreende as atividades de planejamento, execução e controle – planejar antes de realizar, executar o planejado, controlar o que se executa, durante e após a execução, em um ciclo contínuo, são o segredo da gestão eficiente e eficaz, “drivers” para a criação de riqueza, a competitividade, a perenidade e o crescimento de uma organização empresarial.

Medição, primeira atividade do processo de controle, requer o binômio indicador de desempenho e sistema de medição. Tempo e relógio, velocidade e velocímetro, temperatura e termostato, superávit e fluxo de caixa, lucro e contabilidade são exemplos clássicos desse binômioaplicado a alguns processos. A medição tem o propósito de, por intermédio do sistema de medição, registrar e fornecer informações corretas e tempestivas sobre o indicador objeto da medição, informações essas que, submetidas à avaliação, possibilitam a decisão de adotar ações corretivas, quando, onde e quando necessário.

Avaliação, por sua vez, requer conhecimento específico e padrões para ser efetiva. O conhecimento do processo objeto do controle possibilita interpretar adequadamente as informações oriundas dos sistemas de medição. Correlacionando essas informações com as referentes a outros indicadores relevantes, inclusive do ambiente externo ao processo em questão e à própria organização, comparando-as com os respectivos padrões para, estudando as relações de causa e efeito entre fatos e sua medições adequadamente avaliadas, obter uma compreensão razoável da realidade do processo, o que possibilita decisões adequadas e tempestivas sobre a conformidade da situação avaliada ou a necessidade de adotar ações para corrigir não conformidades constatadas.

A falta dessa abordagem sistêmica na atividade de avaliação leva a ações que, ao invés de corrigir as não conformidades e, mesmo a despeito de fazê-lo, produz efeitos colaterais danosos que podem comprometer o equilíbrio e a eficiência do sistema, provocando um mal maior do que a própria não conformidade que se buscava corrigir.

Aplica-se aqui a célebre frase do renomado filósofo alemão Johann Goethe: “nada é mais assustador que a ignorância em ação”. Gestores que buscam, por exemplo, atingir a qualquer preço uma meta de faturamento adotando ações sem uma visão sistêmica, podem ser surpreendidos pelos efeitos colaterais dessas ações, na forma de elevação da inadimplência, queda das margens de contribuição, aumento das despesas com vendas, ou uma combinação desses efeitos. Outro exemplo clássico são as campanhas para reduzir custos e despesas focando apenas a redução do quadro de pessoal e de despesas, o que pode gerar efeitos colaterais diversos na organização, resultando em queda de eficiência e competividade e, não raro, até da lucratividade que se pretendia elevar.

A avaliação só será efetiva com padrões adequados. Metas, benchmarks, medições passadas são referências essenciais à atividade de avaliação. Sem eles, é impossível atestar se a informação proveniente da medição indica uma não conformidade, e a utilização de padrões imprecisos, pouco realistas ou inadequados, pode comprometer o processo de controle com um todo. Um gestor financeiro que estabelece metas inatingíveis ou conflitantes para alguns indicadores, por exemplo, semeia o caos na organização.

Última atividade do processo de controle, as ações corretivas também têm por base dois elementos: escolha das ações adequadas e execução desses ações. A escolha das ações adequadas, tal qual decidir e acionar o acelerador ou o freio ante a necessidade de ir mais rápido ou diante de um risco iminente, possibilita ao gestor colocar em prática a ação corretiva resultante de uma decisão. Reduzir ou aumentar limite de crédito, premiar ou punir um colaborador, mudar de fornecedor, são exemplos de ações gerenciais corretivas.

Em sistemas organizacionais, nos quais é necessário trabalhar o engajamento e o compromisso das pessoas, tornando-as corresponsáveis pelas ações corretivas em particular e pelo processo de gestão em toda sua abrangência, a escolha e a execução das ações são atividades que necessitam planejamento cuidadoso, considerando elementos emocionais e alinhamento com os sistemas de avaliação de desempenho, reconhecimento, recompensa e sanção da organização.

