Portugal está no ‘top’ 10 dos países mais atrativos para investimento direto estrangeiro

Portugal está no ‘top’ 10 dos países mais atrativos para investimento direto estrangeiro

Portugal passou da 11.ª para a 10.ª posição das economias mais atrativas para o investimento direto estrangeiro (IDE), em 2020, em termos de número de projetos, num total de 154, revelou hoje um estudo da EY.

“Num ano desafiante como 2020, Portugal entrou no ‘top’ 10 dos países mais atrativos para investimento direto estrangeiro (IDE), em termos de número de projetos”, anunciou hoje a empresa de consultoria EY.

Segundo o estudo, no ano passado, foram anunciados 154 projetos de IDE no mercado português, dos quais 70% com fundos originários da Europa e 30% do resto do mundo.

Aqueles projetos foram responsáveis pela criação de, pelo menos, 9.000 postos de trabalho, refere.

No entanto, os 154 projetos representam um decréscimo de 3% em comparação com os 158 contabilizados em 2019, devido às incertezas causadas pela pandemia de covid-19, que fizeram com que a atratividade do IDE nos países europeus tenha caído 13% face ao ano anterior.

Apesar da ligeira retração do IDE em Portugal, 37% dos inquiridos no estudo planeiam criar ou expandir operações em Portugal nos próximos 12 meses.

Nas primeiras três posições das economias mais atrativas para os investidores estrangeiros ficaram França, Reino Unido e Alemanha.

“Embora as perspetivas económicas ainda sejam influenciadas pela pandemia, Portugal começa a estar de regresso aos negócios e esperamos ver um aumento no número de oportunidades de operações de M&A [sigla inglesa para Fusões e Aquisições] em Portugal”, apontou o responsável pela área de Estratégia e Transações da EY Portugal, Miguel Farinha.

Nas intenções de investimento estrangeiro em 2020, a Manufatura foi a atividade mais atrativa, com 37 projetos anunciados (24%), embora tenha registado a maior queda quando comparado com 2019 (60 projetos anunciados).

A atividade da Investigação e Desenvolvimento, surge em segundo lugar, tendo atraído 21% do investimento estrangeiro (33 dos projetos anunciados), sobretudo nas áreas do Digital e das Tecnologias de Informação.

“Além de as áreas digitais e tecnológicas já representarem um terço dos projetos de IDE captados no ano passado, Portugal parece estar no caminho certo para atrair futuros investimentos nestas áreas, uma vez que 45% dos investidores consideram que a economia digital será o principal setor a impulsionar o crescimento do país nos próximos anos”, considerou o líder da EY-Parthenon, Miguel Cardoso Pinto.

Lisboa manteve-se como a região mais atrativa para o investimento estrangeiro, com um total de 68 projetos (62 em 2019), sobretudo nas áreas do Digital e dos Serviços Empresariais, seguindo-se a região Norte, com 55 projetos (51 em 2019), sobretudo nos setores do Digital e de Manufatura e Fornecimento de Equipamentos de Transporte.

O estudo EY Attractiveness Survey Portugal 2021 avalia anualmente a perceção dos investidores estrangeiros relativamente à atratividade do país enquanto destino de IDE.

Fonte: Expresso.pt

Retomada do turismo deve ser impulsionada com grandes investimentos no Ceará

Retomada do turismo deve ser impulsionada com grandes investimentos no Ceará

Estado segue tendência observada em diversas regiões do Brasil, em que empresários apostam na volta do crescimento do setor após a crise e investem bilhões de reais em empreendimentos, como hotéis, resorts, parques aquáticos e complexos de lazer

Os grandes investimentos no setor de turismo no Ceará prometem alavancar esse segmento, na retomada da economia. Dois dos maiores grupos empresariais do Estado ligados ao segmento, Hard Rock Hotel Fortaleza e Beach Park, apresentam boas perspectivas para os próximos meses. E seguem tendência observada em todo o Brasil, em que empresários apostam na retomada das atividades turísticas no pós-pandemia e investem bilhões em novos empreendimentos.

Diversos desses atrativos já saíram do papel e estão em fase de construção, empregando milhares de trabalhadores e dando esperança a quem depende do setor para viver. Além do Ceará, Brasília, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Paraíba e Alagoas são estados receberão equipamentos como hotéis, resorts, parques aquáticos e complexos de lazer.