A ação gerencial, quando relacionada a um problema complexo (cuja solução não é de natureza apenas técnica), categoria na qual se enquadra a grande maioria dos problemas organizacionais, requer uma abordagem multidisciplinar. William Deming, estatístico americano, célebre por sua contribuição para a gestão da qualidade, propôs uma abordagem holística para a gestão que chamou de “sistema de saber profundo”, baseada em quatro componentes epistemológicos: visão sistêmica, pensamento estatístico, teoria do conhecimento e elementos de psicologia. Todos eles se fazem necessário para a eficácia e sustentabilidade dos processos de gestão em uma organização.

A abordagem adotada neste artigo, de modo esquemático e com as adequações requeridas em cada caso, aplica-se também à automação de processos de controle, inclusive os que adotem componentes de Inteligência Artificial.

Finalmente, cabe destacar que é essencial o alinhamento do processo de gestão à cultura, identidade, valores e estratégia da organização, bem como às mudanças e tendências nos ambientes tecnológico e das indústrias nas quais a organização compete, imperativo para assegurar sua competitividade e perenidade.

Fonte: Ebook Iracema Digital

O financiamento à inovação – algo de novo no front? por Cibele Gaspar, CEO da Nexxi Assessoria Empresarial e Diretora de Projetos para Investimentos da CBPCE

O financiamento à inovação – algo de novo no front? por Cibele Gaspar, CEO da Nexxi Assessoria Empresarial e Diretora de Projetos para Investimentos da CBPCE

Fonte: Nexxi Assessoria Financeira

A inovação percorre uma trilha íngreme e cheia de obstáculos para se tornar concreta. Não obstante todos os desafios – estratégicos, tecnológicos e de gestão – um em particular costuma ser recorrente entre os mais difíceis de ultrapassar : o financiamento.

Inovar pressupõe correr riscos, o que usualmente é pouco palatável para as instituições financeiras tradicionais, que evitam sair da trilha segura de seus check-lists quando se trata de financiar o novo e que, quando é necessário contingenciar recursos, a primeira torneira a ser fechada é a da inovação.

Contudo, podemos dizer que há novidades interessantes. Temos vivenciado nos últimos dias no Brasil algumas novas propostas de atuação, ainda com alguns aspectos a melhorar, mas que já são um indicativo importante de que as condições de financiamento à inovação tendem a uma melhoria significativa.

Os R$ 41 bilhões em investimentos anunciados durante a instalação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) para os próximos quatro anos, fruto da nova política industrial proposta para o Brasil, são fundamentais para que o País possa, através do financiamento à inovação, passar para um outro patamar em termos de competitividade.

Os recursos, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), agora remunerados pela TR, o que na prática se traduz em taxas bastante reduzidas em relação às taxas de mercado, serão operados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e destinados a incentivar a inovação nas empresas por meio de créditos e subvenções econômicas, definindo a inovação como um dos pilares da reindustrialização do Brasil.

A FINEP, gestora do FNDCT, concede recursos reembolsáveis e não-reembolsáveis a instituições de pesquisa e empresas brasileiras. Seu apoio financeiro é o mais abrangente dentre todas as instituições que financiam a inovação, ao alcançar todas as etapas e dimensões do ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico: pesquisa básica, pesquisa aplicada, inovações e desenvolvimento de produtos, serviços e processos.

Além disso, apoia a incubação de empresas de base tecnológica, a implantação de parques tecnológicos, a estruturação e consolidação dos processos de pesquisa, o desenvolvimento e a inovação em empresas já estabelecidas, e o desenvolvimento de mercados, bem como oferece apoio para a implementação de uma primeira unidade industrial e também incorporações, fusões e joint ventures.

Neste ano de 2023, a FINEP já assinou mais de 100 contratos de financiamento a projetos de PD&I, somando um total de mais de R$ 1,1 bilhão em empréstimos no primeiro semestre. O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social também sinalizou aplicação de R$ 20 bilhões em inovação, em taxas equivalentes às da FINEP.