Até o fim deste ano, deve ser entregue a primeira fase do Hard Rock Hotel Fortaleza, na praia da Lagoinha (Paraipaba), que terá um total de 399 apartamentos, e completa infraestrutura para os visitantes, com spa, academia e kids club das marcas originais da Hard Rock, além da tradicional decoração toda em homenagem ao mundo do rock e da música. As obras em andamento receberam impulso com o aporte de R$ 71 milhões para a VCI SA, incorporadora e responsável pela marca Hard Rock no Brasil, repassados pelo Banco do Nordeste, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O empreendimento tem valor geral de venda (VGV) estimado em R$ 1,2 milhão.

Já o Beach Park deve iniciar nos próximos meses a construção do segundo complexo turístico e de hotelaria na região do Porto das Dunas, em Aquiraz, após ter recebido a aprovação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). Nesse caso, o investimento será de R$ 1,6 bilhão, para edificar o complexo de 9,7 hectares, de frente para o mar. O projeto deve ser implantado em etapas e gerar, no total, em torno de 14 mil postos de trabalho.

Grandes obras

Grandes obras como essas abrem boas perspectivas para a recuperação do setor turístico em todo o Ceará, de acordo com Samuel Sicchierolli, presidente da VCI SA. “Apesar da crise momentânea, as pessoas esquecem que a pandemia é passageira. Não nos esquecemos disso nem por um segundo, estamos investindo e apostando na rápida retomada da economia e da atividade turística. O Brasil é um dos maiores países em turismo doméstico, com mais de 100 milhões de passageiros por ano antes da pandemia”, observa.

Demanda

Diante de tantos investimentos e da perspectiva da retomada das atividades, o segmento precisa estar preparado para o aumento da procura pelos turistas. No entanto, Alexandre Pereira, secretário de Turismo de Fortaleza, afirma que a capital cearense está preparada para esse momento. “Em 2019, antes da pandemia, estávamos nos primeiros lugares em todos os sites de pesquisa de destinos turísticos no Brasil”, diz.

Para Régis Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), a expectativa é de boa recuperação do setor ainda em 2021. “Nós temos a convicção de que existe uma demanda reprimida muito grande. São pessoas que gostariam de ter viajado e não puderam. Se tivermos uma vacinação que flua mais rapidamente e que não ocorra um retrocesso, nossa expectativa é positiva, para o segundo semestre. Além disso, o brasileiro deve ter como foco de viagens os destinos domésticos, em razão da alta do dólar e do temor de viagens internacionais. Somando esses fatores, teremos uma boa expectativa de retomada para o turismo no Ceará”, avalia.

Para Álvaro Carvalho, membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), a retomada do turismo vai acontecer até o próximo ano, mas deverá ser gradual. “O setor vai voltar aos poucos, porque o mais importante para qualquer segmento da economia se recuperar é o avanço da vacinação”, afirma o economista.

Fonte: O Otimista

Vila Galé mantém previsão de abrir no próximo ano o seu resort em alagoas

Vila Galé mantém previsão de abrir no próximo ano o seu resort em alagoas

O Grupo Vila Galé mantém a previsão de abrir em 2022 o seu resort em Alagoas, no Brasil, apesar de “alguns obstáculos no que concerne ao fornecimento de materiais e na restrição de mão de obra”, segundo José António Bastos, director de Operações do grupo no Brasil.

“Apesar de ser ainda cedo para anteciparmos eventuais contratempos, inclusive o impacto do período de chuvas esse ano, o calendário segue com expectativa de finalização das obras por volta de Junho do próximo ano”, disse o executivo ao portal de notícias brasileiro “Agenda A” (para ler a entrevista completa no site da “Agenda A” clique aqui).

O Vila Galé Alagoas está a ser construído no município de Barra de Santo António, na Praia do Carro Quebrado, e tem previsto um investimento de 150 milhões de reais, cerca de 22,1 milhões de euros ao câmbio de hoje.

O novo resort do grupo hoteleiro português vai funcionar em regime de tudo incluído (TI) e terá 518 quartos, seis restaurantes, Spa, oito salas de reuniões e um parque aquático infantil.

O hotel terá uma configuração semelhante ao Vila Galé Touros, designadamente o formato do terreno à beira-mar e a disposição dos edifícios, mas terá algumas inovações, segundo José António Bastos, que destacou o parque aquático, as novas opções gastronómicos, uma discoteca, espaços para eventos até 1.500 pessoas e oito salas de reuniões.