Mas, a despeito das boas notícias, há uma séria discrepância a corrigir. As regiões menos favorecidas do Brasil, mais especificamente Norte, Nordeste e Centro Oeste, contam, além da FINEP e BNDES, com recursos dos Fundos Constitucionais, operados por Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Banco do Brasil, respectivamente, para apoiar as necessidades de investimento privado, inclusive inovação. Contudo, as taxas praticadas pelos Fundos Constitucionais, diferentemente do que foi feito para FINEP e BNDES, continuam a ser corrigidas pelo IPCA + spread, o que significa, na prática, que o financiamento à inovação para o Nordeste, Região Amazônica e Centro Oeste é mais caro.

É premente uma ação institucional para reversão dessa situação, que incentiva a desigualdade entre regiões, diferencia negativamente as instituições de desenvolvimento regional e desestimula a inovação nas regiões mais vulneráveis do País. No mínimo, a igualdade seria o esperado, o que significa ajustar as taxas de inovação dos fundos constitucionais para as mesmas condições hoje praticadas por FINEP e BNDES.

Inovar para valer seria viabilizar condições ainda mais diferenciadas para as regiões menos desenvolvidas . Assim poderíamos falar de equidade e ter de verdade, algo de novo no front de financiamento à inovação.

Fonte: Ebook Iracema Digital

Engie e EDP(Sócia CBPCE) planejam produção de hidrogênio verde no Ceará

Engie e EDP(Sócia CBPCE) planejam produção de hidrogênio verde no Ceará

Companhias devem assinar um memorando de entendimento com o governo do Ceará para fazer parte de hub de hidrogênio

A francesa Engie e a portuguesa EDP planejam investir na produção de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Nos próximos dias, as companhias devem assinar um memorando de entendimento com o governo do Ceará para fazer parte do hub de hidrogênio do CIPP, que já conta com quatro memorandos assinados até agora: Enegix, White Martins, Qair e Fortescue.

A Engie e a EDP são sócias na Ocean Winds (OW Offshore), join venture 50%-50% criada em 2019, com sede na Espanha.

Segundo a OW Offshore, a empresa não participa das tratativas com o governo do Ceará.

Atualmente, a OW Offshore está licenciando cinco parques eólicos offshore no Brasil, com 15 GW de capacidade — a maioria de grande porte. Projetos no Rio Grande do Sul (700 MW e 6,5 GW); Rio de Janeiro (5 GW); Rio Grande do Norte (2 GW); e Piauí (999 MW).

A combinação dos portos com os novos parques eólicos offshore atrai investidores interessados no hidrogênio verde.

A expectativa é que a nova fonte de energia renovável seja capaz de suprir uma parte relevante da enorme demanda de eletricidade necessária na eletrólise para sintetização do H2V.

EDP e Engie já operam no Ceará. A EDP com a termelétrica a carvão UTE Pecém – I, localizada no CIPP, e a Engie com o Conjunto Eólico Trairi.

O parque eólico onshore da francesa possui um total de 212,6 MW de capacidade instalada e 102,3 MW de garantia física para comercialização.

Na semana passada, representantes da Engie se reuniram com o Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética para discutir hidrogênio.

A companhia espera desenvolver 4 GW de capacidade de H2V no mundo até 2030.

Hidrogênio para substituir carvão em térmicas
No caso da EDP, o hidrogênio verde é considerado essencial para viabilizar a continuidade das operações da companhia no Ceará.

Como meta do seu programa de descarbonização, em janeiro a companhia desativou sua termelétrica em Sines, Portugal, também abastecida a carvão.

A EDP fazia parte de um consórcio ao lado da Galp, REN, Martifer, Vestas e Engie, que pretendia criar um hub de H2V na região onde está a usina e com isso convertê-la para a utilização de hidrogênio verde como combustível, já até o fim de 2022. Porém, em maio deste ano, EDP e Galp abandonaram o projeto.

Eólicas offshore no Pecém
A francesa Qair prevê uma planta de geração eólica offshore com capacidade instalada de 1.216 GW, na plataforma de Acaraú-Ceará e uma planta de eletrólise com capacidade de 2.240 MW, para produção de aproximadamente 296 mil toneladas hidrogênio verde por ano.

O investimento total previsto é de US$ 6,95 bilhões, com geração de dois mil empregos durante a construção das plantas e 600 empregos diretos na operação dos projetos.

A expectativa da empresa, com sede no Ceará, é produzir, armazenar, transportar e comercializar o combustível renovável já a partir de 2023.

A fabricante chinesa Mingyang também pretende instalar uma torre eólica piloto com 15 MW de potência – voltada para o offshore – próximo de Pecém.

Previsto para 2022, o projeto contará com uma turbina de alta capacidade nos padrões atuais, mercado em disputa pelos fornecedores globais.

A empresa avalia a instalação de uma fábrica no porto para atender ao mercado eólico brasileiro, tanto em terra quanto para os futuros parques marítimos.

Representantes da Mingyang, Saipem e BI Participações e Investimentos se reuniram com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) do Ceará na semana passada. A BI desenvolve campos offshore no Nordeste.

Atualização: ao contrário do informado inicialmente, a OW Offshore diz não participar das tratativas envolvendo o governo do Ceará.

Fonte: EPBR em 26.07.2021

Termaco Logística, sócia CBPCE, conclui ampliação de filial em Teresina

Termaco Logística, sócia CBPCE, conclui ampliação de filial em Teresina

Com um investimento de R$ 650 mil, a empresa cearense dobrou sua capacidade de atendimento na capital piauiense.

A cearense Termaco Logística concluiu a ampliação de sua filial em Teresina. Com um investimento de R$ 650 mil, a empresa inaugurou o espaço com 2,5 mil metros quadrados, o dobro do antigo prédio.

Entre as facilidades da nova filial, estão a maior capacidade para carga e descarga de caminhões com oito docas, um pátio de manobras com mais de 1 mil metros quadrados que permite a movimentação e o estoque de produtos e equipamentos com dimensões variadas.

Fundada no Ceará e com 35 anos de história, a Termaco Logística atende os segmentos de autopeças, material elétrico e de segurança patrimonial, alimentos, ferramentas, energia solar, eletrônicos, utilidades e confecções. Atualmente a empresa tem mais de cinco mil clientes ativos e está presente em todos os estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), e em São Paulo.

Fonte: Focus.jor em 19.07.2021

Criart Serviços, sócia CBPCE, inicia mais uma parceria de sucesso

Criart Serviços, sócia CBPCE, inicia mais uma parceria de sucesso

Crescer é sempre o objetivo de qualquer negócio. Toda empresa busca sempre novas formas de crescer e ampliar os seus horizontes. A Criart Serviços, sócia CBPCE, não é diferente e vem buscando expandir seus escritórios pelos Estados Brasileiros, focando na qualidade do serviço prestado e fidelização dos seus clientes.

Com forte atuação nos Estados do Norte e Nordeste, no ano de 2019 iniciaram sua expansão para o Centro Oeste e em 2020/2021 iniciam novos contratos no Sul e Sudeste.

Hoje a Criart Serviços atua em 14 estados, sendo eles: Ceará, Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Paraná e o Distrito Federal.

“Nossa meta é sermos referência de empresa brasileira do segmento de
mão de obra terceirizada.”

Fonte: Criart Serviços

Qair Brasil calcula investir US$ 6,8 bilhões de olho no hidrogênio verde do Ceará

Qair Brasil calcula investir US$ 6,8 bilhões de olho no hidrogênio verde do Ceará

Até 2030 | Com planta para produção de hidrogênio verde no Pecém e mais eólica offshore em Acaraú, a empresa deve gerar cerca de 2.000 empregos diretos no Estado. Presidente da Qair no País afirma que compromisso é valorizar a mão de obra local

A movimentação de empresas para o hub de hidrogênio verde no Ceará tem sido frequente. Desde o anúncio da assinatura do primeiro memorando de intenção para instalação de planta de produção do combustível no Pecém, em 19 de fevereiro último, mais empresas têm apresentado estudos para o que promete ser o “novo momento” da economia no Estado.

Os planos da Qair Brasil caminham também em direção a esse novo mercado. Detentora já do Complexo Eólico Serrote e com mais o Complexo Eólico Serra do Mato – 22MW de parques eólicos e projeto solar previstos para serem concluídos entre novembro e dezembro deste ano -, ambos em Trairi, a empresa tem previsão de US$ 6,8 bilhões de investimento no Estado até 2030 só para a geração de hidrogênio verde.