O director de Operações da Vila Galé no Brasil espera receber turistas portugueses no novo resort, devido ao reconhecimento que existe em Portugal da marca Vila Galé e das belezas naturais de Alagoas. Contudo, a grande base dos resorts do grupo no Nordeste é o mercado brasileiro, sobretudo de São Paulo, Brasília, Minas Gerais e Goiás, bem com o mercado argentino.

A Vila Galé é a segunda maior rede hoteleira portuguesa e nº 1 no Brasil em resorts de praia.

Fonte: Presstur

Lançado relatório comex Brasil Portugal do primeiro trimestre de 2021

Lançado relatório comex Brasil Portugal do primeiro trimestre de 2021

Óleos têm papel relevante no comércio entre o Brasil e Portugal. Juntos, combustíveis e azeites, somam mais de 50% das trocas entre os dois países. Mas essa história é feita também de outros produtos, como componentes para a indústria da aviação, bebidas, pescados e grãos.

Estados como o Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso, por exemplo, têm um papel relevante nessa relação e onde existem Câmaras Portuguesas.

Visite, por exemplo, a Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro, a Câmara de Comércio Brasil Portugal RS ou uma das outras 14 Câmaras Portuguesas existentes de norte a sul do Brasil.

O Observatório de Negócios Internacionais da Federação das Câmaras Portuguesas no Brasil tem o apoio de APSV Advogados.

Clique aqui e confira o relatório.

Fonte: Federação das Câmaras Portuguesas

Qair Brasil avança na construção de Complexo Eólico em expansão no Ceará

Qair Brasil avança na construção de Complexo Eólico em expansão no Ceará

O mês de abril marca uma nova fase nas obras do Complexo Eólico Serra do Mato, da Qair Brasil, subsidiária da francesa Qair Internacional. A concretagem da base do primeiro aerogerador foi concluída com êxito, indicando o sucesso da fase de expansão do maior empreendimento da Companhia no Brasil, até o momento.

Após a conclusão o Complexo será formado por 29 torres V150 Vestas, de aproximadamente 58 toneladas de aço e 125 metros de altura, cada, distribuídas em 6 parques eólicos com capacidade total instalada de 121,8 MW. O empreendimento contará também com a instalação de outros 101 MW em seu projeto solar.

Localizado no município cearense do Trairi, o Complexo Eólico Serra do Mato, trata-se de uma expansão do Complexo Eólico Serrote (205 MW), que já está em fase final de obras e têm sua conclusão total prevista para maio de 2021.

Sobre:
A Qair Brasil é a subsidiária do grupo Qair International, de origem francesa, com operações em 16 países e larga experiência adquirida em mais de 30 anos de atuação no mercado de energias renováveis. Com empreendimentos no Brasil desde o início de 2018, possui sua sede administrativa em Fortaleza/CE e desenvolve vários projetos em diferentes estados da região Nordeste.

Fonte: Qair Brasil

Aconteceu ontem (21) o Colóquio “Potencial Económico da Diáspora”

Aconteceu ontem (21) o Colóquio “Potencial Económico da Diáspora”

Realizou-se ontem o Colóquio “Potencial Económico da Diáspora”, uma iniciativa que teve por objetivo identificar e promover estudos, investigação e estatísticas que permitam conhecer melhor o contributo e potencial da diáspora portuguesa nas diversas vertentes: empresarial, turística, financeira e tributária.

O evento foi promovido pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas do Ministério dos negócios Estrangeiros (SECP-MNE), em parceria com o Observatório da Emigração (ISCTE-IUL) e o Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa (CRCPE).

O Colóquio aconteceu online via plataforma Zoom, a programação do evento bem como a apresentação estão disponíveis nos links abaixo:

Programa: http://bit.ly/programacaodocoloquio
Link: https://www.youtube.com/watch?v=-KrYjjWEKJc

Primeiro encontro “Portugal – Negócios & Investimentos” apresenta oportunidades no Distrito de Aveiro

Primeiro encontro “Portugal – Negócios & Investimentos” apresenta oportunidades no Distrito de Aveiro

Evento online foi realizado pela Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil

Na última terça-feira, 13, aconteceu a primeira edição do “Portugal – Negócios & Investimentos”, um projeto da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil (FCPCB), que contempla um ciclo de eventos online a serem realizados neste ano de 2021.

O intuito é apresentar associações industriais e comerciais portuguesas para associados e convidados da Federação, explorando as potencialidades de conexões e negócios com o Brasil.

A região da vez foi o distrito português de Aveiro, apresentada por Elisabete Rita, Vice-Presidente Executiva da Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro, AIDA CCI. Com excelente infraestrutura, que contempla dois importantes portos e linha ferroviária com distribuição de mercadorias para dentro da Europa, principalmente para Espanha, França, Alemanha e Itália.