Segundo o presidente da Qair Brasil, Armando Abreu, são cerca de US$ 3,8 bilhões para a Planta de Hidrogênio Verde Liberdade, projeto a ser instalado na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE) do Complexo do Pecém, a partir de quatro fases, e mais US$ 3 bilhões para eólica offshore em Acaraú, município já mais a oeste no litoral do Estado. “É um projeto que estamos a desenvolver há dois anos, faz parte de um posicionamento da empresa. A planta offshore, desenvolvida em conjunto com a planta de hidrogênio, terá capacidade para 1,2 GW e vai se chamar Dragão do Mar. Nela teremos ligação com subestação em Acaraú e linha de transmissão dedicada à planta de hidrogênio.”

Para a planta de hidrogênio, as previsões da Qair Brasil, já com protocolos assinados com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e com o Governo do Estado e ainda com estudo de espaço a ser ocupado na ZPE, é de uma capacidade 2.240 MW, a ser implantada em quatro fases, indo de 2023 a 2030.

“O Ceará apresenta uma situação geográfica privilegiada, com sua localização mais perto da Europa e da própria África. E temos também o hub aéreo, o hub marítimo, o hub tecnológico. Existe ainda energia solar e eólica disponíveis. Se ainda ligarmos essas condições naturais com o momento de desenvolvimento do Ceará, temos condições especiais para o Estado e para o País de implantação desses projetos.”

Quanto à geração de emprego para as duas novas plantas, Armando expõe que na eólica offshore Dragão do Mar, o número não será representativo, pois envolve grupo menor de trabalhadores especializados. Já na planta de hidrogênio, 1.200 empregos serão gerados para a fase de construção, que deve durar de 3 a 4 anos, e para a operação, de 400 a 500 empregos diretos. “O Ceará tem capacidade para oferecer a maior parte desses profissionais. Toda a parceria que está sendo feita entre Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará), universidades e Governo do Estado deve garantir que esses profissionais sejam encontrados aqui.”

Para Pernambuco, a Qair Brasil também estuda planta de hidrogênio verde no Porto de Suape. Seriam duas grandes bases de inovação ao grupo dentro do Nordeste. Para a economia pernambucana, a empresa calcula injetar US$ 3,8 bilhões. “Acreditamos que existe mercado tanto no Ceará como em Pernambuco”, defende Armando.

Cenário europeu
Armando é bem claro em dizer que parte do interesse da empresa na produção do hidrogênio no Ceará vem da decisão da Europa, a partir de plano de descarbonização até 2030, de implementar cerca de 80 GW de hidrogênio no continente. “Desses (GW), a Comunidade (Europeia) prevê que 40 sejam produzidos internamente e 40 importados. Mas nós sabemos hoje que vai ser muito difícil dentro da comunidade europeia produzir 40 GW. O que significa que a importação vai ser muito maior ”, calcula o presidente da Qair Brasil.

Dentro da França, como explica Armando, uma das empresas escolhidas para desenvolver projetos para a produção de hidrogênio verde está a Qair Internacional. O fato dá mais base ainda para a empresa investir no Ceará mirando na futura exportação para a Europa. Com entrada em operação prevista para 2023, já existe planta do grupo, com capacidade para produzir 400 MW de hidrogênio, em desenvolvimento em Port la Nouvelle, região da Occitania, na França.

Os interessados no hub do Ceará

Em fevereiro deste ano, a empresa a australiana Enegix Energy assinou com o governo do Estado memorando de intenção para planta de hidrogênio no Pecém de US$ 5,4 bilhões. No final de maio, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, confirmou que a multinacional também australiana Fortescue Metals Group deve assinar, em junho,, um memorando de entendimento para implantação de uma planta de produção de hidrogênio verde no CIPP.

Já em reunião da mesma pasta com a diretoria e técnicos da Fundação Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), foi estabelecido interesse da Fundação de gerar uma futura cooperação entre o Ceará e o PTI. O Parque Tecnológico já produz hidrogênio verde há 10 anos e domina a tecnologia e a operação da planta de produção.

Atuação da empresa no Brasil
A Qair Brasil, com sede administrativa em Fortaleza, é a subsidiária do grupo Qair Internacional, de origem francesa, com operações em 16 países e 30 anos de atuação no mercado de energias renováveis. Empreende no País desde o início de 2018, inicialmente com o nome Quadran Brasil e após se unir com a empresa cearense Braselco, em 2017. A Qair Brasil possui sede administrativa em Fortaleza, desenvolvendo vários empreendimentos em diferentes estados da região Nordeste.

A carteira de projetos conta com 8 a 9 GW de projetos de fontes renováveis, dentre os quais 210,6 MW já se encontram em operação comercial e outros 382,4 MW em construção. O que representará, em pouco mais de três anos, investimentos na ordem de R$ 2,7 bilhões.

Fonte: O Povo

Governo deve conceder transposição do São Francisco à iniciativa privada em 2021

Governo deve conceder transposição do São Francisco à iniciativa privada em 2021

A empresa vencedora cuidará da operação dos reservatórios, estações de bombeamento e 477 quilômetros de canais, que alcançam os estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte

A transposição do rio São Francisco deve ser concedida à iniciativa privada no próximo ano. O governo planeja fazer o leilão de concessão em julho de 2021.

A empresa vencedora cuidará da operação dos reservatórios, estações de bombeamento e 477 quilômetros de canais, que alcançam quatro estados do Nordeste – Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

O governo tem feito sondagens com investidores e busca empresas de grande porte que poderiam operar um sistema de complexidade alta. No radar da equipe econômica, estão companhias como a brasileira Weg, que já atua em sistemas de distribuição de água e irrigação em outros países.

Programa de Parcerias de Investimentos

“O nosso objetivo é garantir o suprimento hídrico. Nas secas que ocorreram no Nordeste de 2013 a 2016, os quatro estados e o governo federal gastaram de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em medidas emergenciais para garantir o acesso da população à água”, disse à reportagem o diretor de programa da secretaria do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), André Arantes.

A transposição do São Francisco é a maior intervenção hídrica do Brasil. As obras começaram em 2007, durante o governo Lula. O objetivo é interligar as águas do São Francisco a rios dos quatro estados beneficiados.

A obra está 97% concluída, segundo o governo. O eixo leste do empreendimento foi inaugurado em 2017 e está em fase de pré-operação. O eixo norte tem previsão para início das operações no primeiro semestre de 2021.

Entre as justificativas para a privatização, o governo argumenta que o empreendimento, de alto custo, é dependente do Orçamento da União, limitado por causa da crise fiscal.

O plano da concessão é uma parceria entre o PPI, do Ministério da Economia, e o Ministério do Desenvolvimento Regional. Membros do Executivo argumentam que o governo não deveria atuar diretamente na operação de sistemas desse tipo, mas sim se preocupar com a regulação da atividade, assim como faz no setor elétrico.

Os investimentos da União na obra já alcançam R$ 10,8 bilhões e o valor total para a conclusão é estimado em R$ 12 bilhões. Além disso, o custo anual de operação e manutenção do sistema gira em torno de R$ 280 milhões, valor integralmente bancado pelo Tesouro Nacional.

Concessão
Os contratos da concessão devem ter duração de 25 a 30 anos. Para fazer a modelagem, o governo contratou o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ainda não há definição do modelo, e a conclusão dos estudos deve ser apresentada no primeiro trimestre do próximo ano.

Para atrair interessados, o governo permitirá que eventuais investidores gerem energia solar junto ao sistema da transposição, já que a região recebe alto nível de incidência do sol.

“Nós temos uma demanda bastante firme de energia, que é algo equivalente a 70% do custo de operação e manutenção do sistema. Então, tem um potencial atrativo para uma empresa interessada em prover a autoprodução para o projeto”, afirmou Arantes.

A ideia é que a empresa ou o consórcio vencedor possa usar a energia para alimentar a operação e eventualmente vender o excedente de energia produzida.

Além disso, o empreendimento vai gerar receita por meio da distribuição da água que flui pelos canais. Cada estado beneficiado pagará pelo volume que entrar em seu sistema. A forma de pagamento ainda está em discussão entre os entes e a União.

Os técnicos do governo afirmam que uma das premissas da concessão será a obrigação de que o operador preste o serviço cobrando valores baixos, possíveis de serem pagos pelos usuários.