Entre os dados apresentados sobre Aveiro no encontro, estão que Aveiro abriga atualmente 6% das empresas existentes em Portugal e que Indústria e Comércio são responsáveis por cerca de 81% do volume de negócios gerados no distrito. Trata-se de uma região exportadora, principalmente, de máquinas e aparelhos, madeira e cortiça, metais comuns e plásticos e borrachas.

O evento contou com a participação do Embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, que pontuou a importância das parcerias para estreitar as relações entre os dois países. “Brasil e Portugal são dois países irmãos, mas que podem dar mais as mãos. Há sempre potencial e margem para nos unirmos mais e essa área de comércio e indústria é muito importante”, declarou o Embaixador.

O presidente da FCPCB, Armando Abreu, falou sobre o objetivo do projeto: “Queremos apresentar as câmaras para que empresários portugueses e brasileiros, que quiserem investir nos dois países, saibam que podem e devem usá-las”. O próximo evento, que apresentará outra região portuguesa, ainda não tem data definida.

Sobre Aveiro
O distrito de Aveiro tem apresentado, ao longo das últimas décadas, um dinamismo empresarial ímpar no contexto de Portugal, caracterizando-se por uma forte densidade empresarial e pela predominância de indústrias, muitas delas exportadoras de produtos, aproveitando-se da localização geográfica privilegiada, no litoral central do país, rodeado pelos Distritos do Porto, Viseu e Coimbra, e próximo à região metropolitana de Lisboa.

Com mais de 80 mil empresas, o distrito de Aveiro é o terceiro de Portugal com maior representatividade em termos de empresas com a classificação PME Excelência (selo de reputação que reconhece as empresas por sua solidez e idoneidade e que possui grande relevância para empresas exportadoras e com ambição internacional), sendo caracterizado por uma grande diversidade de tipos de negócios, que vão da indústria transformadora ao comércio, serviços e turismo.

Mais informações:
secretariace@cbpce.org.br

Fonte: AD2M Engenharia de Comunicação

Fusões de empresas movimentam mercado financeiro e geram novas oportunidades

Fusões de empresas movimentam mercado financeiro e geram novas oportunidades

Em 2020, foram 1.038 operações, entre fusões e aquisições, que trazem influências – positivas e negativas – para acionistas, empresas concorrentes e potenciais investidores. Analistas apontam a crise financeira como maior responsável por essas combinações

A fusão bilionária entre Hapvida e NotreDame Intermédica, proposta em janeiro e em fase de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), movimentou o mercado financeiro no Brasil nos primeiros meses do ano. Afinal, o negócio estimado em R$ 110 bilhões traz influências para acionistas, concorrentes e potenciais investidores. Fato semelhante ocorreu em 2008, quando os gigantes financeiros Itaú e Unibanco se fundiram, numa transação de R$ 85 bilhões, em valores da época. Além dessas combinações de grande porte, o País tem sido pródigo em fusões e aquisições: foram 1.038 transações do tipo em 2020, superando o recorde de 2019, que era de 912.

“Vários fatores explicam essa grande ocorrência. Um dos principais é a crise financeira, porque às vezes uma empresa mais organizada adquire outra, do mesmo segmento, que está passando por dificuldade. Outro motivo é a baixa taxa de juros, porque o capital de liquidez vai atrás de remuneração, e uma empresa bem administrada pode trazer melhor retorno do que uma aplicação de renda fixa”, explica Raul Santos, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE) e sócio da Aveiro Consultoria. “E há ainda a questão do aumento de custos gerais, fazendo com que os negócios funcionem melhor em escala. Isso deixa as empresas de médio porte em situação difícil e, por isso, várias delas têm sido adquiridas por concorrentes de maior porte”, observa.

Consequências

Ter empresas de alcance nacional, com patrimônio bilionário, parece um bom negócio para o mercado. Porém, os especialistas fazem ressalvas em relação a esses movimentos. “Em geral, é preferível que se tenha um mercado mais pulverizado, porque há mais competição e oportunidades de negócios. Mas, para o acionista de uma empresa que passa por fusão, acaba sendo bom, porque amplia o tamanho do negócio, com perspectivas de melhores ganhos, com a escala alcançada”, observa Raul Santos.

“Os impactos para o mercado financeiro vão depender da avaliação da operação, no sentido da mensuração, ou mesmo a percepção dos ganhos resultantes da fusão. Ou seja, se a percepção for positiva, as ações devem se valorizar, gerando ganhos para os acionistas, além dos prováveis ganhos sociais, decorrentes da maior eficiência no novo negócio, no tocante à redução de preços e/ou da maior qualidade e abrangência dos produtos e serviços”, analisa Renato Aguiar, diretor de crédito e operações da CDP Capital.

Setor de saúde

Em tempos de pandemia, o setor de saúde é um dos mais valorizados do mercado. Também por isso, a negociação entre Hapvida e NotreDame Intermédica chamou tanto a atenção. “As empresas atuavam no mesmo segmento, com várias sinergias, em termos de base de clientes, rede de atendimento, abrangência geográfica, estrutura administrativa, processos etc, de modo que a empresa resultante deverá ter relevantes ganhos, tanto em termos do crescimento de receitas, quanto de redução de custos e despesas. Não à toa, o referendo do mercado foi imediato, na forma da valorização das ações de ambas as empresas”, observa Renato Aguiar.

“Quem sofre um pouco são os colaboradores, porque às vezes há superposições de funções. Deve haver um enxugamento de quadros, num primeiro momento, mas depois a companhia se adequa e voltar a crescer, em termos de contratações. Para quem é cliente, é bom, porque ganha uma rede maior de atendimento”, diz Raul Santos.

Entenda a diferença entre fusão e aquisição
As consequências para o mercado são praticamente as mesmas, mas tecnicamente a fusão de empresas é diferente da aquisição. “A aquisição é uma compra. É como se o vendedor entregasse a chave e saísse totalmente do controle da empresa, sem nenhuma participação”, define Raul Santos. “A fusão é um pouco diferente. Se uma empresa não tem como comprar totalmente a outra, propõe uma fusão, na qual as duas companhias se fundem, para ganhar escala, racionalizar custo e ampliar mercado rapidamente. E aí se discute o acordo de acionistas, quem fica com a presidência, os demais cargos etc. O processo de fusão vai mais para a linha de acordo, para ganhar escala”, explica.

Na aquisição, por exemplo, a empresa comprada pode deixar de existir, bem como os seus sócios não precisarão necessariamente se tornar sócios da empresa compradora. Também não há a obrigatoriedade da empresa adquirida pertencer ao mesmo segmento da compradora, uma vez que a aquisição pode ter origem numa estratégia de diversificação e não de consolidação. “Em ambos os tipos de operações pode haver a necessidade de autorização por parte de agências governamentais, para afastar eventuais prejuízos à sociedade, em razão da redução da concorrência, da arrecadação de tributos e dos postos de trabalho, por exemplo”, completa Renato Aguiar.

O setor de Tecnologia da Informação (TI) foi o líder em negócios em 2020 no Brasil. Foram 398 fusões ou aquisições, crescimento de 54% em relação a 2019 – 38% do total transacionado.

Fonte: O Otimista

Ceará negocia segunda usina para Hub de Hidrogênio Verde e fará anúncio da empresa em breve

Ceará negocia segunda usina para Hub de Hidrogênio Verde e fará anúncio da empresa em breve

Maia Júnior, titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), confirmou que estão em andamento negociações com grandes investidores internacionais

O Governo do Estado do Ceará segue em negociações com empresas internacionais para ampliar os investimentos na produção do Hidrogênio Verde no Complexo do Porto do Pecém. Depois de ter anunciado, no último mês de março, o acordo com a australiana Energix Energy para a construção da primeira usina na localidade, o governo cearense pode anunciar, nas próximas semanas, o projeto de mais uma planta industrial.

“Temos grandes investidores conversando conosco, porque o Ceará pode, pelas condições que tem e estruturou, ser um dos grandes produtores de Hidrogênio Verde do mundo”, disse o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Maia Júnior. “Ainda não temos uma data para apresentar o segundo projeto, estamos primeiro negociando com a empresa e, tendo tudo fechado, conforme a agenda do Governador, iremos anunciar”, completou.

O contrato já assinado entre Energix Energy e o Governo do Ceará prevê investimentos do montante de US$ 5,4 bilhões, para dar início ao Hub de Hidrogênio Verde no Estado. De acordo com Maia Júnior, para o governo estadual, a cada dia aumenta a certeza de que se trata de um investimento acertado. “Este projeto é uma nova economia que surge no mundo e o Ceará partiu na frente, entre todos os países da América Latina”, projetou o titular da Sedet.