“A gente tem buscado primordialmente a redução de custo. A ideia é perseguir a modicidade tarifária com a garantia da prestação do serviço pelo setor privado”, disse o diretor de programa do PPI.

A estimativa do governo é que a transposição beneficiará até 12 milhões de pessoas em 390 municípios quando a operação estiver em pleno funcionamento.

Fonte: Diário do Nordeste em 23.11.2020

Com matrizes renováveis, CE deve se tornar exportador de energia

Com matrizes renováveis, CE deve se tornar exportador de energia

Potencial de geração de energia por fontes renováveis faz do Estado um celeiro de investimentos na área. Desafios e oportunidades foram discutidos no segundo dia do evento Proenergia 2020, que se encerra hoje

Com enorme potencial eólico em terra (onshore) e no mar (offshore) e geração superior ao consumo interno, o Ceará tem plenas possibilidades de se tornar um exportador de energia, sobretudo com o aumento da participação das fontes renováveis na matriz do Estado. A avaliação é de Joaquim Rolim, coordenador do Núcleo de Energia da Fiec, que enfatizou as oportunidades cearenses neste setor, ontem, no segundo dia do Proenergia, realizado pelo Sindienergia-CE, em parceria com a Fiec e o Sebrae. O evento, que neste ano ocorre de forma híbrida (online e presencial), conta com apoio institucional do Sistema Verdes Mares.

“O Ceará é superavitário de energia. No ano passado, o Estado gerou 22% a mais do que a energia consumida, o que deverá aumentar nos próximos anos”, destaca Rolim.

Ele frisou também o fato de que 97% dos municípios cearenses já contam com sistemas fotovoltaicos para geração distribuída. “O empresariado cearense está muito à frente no segmento de geração distribuída”, ressaltou.

Ambiente de negócios
Participando de forma remota do evento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, enalteceu os múltiplos esforços no Ceará para promover um ambiente de negócios sólido para a cadeia de energias renováveis.

Rodrigo Limp, secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), destacou medidas em âmbito federal para ampliar a cobertura da rede de energia do País. “Buscamos ampliar a oferta de energia ao mercado. Para que isso aconteça, é necessário identificar os reais custos relacionados do Sistema Interligado Nacional (SIN), preservando a viabilidade dessa expansão, fornecendo ao setor elétrico uma maior abrangência sem comprometer a qualidade, unindo sustentabilidade e segurança”, disse.

Hidrogênio verde
O secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, palestrante do evento, disse ter recebido, ontem, a proposta de uma empresa australiana para a construção de uma usina de hidrogênio verde no Ceará. Ele reiterou que, até o fim do ano, o Governo do Estado deverá assinar o protocolo de intenções para a instalação do equipamento, o qual usará energias renováveis, conforme o Diário do Nordeste já havia informado.

“A empresa australiana está vindo para o Ceará. Recebi hoje o e-mail da empresa para assinar o protocolo de intenção, até o fim do ano, para produzir hidrogênio líquido”, disse o secretário. O combustível é considerado uma das principais alternativas às fontes de energia fósseis. A expectativa é que o empreendimento conte com o financiamento de fundos europeus.

Alguns especialistas projetam que, nos próximos 20 anos, o combustível gere uma revolução no setor energético semelhante à que aconteceu com o petróleo. “Teremos um Ceará antes e depois da produção do hidrogênio verde. Nunca tivemos reservas substantivas de combustível fóssil. Mas as reservas de vento podem fazer do Ceará um dos maiores produtores do Brasil ou da América do Sul de hidrogênio verde”, vaticinou.

Confira a programação
9h às 10h35: Cadeia Produtiva de Energias Renováveis
Moderador: Lauro Fiuza
Palestrantes: Carla Gaspar Primavera – Superintendente da área de Energia do BNDES ; Margaret Lins Teixeira Gomes – Gerente Executiva IEL ; Roseane de Oliveira Medeiros – Secretária Executiva da SEDET
Debatedores: Alceu Mourão Jr – Diretor Administrativo da Avanti ; Jonathan Colombo – Diretor Institucional da Vestas.