Regulamentação
Maia Júnior explicou que por se tratar de um projeto bastante complexo, o Hub de Hidrogênio Verde pode levar alguns anos para estar em pleno funcionamento. “É um projeto de longo tempo. Projetos com este, para estarem maturados, levam, no mínimo 20 anos”, projetou. “A planta física e a obra criada, quando as condições para o investimento e quando o investidor quer e é rentável, se fazem em, no máximo, 5 anos. O maior desafio é regulamentar o Hidrogênio Verde no Brasil e o próprio país adotar as políticas públicas que já existem em países asiáticos e europeus, por exemplo”, observou o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará.

O titular da Sedet afirma que, para operacionalizar o Hub de Hidrogênio Verde, os recursos técnicos não faltam ao Estado do Ceará. “Engenharia e tecnologia não é problema, os insumos – água e energia –, temos em abundância. As questões fiscais, também, porque só o Ceará possui uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) implantada e única no Brasil, além de um bom e competitivo porto, como é o Pecém, com capacidade para receber navios apropriados para transportar o gás, e também existem gasodutos aqui, interligando o Estado ao Nordeste e ao Sudeste”, apontou.

Apesar do desafio da regulamentação desse novo tipo de energia, Maia Júnior confia na demanda crescente em todo o mundo pela energia renovável, o que deve trazer uma vantagem competitiva ao Estado do Ceará. “Em breve, mesmo com a reação dos empresários americanos ligados ao petróleo, o governo Biden, que apoia as energias renováveis e o gás de xisto no governo Obama, vai entrar nesta política do Hidrigênio Verde. Ou seja, o mundo vai demandar políticas públicas voltadas para esta substituição das energias fósseis para gerar energia limpa, para a indústria e para os transportes. Consolidar e regulamentar todas essas políticas é o grande desafio, o que leva muito tempo”, completou Maia Júnior.

Maia Júnior informou que uma empresa de destaque do setor de energia eólica e solar está em negociações com o Governo do Estado, pois tem interesse em também participar do Hub de Hidrogênio Verde – neste caso, para a construção de uma usina dentro do mar (offshore), com potência de 1,2 GW.

Fonte: O Otimista

Vistos ‘gold’: Investimento captado no 1º trimestre cresce 4,5% para 125 ME

Vistos ‘gold’: Investimento captado no 1º trimestre cresce 4,5% para 125 ME

O investimento captado através dos vistos ‘gold’ cresceu 4,5% no primeiro trimestre, face a igual período de 2020, para 125 milhões de euros, de acordo com contas feitas pela Lusa com base nas estatísticas do SEF.

No primeiro trimestre do ano passado, o investimento resultante do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) totalizou 119,6 milhões de euros.

Em março deste ano, o investimento totalizou 39.632.569,30 euros, uma subida de 41,9% face a igual mês de 2020 (27,9 milhões de euros), mas uma redução de 24% face a fevereiro (52,3 milhões de euros).

De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no mês passado foram concedidos 81 vistos ‘gold’, dos quais 72 por via do critério da compra de bens imóveis (25 para reabilitação urbana) e oito por transferência de capitais.

Pela primeira vez, desde há algum tempo, foi também atribuído um visto pelo critério de criação de postos de trabalho.

A compra de bens imóveis somou um investimento de 35,3 milhões de euros, dos quais 8,8 milhões de euros em aquisição para reabilitação urbana, enquanto a transferência de capital foi responsável por 4,3 milhões de euros.

Quanto ao visto atribuído mediante o critério de criação de postos de trabalho não é referido o investimento.

Por países, foram concedidos 31 vistos ‘dourados’ à China, seis ao Brasil, seis aos Estados Unidos, cinco à Turquia e quatro à Rússia.

Nos primeiros três meses do ano foram atribuídos 236 vistos ‘dourados’, dos quais 55 em janeiro e 100 em fevereiro.

O programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, registou até março último – em termos acumulados – um investimento 5.764.058.842,33 euros. Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de oito anos de programa soma 5.212.789.593,69 euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 297.686.140,99 euros.

O investimento resultante da transferência de capitais é de 551.269.248,64 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.625 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 236 em 2021.

Até março último foram atribuídos 9.042 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 826 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 565 e sobe para 18 a ARI obtida por criação de postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.868), seguida do Brasil (1.007), Turquia (461), África do Sul (397) e Rússia (370).

Desde o início do programa foram atribuídas 16.382 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 332 este ano.

Fonte: Mundo Lusíada