10h35 às 10h45: Break/Networking/Visitação ao espaço de exposição

10h45 às 12h15: Geração Distribuída de Energia
Moderador: Ricardo Correia – Diretor de Geração Distribuída do SINDIENERGIA
Palestrantes: Efrain Cruz – Diretor da ANEEL ; Carlos Evangelista – Presidente da ABGD ; Bárbara Rubin – Vice presidente de GD da ABSOLAR
Debatedores: Joaquim Rolim – Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC ; Jonas Becker – CEO da Eco Soluções em Energias

12h15 às 14h: Networking/Almoço/Visitação ao espaço de exposição

14h às 15h50: Novas Oportunidades no Setor de Energia
Moderador: Filippo Alberganti – Diretor de Inovação da Enel Brasil
Palestrantes: Hugo Figueiredo – Presidente da Cegás ; Paulo Luciano de Carvalho – Superintendente de pesquisa e desenvolvimento de eficiência energética ; Markus Vlasit (Armazenamento de Energia) – CEO da NewCharge Energy ; Mauricio Moszkowicz (Mobilidade Elétrica) – Pesquisador Sênior da GESEL ; Marcos Aurélio Madureira (Novas Tecnologias aplicadas à Distribuição de Energia Elétrica ) – Presidente da ABRADEE
Debatedor: Paulo Siqueira – CEO da SOMA Energia

15h50 às 16h: Break/Networking/Visitação ao espaço de exposição

16h às 17h20: Programas de Energia nos Estados do Nordeste
Moderador: Adão Muniz
Palestrantes: José Carlos Medeiros – Especialista de Energia no Estado do Pernambuco ; Gustavo Fernandes Rosado Coelho – Secretaria de Infraestrutura do Rio Grande do Norte ; Howzembergson de Brito Lima – Secretário Adjunto de Mineração e Energias Renováveis do Piauí ; Simplício Araújo – Secretário de Indústria e Comércio do Maranhão

17h20 às 17h30: Encerramento com Benildo Aguiar – Presidente do SINDIENERGIA-CE

Fonte: Diário do Nordeste em 19.11.2020

Investimento em startups: o que você precisa saber antes de aplicar o seu dinheiro

Investimento em startups: o que você precisa saber antes de aplicar o seu dinheiro

Investir em startups é alternativa para diversificar aplicações na busca por ganhos maiores. Hoje, as áreas de educação e saúde têm maior número de startups no Ceará. O termo startup foi importado do inglês, mas logo passou a ser bastante utilizado na língua portuguesa.

De seis anos para cá, a palavra ganhou fama no mercado brasileiro por conta do grande número de empresas com ideias inovadoras, de base tecnológica, que têm crescido de forma rápida e escalonável, sem inflar custos, registrando retornos financeiros que chegam em média a seis vezes o valor investido.

Um diferencial e tanto em relação às empresas tradicionais, especialmente para quem enxerga no médio e longo prazo a chance de multiplicar exponencialmente seus investimentos.

Investir em startups é uma onda que está só começando. E ainda há muito espaço para aumentar. Surge como uma boa alternativa a fim de diversificar as aplicações na busca por ganhos maiores. Não é à toa que entre 2015 e 2019, o número de startups no país mais que triplicou, passando de 4.151 para 12.727 – um salto de 207%, – segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups).

Este salto coloca o Brasil na lista dos 20 principais países em um ranking mundial de ecossistemas de startups. O país figura agora na elite mundial desse ambiente de negócios, de acordo com o levantamento da empresa StartupBlink, que leva em conta a quantidade e qualidade de startups, as instituições de apoio e o ecossistema de inovação como um todo.

O que justifica, ainda, o recorde registrado no volume de investimentos em 2019. Segundo estudo da consultoria em inovação Distrito, as startups brasileiras receberam US$ 2,7 bilhões em aportes no ano passado. Um crescimento de 80% na comparação com 2018, quando o total foi de US$ 1,5 bilhão. Neste cenário, o grupo japonês SoftBank surgiu como peça fundamental desse crescimento. Uma prova a mais de que a atenção dos investidores estrangeiros também está voltada para a pujança do ambiente de negócios de inovação que se instalou no Brasil.

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